SOBRE NÓS :
VISÃO: Ser uma Instituição voltada para a excelência nos estudos da Doutrina Espírita, visando com isso atender, de uma forma humanitária, a todos que necessitem.
MISSÃO: Exercer o que preconiza a Doutrina Espírita, visando auxiliar na mudança individual do ser, como também, do coletivo.
Redirecionamento
segunda-feira, 28 de setembro de 2015
TEMA DA DOUTRINÁRIA MUSICAL DIA 29/09 TERÇA FEIRA: "Deixa a Vida me Levar" - ZECA PAGODINHO - PALESTRANTE: JOÃO MOISES
sábado, 26 de setembro de 2015
TEMA DA DOUTRINÁRIA DE DOMINGO, 27/09 AS 16:00 - DIÁLOGO SOBRE ILUSÃO DO LIVRO REFORMA INTIMA SEM MARTÍRIO - PALESTRANTE: Dilson Moura
15. Diálogo Sobre Ilusão
“Rainha entre os homens, como
rainha julguei que penetrasse no reino dos céus! Que desilusão! Que humilhação,
quando, em vez de ser recebida aqui qual soberana, vi acima de mim, mas muito
acima, homens que eu julgava insignificantes e aos quais desprezava, por não
terem sangue nobre!” – Uma rainha de França. (Havre, 1863) O Evangelho Segundo
Espiritismo Capítulo 11 – item 8 O que são as ilusões? Definamos ilusão como
sendo aquilo que pensamos, mas que não corresponde à realidade. São percepções
que nos distanciam da verdade. Existem em relação a muitas questões da vida,
tais como metas, cultura, comportamento, pessoas, fatos. A pior das ilusões é a
que temos em relação a nós: a auto ilusão. Qual a causa das ilusões? As ilusões
decorrem das nossas limitações em perceber a natureza dos sentimentos que criam
ou determinam nossos raciocínios. Na matriz das ilusões encontramos carências,
desejos, culpas, traumas, frustrações e todo um conjunto de inclinações e tendências
que formam o subjetivo campo das emoções humanas. Por que a senhora citou que a
auto ilusão é a pior das ilusões? O iludido pensa muito o mundo “negando”
sentí-lo, um mecanismo natural de defesa face às dificuldades que encontra em
lidar com suas emoções. Esconde-se atrás de uma imagem que criou de si mesmo
para resguardar autoridade social ou outro valor qualquer que deseje manter. O
objetivo da reencarna- ção consiste em desiludir-nos sobre nós mesmos através
da criação de uma rela- ção libertadora com o mundo material. Se não buscamos
essa meta então caminhamos para a falência dos planos de ascensão individual.
Conforme a resposta anterior, o iludido esconde-se de quê? De si mesmo. Criando
um “eu ideal” para atenuar o sofrimento que lhe causa angústia de ser o que é a
criatura foge de si e vive em “esconderijos psíquicos”. Mas, por que se esconde
de si mesmo? Devido ao sentimento de inferioridade que ainda assinala a
caminhada da maioria dos habitantes da Terra. Iludimo-nos através de um
mecanismo defensivo contra nossa própria fragilidade que, pouco a pouco, vamos
extinguindo. Negar o que se sente e o que se deseja e o objetivo desse
mecanismo. Uma forma que a mente aprendeu para camuflar o sentimento de
inferioridade da qual o espírito se conscientizou em algum instante de sua
peregrinação evolutiva. Então, iludimo-nos para nos sentirmos um pouco
melhores, seria isso? auto ilusão é aquilo que queremos acreditar sobre nós
mesmos, mas que não corresponde à realidade do que verdadeiramente somos, é a miragem
de nós próprios ou aquilo que imaginamos que somos. Uma vivência psí- quica
resultante da desconexão entre razão e sentimento. É a crença na imagem
idealizada que criamos no campo mental. É aquilo que pensamos que somos e
desejamos que os outros creiam sobre nós. Nós espíritas, temos ilusões?
Responderei com clareza e fraternidade: sim, muitas ilusões. O iludido, quando
ambicioso, atinge sem perceber as raias da usura; Quando dominador, chega aos
cumes da manipulação; quando vaidoso, guinda-se aos pântanos da supremacia
pessoal; quando cruel, atola-se ao lamaçal do crime; quando astuto, atira-se às
vivências da intransigência; quando presunçoso, escala os cumes da arrogância;
e, mesmo quando esclarecido espiritualmente, lança-se aos pícaros do exclusivismo
ostentando qualidades que, muita vez, são adornos frágeis com os quais esnobam
superioridade que supõem possuir. Poderia dizer a nós, espíritas, algo sobre
nossas ilusões? Existe uma tendência à autossuficiência entre os depositários
do conhecimento espírita. Discursam sobre a condição precária em que se
encontram assumindo a condição de almas carentes e necessitadas, todavia,
diametralmente oposto a isso, agem como se fossem “salvadores do mundo” com
todas as respostas para a humanidade. Essa incoerência na conduta é provocada
pela ilusão que criaram do papel do espírita no mundo... O espiritismo é
excelente, nós espíritas, nem tanto... Nossa condição real, para quem deseja
assumir uma posição ideal perante si mesmo, é a de almas que apenas começamos a
sair do primitivismo moral. Alegremo-nos por isso! Essa autossuficiência seria
orgulho? O orgulho promove essa condição, é a mais enraizada manifestação da
ilusão, é a ilusão de querer ser o que imaginamos que somos. Essa é a pior
ilusão, a autoimagem falsa e superdimensionada de nós mesmos. Essa auto ilusão é
sustentada por uma “cultura de convenções” acerca do que seja ser espírita, um
resquício do velho hábito religioso de criar “estampas” pelas quais serão
reconhecidos os seguidores de alguma doutrina. Nesse caso, a ilusão
desenvolvida chama-se “ideia de grandeza”. Muitas pessoas desejariam sair
prontas para testemunho após pequenos exercícios de espiritualização no
centro espírita, entretanto, por ignorarem sua real condição espiritual, fazem
da casa doutriná- ria um templo de aquisição da angelitude imediata. Querem
sair prontos e perfeitos das tarefas e estudos, quando o objetivo de tais
iniciativas é capacitar de valores intelecto-morais para repensar caminhos e
encontrar respostas para as encruzilhadas da alma, nas refregas da existência.
O que é essa autoimagem falsa? Uma construção mental que se torna a referência
para nossas movimentações perante a vida. É uma cristalização mental, uma
irradiação que cria uma rotina escravizante nos sentimentos permitindo-nos
viver somente as emoções em uma “faixa de segurança”, a fim de não perdermos o
status da criatura que supomos ser e queremos que os outros acreditem que
somos. O que pensamos sobre nós, portanto, determina a imagem mental indutora
dos valores íntimos. Se o raciocínio sofre distorções da ilusão, então
viveremos sem saber quem somos. Como é construída essa autoimagem? Através das
vivências intelecto-afetivas de todos os tempos dessa criação. Onde ela
permanece? No corpo mental. Sua maior expressão é conhecida pelas operações do
departamento da imagina- ção no reino da mente. Quer dizer que além da
autoimagem temos um “eu real”, diferente do “eu crístico”, que ainda não
conhecemos? Sim. Temos um “eu real” que estamos tentando ignorar há milênios. Essa
“parcela” de nós é a “sombra” da qual queremos fugir. Todavia, o contato com
essa “zona incons- ciente” revela-nos não só motivos de dor e angústia mas
igualmente, a luz que ignoramos estar em nossa intimidade à espera de nossa
vontade para utilizá-la. Aqui chamamos a atenção dos nossos parceiros de ideal
para o cuidado com o processo da reforma interior. Existe muita idealização
confundindo aprendizes que imaginam estar dando “saltos evolutivos” em direção
a esse “eu real”, entretanto, em verdade, estão se movimentante na esfera do
“eu idealizado”... Poderia explicar mais profundamente essa questão dos “saltos
evolutivos”? É um tipo de ilusão que normalmente assalta os religiosos de todos
os tempos. Imaginam- -se muito melhorados a partir do contato com alguma
diretriz ou prática religiosa e, então, passam a viver uma vida idealizada, um
projeto de “vir-a-ser”. É uma ilusão de que se está fazendo a renovação, apenas
uma idealização. Uma forma de comportar desconectada do sentimento, um adorno
moral para nossas atitudes; é o discurso sem a vivência. O nome mais conhecido
deste comportamento é puritanismo. Como distinguir idealização de mudança
verdadeira? Na idealização pensamos o que somos e, como consequência, vivemos o
que gostaríamos de ser, mas ainda não somos. E o hábito das aparências. Na
reforma íntima sentimos o que somos, e como consequência vivemos a realidade do
que somos com harmonia, ainda que nos causem muitos desconfortos. É o processo
da educação paulatina. Na idealização vive-se em permanente conflito por se
tratar, em parte, de uma negação da realidade, enquanto na reforma autêntica a
criatura consegue penetrar os meandros dos “sentimentos-causais”, encontrando
uma convivência pacífica consigo e aceitando-se sem se acomodar em direção a melhoras
mensuráveis. Como vencer nossas ilusões? Dessa pegando da falsa autoimagem
falsas que fazemos de nós mesmos. Desapaixonando-se do “eu”. Para isso somente
autoconhecimento. Havendo esse desapego, conseguiremos libertar os sentimentos
para novas experiências com o mundo e consequentemente com nosso “eu profundo”.
Isso desencadeará um processo de resgate de nós mesmos, venceremos a condição
de reféns de nosso passado escravizante, saindo da “roda viciosa das emoções”
perturbadoras, quais sejam o medo, a culpa e a insegurança. O processo da
desilusão custa sorver o fel da angústia de saber quem somos, e carregar o peso
do sacrifício de cuidar dessa personalidade nova que renasce exuberante.
Independente do quão doloroso seja, é preferível experimentá- la no corpo a ter
que purgá-la na vida espiritual. Assinalemos alguns exercícios de desapego
dessa paixão que nutrimos pela imagem irreal que criamos de nós mesmos: • Fazer
as pazes com as imperfeições. • Abandonar os estereótipos e aprender a se
valorizar com respeito. • Descobrir sua singularidade e vivê-la com gratidão. •
Coragem para descobrir seus desejos, tendências e sentimentos. • Exercitar a
autoaceitação através do perdão. • Munir-se de informações sobre a natureza de
suas provas. • Aprender a ouvir com atenção o que se passa à sua volta. •
Dominar o perfeccionismo nutrindo a certeza de que ser falível não nos torna
mais inferiores. • Valorizar afetivamente as suas vitórias. • Descobrir
qualidades, acreditar nelas e colocá-las a serviço das metas de crescimento.
Paulo, o apóstolo da renovação, nos indica uma sublime recomendação que nos
compele a meditar na natureza de nossos sentimentos em torno da mensagem do
amor; sugerimos que esse seja nosso roteiro na vitória sobre as ilusões: “olhai
para as coisas segundo as aparências? Se alguém confia em si mesmo que de
Cristo, pense outra vez isto consigo”... II Coríntios, 10: 7
quinta-feira, 24 de setembro de 2015
TEMA DA DOUTRINÁRIA DE HOJE, 24/09, AS 20:00 - REVELAÇÃO PELA DOR DO LIVRO : O PROBLEMA DO SER, DO DESTINO E DA DOR - LEON DENIS - PALESTRANTE: DANILO CRUZ
Revelação
pela dor
É principalmente perante o sofrimento que se
mostra a necessidade, a eficácia de uma crença robusta, poderosamente assente,
ao mesmo tempo, na razão, no sentimento e nos fatos, e que explique o enigma da
vida, o problema da dor. Que consolações podem o materialismo e o ateísmo
oferecer ao homem atacado de um mal incurável? Que dirão para acalmar os
desesperos, preparar a alma daquele que vai morrer? De que linguagem usarão com
o pai e com a mãe ajoelhados diante do berço do filhinho morto, com todos
aqueles que vêem descer à cova os esquifes dos entes queridos? Aqui se mostra
toda a pobreza, toda a insuficiência das doutrinas do Nada. A dor não é somente
o critério, por excelência, da vida, o juiz que pesa os caracteres, as consciências,
e dá a medida da verdadeira grandeza do homem. É também um processo infalível
para reconhecer o valor das teorias filosóficas e das doutrinas religiosas. A
melhor será, evidentemente, a que nos conforta, a que diz por que as lágrimas
são quinhão da humanidade e fornece os meios de estancá-las. Pela dor
descobre-se com mais segurança o lugar onde brilha o mais belo, o mais doce
raio da verdade, aquele que não se apaga. Se o universo não é mais do que um
campo fechado, unicamente acessível às forças caprichosas e cegas da Natureza,
uma odiosa fatalidade nos esmaga; se não há nele nem consciência, nem justiça,
nem bondade, então a dor não tem sentido, não tem utilidade, não comporta
consolações; só resta impor silêncio ao nosso coração despedaçado, porque seria
pueril e vão importunar os homens e o Céu com os nossos lamentos! Para todos
aqueles cuja vida é limitada pelos estreitos horizontes do materialismo, o
problema da dor é insolúvel; não há esperança para aquele que sofre. Não é
verdadeiramente coisa estranha a impotência de tantos sábios, filósofos,
pensadores, há milhares de anos, para explicarem e consolarem a dor, para no-la
fazerem aceitar quando é inevitável? Uns a negaram, o que é pueril; outros
aconselharam o esquecimento, a distração, o que é vão e covarde, quando se
trata da perda dos que amamos. Em geral, têm-nos ensinado a temê-la, a receá-la
e detestá-la. Bem poucos a têm compreendido, bem poucos a têm explicado. Por
isso, em torno de nós, nas relações cotidianas pobres, banais e infantis se têm
tornado as palavras de simpatia, as tentativas de consolação prodigalizadas
àqueles que a desgraça tocou! Que frias palavras nos lábios, que falta de calor
e de luz nos pensamentos e nos corações! Que fraqueza, que inanidade nos
processos empregados para confortar as almas enlutadas, processos que antes
lhes agravam e redobram os males, a tristeza. Tudo isso resulta unicamente da
obscuridade que envolve o problema da dor, dos falsos dados vulgarizados pelas
doutrinas negativistas e por certas filosofias espiritualistas. Com efeito, é
próprio das teorias errôneas desanimarem, acabrunharem, ensombrarem a alma nas
horas difíceis, em vez de lhe proporcionarem os meios de fazer frente ao
destino com firmeza. “E as religiões?” podem perguntar-nos. Sim, sem dúvida, as
religiões acharam socorros espirituais para as almas aflitas; todavia, as
consolações que oferecem assentam numa concepção demasiadamente acanhada do fim
da vida e das leis do destino, como já por nós foi suficientemente demonstrado.
As religiões cristãs, principalmente, compreenderam o papel grandioso do
sofrimento, mas exageram-no, desnaturam-lhe o sentido. O paganismo exprimia a
alegria; seus deuses coroavamse de flores e presidiam às festas; entretanto, os
estóicos e, com eles, certas escolas secretas, consideravam já a dor como
elemento indispensável à ordem do mundo. O Cristianismo glorificou-a,
deificou-a no pessoa de Jesus. Diante da cruz do Calvário, a humanidade achou
menos pesada a sua. A recordação do grande supliciado ajudou os homens a sofrer
e a morrer; todavia, levando as coisas ao extremo, o Cristianismo deu à vida, à
morte, à Religião, a Deus, aspectos lúgubres, às vezes terrificantes. É
necessário reagir e restituir as coisas a seus termos, porque, em razão dos
próprios excessos das religiões, estas vêem a cada dia restringir-se o seu
império. O materialismo vai conquistando pouco a pouco o terreno que elas têm
perdido; a consciência popular se obscurece e a noção do dever desfaz-se por
falta de uma doutrina adaptada às necessidades do tempo e da evolução humana.
Diremos, por isso, aos sacerdotes de todas as religiões: Alargai o círculo de
vossos ensinamentos; dai ao homem uma noção mais extensa de seus destinos, uma
vista mais clara do Além, uma idéia mais elevada do alvo que ele deve atingir.
Fazei-lhe compreender que sua obra consiste em construir por suas próprias
mãos, com a ajuda da dor, a sua consciência, a sua personalidade moral, e isso
através do infinito do tempo e do espaço. Se, na hora atual, vossa influência
se enfraquece, se vosso poder está abalado, não é por causa da moral que
ensinais, é por causa da insuficiência de vossa concepção da vida, que não
mostra nitidamente a justiça nas leis e nas coisas e, por conseguinte, não
mostra Deus. Vossas teologias encerraram o pensamento num círculo que o abafa;
fixaram-lhe uma base demasiadamente restrita e, sobre essa base, todo o
edifício vacila e ameaça desabar. Cessai de discutir textos e de oprimir as
consciências; saí das criptas onde sepultastes o pensamento; caminhai e agi!
Ergue-se, cresce e se alastra uma nova doutrina, que vem ajudar o pensamento a
executar sua obra de transformação. Esse novo espiritualismo contém todos os
recursos necessários a consolar as aflições, enriquecer a filosofia, regenerar
as religiões, atrair conjuntamente a estima do discípulo mais humilde e o
respeito do gênio mais altivo. Pode ela satisfazer aos mais nobres impulsos da
inteligência e às aspirações do coração, explica, ao mesmo tempo, a fraqueza
humana, o lado obscuro e atormentado da alma inferior entregue às paixões e
proporciona-lhe os meios de elevar-se ao conhecimento e à plenitude.
Finalmente, constitui o remédio moral mais poderoso contra a dor. Na explicação
que dá, nas consolações que vem oferecer ao infortúnio, acha-se a prova mais
evidente, mais tocante de seu caráter verídico e de sua solidez inabalável.
Melhor que qualquer outra doutrina filosófica ou religiosa, revela-nos o grande
papel do sofrimento e ensina-nos a aceitá-lo. Fazendo dele um processo de
educação e reparação, mostra-nos a intervenção da justiça e do amor divinos em
nossas próprias provações e males. Em vez dos desesperados, que as doutrinas
negativistas fazem de nós, em vez de decaídos, de réprobos ou malditos, o
Espiritismo apresenta, nos desgraçados, simples aprendizes, simples neófitos
que a dor ilumina e inicia, candidatos à perfeição, à felicidade. Dando à vida
um alvo infinito, o novo Espiritualismo oferece-nos uma razão de viver e de
sofrer que nos faz reconhecer meritório se viva e sofra, numa palavra, um objetivo
digno da alma e digno de Deus. Na desordem aparente e na confusão das coisas,
mostra-nos a ordem que, lentamente, se vai esboçando e realizando, o futuro que
se vai elaborando no presente e, acima de tudo, a manifestação de uma imensa e
divina harmonia! E vede as conseqüências desse ensinamento. A dor perde o seu
aspecto terrífico; deixa de ser um inimigo, um monstro temível; torna-se um
auxiliar e o seu papel é providencial. Purifica, engrandece e refunde o ser em
sua chama, reveste-o de uma beleza que não se lhe conhecia. O homem, a
princípio admirado e inquieto com o seu aspecto, aprende a conhecê-la, a
apreciá-la, a familiarizar-se com ela; acaba quase por amá-la. Certas almas
heróicas, em vez de se afastarem dela, de a evitarem, vão-lhe ao encontro para
nela livremente se embeberem e regenerarem. O destino, em virtude de ser
ilimitado, prepara-nos possibilidades sempre novas de melhoramento. O
sofrimento é apenas um corretivo aos nossos abusos, aos nossos erros, incentivo
para a nossa marcha. Assim, as leis soberanas mostram-se perfeitamente justas e
boas; não infligem a ninguém penas inúteis ou imerecidas. O estudo do universo
moral enchenos de admiração pelo poder que, mediante o emprego da dor,
transforma pouco a pouco as forças do mal em forças do bem, faz sair do vício a
virtude, do egoísmo o amor! Daí em diante, certo do resultado de seus esforços,
o homem aceita com coragem as provas inevitáveis. Pode vir a velhice, a vida
declinar e rolar pelo declive rápido dos anos; sua fé ajuda-o a atravessar os
períodos acidentados e as horas tristes da existência. À medida que esta decai
e se vai envolvendo de névoas, vai-se fazendo mais viva a grande luz do Além e
os sentimentos de justiça, de bondade e de amor, que presidem ao destino de
todos os seres, tornam-se para ele força nas horas de desalento e tornam-lhe
mais fácil a preparação para a partida. * Para o materialista e até para muitos
crentes, o falecimento dos seres amados cava entre eles e nós um abismo que
nada pode encher, abismo de sombra e treva onde não brilha nenhum raio, nenhuma
esperança. O protestante, incerto do destino deles, nem mesmo por seus mortos
ora. O católico, não menos ansioso, pode recear para os seus o juízo que para
sempre separa os eleitos dos réprobos. Aí está, porém, a nova doutrina com suas
certezas inabaláveis. Para aqueles que a têm adotado, a morte, como a dor, não
traz pavores. Cada cova que se abre é uma porta de libertação, uma saída franca
para a liberdade dos Espaços; cada amigo que desaparece vai preparar a morada
futura, balizar a estrada comum em que todos nos havemos de reunir; só
aparentemente há separação. Sabemos que essas almas não nos deixarão para
sempre; íntima comunhão pode estabelecer-se entre elas e nós. Se suas
manifestações na ordem sensível encontram obstáculos, podemos pelo menos
corresponder-nos com elas pelo pensamento. Conheceis a lei telepática; não há
grito, lágrima, apelo de amor, que não tenha sua repercussão e sua resposta.
Solidariedade admirável das almas por quem oramos e que oram por nós, permutas
de pensamentos vibrantes e de chamamentos regeneradores, que atravessam o
espaço e embebem os corações angustiados em radiações de força e esperança e
nunca deixam de chegar ao alvo! Julgáveis sofrer sozinhos, mas não é assim.
Junto de vós, em torno de vós e até na extensão sem limites, há seres que
vibram ao vosso sofrer e participam de vossa dor. Não a torneis demasiadamente
viva, por amor deles. À dor, à tristeza humana, deu Deus por companheira a
simpatia celeste, e essa simpatia toma, muitas vezes, a forma de um ser amado
que, nos dias de provação, desce, cheio de solicitude, e recolhe cada uma das
nossas dores para com elas nos tecer uma coroa de luz no espaço. Quantos
esposos, noivos, amantes, separados pela morte, vivem em nova união mais
apertada e infinita! Nas horas de aflição, o Espírito de um pai, de uma mãe,
todos os amigos do Céu se inclinam para nós e nos banham as frontes com seus
fluidos suaves e afetuosos; envolvem-nos os corações em tépidas palpitações de
amor. Como nos entregarmos ao mal ou ao desespero, em presença de tais
testemunhas, certos de que elas vêem as nossas inquietações, lêem nossos
pensamentos, nos esperam e se aprontam para nos receberem nos portões da
imensidade! Ao deixarmos a Terra, iremos encontrá-los todos e, com eles, ainda
maior número de Espíritos amigos, que havíamos esquecido durante a nossa estada
na Terra, a multidão daqueles que compartilharam das nossas vidas passadas e
compõem nossa família espiritual. Todos os nossos companheiros da grande viagem
eterna agrupar-se-ão para nos acolherem, não como pálidas sombras, vagos
fantasmas, animados de uma vida indecisa, mas na plenitude das suas faculdades
aumentadas, como seres ativos, continuando a interessar-se pelas coisas da
Terra, tomando parte na obra universal, cooperando em nossos esforços, em
nossos trabalhos, em nossos projetos. Os laços do passado reatar-se-ão com
maior força. O amor, a amizade, a paternidade, outrora esboçados em múltiplas
existências, cimentar-se-ão com os compromissos novos tomados, em vista do
futuro, a fim de aumentar incessantemente e de elevar à suprema potência os
sentimentos que nos unem a todos. E as tristezas das separações passageiras, o
afastamento aparente das almas, causados pela morte, fundir-se-ão em efusões de
felicidade no enlevo dos regressos e das reuniões inefáveis. Não deis, pois,
crédito algum às sombrias doutrinas que vos falam de leis ferrenhas, ou então
de condenação, de inferno e paraíso, afastando uns dos outros e para sempre
aqueles que se amaram. Não há abismo que o amor não possa encher. Deus, que é
todo amor, não podia condenar à extinção o sentimento mais belo, o mais nobre
de todos os que vibram no coração do homem. O amor é imortal como a própria
alma. Nas horas de sofrimento, de angústia, de acabrunhamento, concentrai-vos
e, por invocação ardente, atraí a vós os seres que foram, como nós, homens e
que são agora Espíritos celestes, e forças desconhecidas penetrarão em vós e
ajudar-vos-ão a suportar vossos males e misérias. Homens, pobres viajantes que
trilhais penosamente a subida dolorosa da existência, sabei que por toda parte
em nosso caminho seres invisíveis, poderosos e bons, caminham a nosso lado. Nas
passagens difíceis seus fluidos amparadores sustentam nossa marcha vacilante.
Abri-lhes vossas almas, ponde vossos pensamentos de acordo com os seus e logo
sentireis a alegria de sua presença; uma atmosfera de paz e bênção
envolver-vos-á; suaves consolações descerão para vós.
* Em meio às provações, as
verdades que acabamos de recordar não nos dispensam das emoções e das lágrimas;
seria contra a Natureza. Ensinam-nos pelo menos a não murmurarmos, a não
ficarmos acabrunhados sob o peso da dor, afastam de nós os funestos pensamentos
de revolta, de desespero ou de suicídio que muitas vezes enxameiam no cérebro
dos niilistas. Se continuamos a chorar, é sem amargura e sem blasfêmia. Mesmo
quando se trata do suicídio de mancebos arrebatados pelo ardor de suas paixões,
diante da dor imensa de uma mãe, o Neo-Espiritualismo não fica impotente,
derrama também a esperança nos corações angustiados, proporcionando-lhes, pela
oração e pelo pensamento ardente, a possibilidade de aliviarem essas almas, que
flutuam nas trevas espirituais entre a Terra e o espaço, ou permanecem
confinadas, por seus fluidos grosseiros, aos meios em que viveram; atenua-lhes
a aflição, dizendo-lhes que nada há de irreparável, nada definitivo no mal.
Toda evolução contrariada retoma seu curso quando o culpado pagou sua dívida à
justiça. Em tudo essa doutrina nos oferece uma base, um ponto de apoio, donde a
alma pode levantar o vôo para o futuro e se consolar das coisas presentes com a
perspectiva das futuras. A confiança e a fé em nossos destinos projetam em
nossa frente uma luz que ilumina o carreiro da vida, fixa-nos o dever, alarga
nossa esfera de ação e nos ensina como devemos proceder com os outros. Sentimos
que há no universo uma força, um poder, uma sabedoria incomparáveis e sentimos
também que nós mesmos fazemos parte dessa força e desse poder de que
descendemos. Compreendemos que as vistas de Deus sobre nós, seu plano, sua
obra, seu objetivo, tudo tem princípio e origem no seu amor. Em todas as coisas
Deus quer nosso bem e para alcançá-lo segue caminhos, ora claros, ora
misteriosos, mas constantemente apropriados a nossas necessidades. Se nos
separa daqueles que amamos, é para fazer-nos achar mais vivas as alegrias do
regresso. Se deixa que passemos por decepções, abandonos, doenças, reveses, é
para obrigar-nos a despregar a vista da Terra e elevá-la para Ele, a procurar
alegrias superiores àquelas que podemos provar neste mundo. O universo é
justiça e amor. Na espiral infinita das ascensões, a soma dos sofrimentos,
divina alquimia, converte-se, lá em cima, em ondas de luz e torrentes de
felicidade. Não tendes notado no âmago de certas dores um travo particular e
tão característico em que não é possível deixar de reconhecer uma intervenção
benfazeja? Algumas vezes a alma ferida vê brilhar uma claridade desconhecida,
tanto mais viva quanto maior é o desastre. Com um só golpe da dor levanta-se a
tais alturas onde seriam necessários vinte anos de estudos e esforços para
chegar. Não posso resistir ao desejo de citar dois exemplos, entre muitos
outros que me são conhecidos. Trata-se de dois indivíduos que depois foram meus
amigos, pais de duas meninas encantadoras que eram toda a sua alegria neste
mundo e que a morte arrebatou brutalmente em alguns dias. Um é oficial superior
na Região de Leste. Sua filha mais velha possuía todos os dotes de inteligência
e de beleza. De caráter sério, desprezava, de bom grado, os prazeres da sua
idade e tomava parte nos trabalhos de seu pai, escritor, militar e publicista
de talento. Havia-lhe ele dedicado, por essa razão, um afeto que ia até ao
culto. Em pouco tempo uma doença irremediável arrebatava a donzela à ternura
dos seus. Entre os seus papéis foi encontrado um caderno com o seguinte título:
“Para meu pai quando eu já não existir.” Posto que gozasse de perfeita saúde no
momento em que traçara essas páginas, tinha o pressentimento de sua morte
próxima e dirigia ao pai consolações comovedoras. Graças a um livro que este
descobriu na secretária da filha, entramos em relações. Pouco a pouco,
procedendo com método e persistência, fez-se médium vidente e hoje possui, não
somente a graça de estar iniciado nos mistérios da sobrevivência, mas também a
de tornar a ver muitas vezes a filha perto de si e de receber os testemunhos do
seu amor. Yvonne (Espírito) comunica-se igualmente com seu noivo e com um de
seus primos, oficial subalterno no Regimento de seu pai. Essas manifestações
completam-se e verificam-se umas pelas outras e são também percebidas por dois
animais domésticos, assim como o atestam as cartas do general.
O segundo caso é o do negociante
Debrus, de Valence, cuja única filha, Rose, nascida muitos anos depois do
matrimônio, era ternamente amada. Todas as esperanças do pai e da mãe
concentravam-se na filha estimada; mas, aos doze anos, foi a menina bruscamente
atacada de uma meningite aguda, que a levou. Inexprimível foi o desespero dos
pais e a idéia do suicídio mais de uma vez visitou o espírito do pobre pai.
Cobrou, porém, ânimo devido a alguns conhecimentos que tinha do Espiritismo e
teve a alegria de tornar-se médium. Atualmente, comunica com a filha sem
intermediário, livremente e com segurança. Esta intervém freqüentes vezes na
vida íntima dos seus e produz, às vezes, ao redor deles, fenômenos luminosos de
grande intensidade. Uns e outros nada sabiam do Além e viviam numa culpada
indiferença a respeito dos problemas da vida futura e do destino. Agora, fez-se
para eles a luz. Depois de haverem sofrido, foram consolados e consolam, por
sua vez, os outros, trabalhando por difundir a verdade em volta de si,
impressionando todos os que deles se aproximam pela elevação de suas vistas e
pela firmeza de suas convicções. Suas filhas voltaram-lhes transfiguradas e
radiantes. E eles chegaram a compreender por que Deus os havia separado e como
lhes prepara uma vida comum na luz e na paz dos espaços. Eis a obra da dor!
* Para o materialista, convém repeti-lo, não
há explicação para o enigma do mundo nem para o problema da dor. Toda a
magnífica evolução da vida, todas as formas de existência e de beleza
lentamente desenvolvidas no decurso dos séculos, tudo isto, a seus olhos, é
devido ao capricho de um acaso cego e não tem outra saída além do nada. No fim
dos tempos será como se a humanidade nunca tivesse existido. Todos os seus
esforços para elevar-se a um estado superior, todas as suas queixas,
sofrimentos, misérias acumuladas, tudo se desvanecerá como uma sombra, tudo
terá sido inútil e vão. Nós, porém, que temos a certeza da vida futura e do
mundo espiritual, em vez da teoria da esterilidade e do desespero, vemos no
universo o imenso laboratório onde se afina e apura a alma humana, através das
existências alternativamente celestes e terrestres. O objetivo das últimas é um
só: a educação das Inteligências associadas aos corpos. A matéria é um
instrumento de progresso: o que nós chamamos o mal, a dor, é simplesmente um
meio de elevação. O “eu” é coisa odiosa, tem-se dito; todavia, permita-se-me
uma confissão. De cada vez que o anjo da dor me tocou com a sua asa, senti
agitarem-se em mim potências desconhecidas, ouvi vozes interiores entoarem o
cântico eterno da vida e da luz; agora, depois de ter compartilhado de todos os
males de meus companheiros de viagem, bendigo o sofrimento. Foi ele que amoldou
meu ser, que me fez obter um critério mais seguro, um sentimento mais exato das
altas verdades eternas. Minha vida foi mais de uma vez sacudida pela desgraça,
como o carvalho pela tempestade; mas, nenhuma prova deixou de me ensinar a
conhecer-me um pouco mais, a tomar maior posse de mim. Chega a velhice;
aproxima-se o termo da minha obra. Após cinqüenta anos de estudos, de trabalho,
de meditação, de experiência, é-me grato poder afirmar a todos aqueles que
sofrem, a todos os aflitos deste mundo que há no universo uma justiça
infalível. Nenhum de nossos males se perde; não há dor sem compensação,
trabalho sem proveito. Caminhamos todos através das vicissitudes e das lágrimas
para um fim grandioso fixado por Deus e temos a nosso lado um guia seguro, um
conselheiro invisível para nos sustentar e consolar. Homem, meu irmão, aprende
a sofrer, porque a dor é santa! Ela é o mais nobre agente da perfeição.
Penetrante e fecunda, é indispensável à vida de todo aquele que não quer ficar
petrificado no egoísmo e na indiferença. Esta é uma verdade filosófica: Deus
envia o sofrimento àqueles a quem ama. “Eu sou escravo – dizia Epicteto –,
aleijado, um outro Irus em pobreza e miséria e, todavia, amado dos deuses.”
Aprende a sofrer. Não te direi: procura a dor. Mas, quando ela se erguer
inevitável em teu caminho, acolhe-a como uma amiga. Aprende a conhecê-la, a
apreciar-lhe a beleza austera, a entender-lhe os secretos ensinamentos. Estuda-lhe
a obra oculta. Em vez de te revoltares contra ela ou de ficares acabrunhado,
inerte e fraco debaixo de sua ação, associa tua vontade, teu pensamento ao alvo
a que ela visa, procura tirar dela, em sua passagem por tua vida, todo o
proveito que ela pode oferecer ao espírito e ao coração. Esforça-te por seres a
teu turno um exemplo para os outros; por tua atitude na dor, pelo modo
voluntário e corajoso por que a aceites, por tua confiança no futuro, torna-a
mais aceitável aos olhos dos outros. Numa palavra, faze a dor mais bela. A
harmonia e a beleza são leis universais e nesse conjunto a dor tem o seu papel
estético. Seria pueril enraivecermo-nos contra esse elemento necessário à
beleza do mundo. Exaltemo-la antes, com vistas e esperanças mais elevadas! Vejamos
nela o remédio para todos os vícios, para todas as decadências, para todas as
quedas! Vós todos que vergais sob o peso do fardo de vossas provações ou que
chorais em silêncio, aconteça o que acontecer, nunca desespereis. Lembrai-vos
de que nada sucede debalde, nem sem causa; quase todas as nossas dores vêm de
nós mesmos, de nosso passado e abrem-nos os caminhos do Céu. O sofrimento é um
iniciador; revela-nos o sentido grave, o lado sério e imponente da vida. Esta
não é uma comédia frívola, mas uma tragédia pungente; é a luta para a conquista
da vida espiritual e, nessa luta, o que há de maior é a resignação, a
paciência, a firmeza, o heroísmo. No fundo, as lendas alegóricas de Prometeu,
dos Argonautas, dos Niebelungem, os mistérios sagrados do oriente não têm outro
sentido. Um instinto profundo faz-nos admirar aqueles cuja existência não é
senão um combate perpétuo contra a dor, um esforço constante para escalarem as
abruptas ladeiras que conduzem aos cimos virgens, aos tesouros inviolados; e
não admiramos somente o heroísmo que se patenteia, as ações que provocam o
entusiasmo das multidões, mas também a luta obscura e oculta contra as
privações, a doença, a miséria, tudo o que nos desata dos laços materiais e das
coisas transitórias. Dar tensão às vontades; retemperar os caracteres para os
combates da vida; desenvolver a força de resistência; afastar da alma da
criança tudo o que pode amolentá-la; elevar o ideal a um nível superior de
força e grandeza – eis o que a educação moderna deveria adotar como objetivo
essencial; mas, em nossa época, tem-se perdido o hábito das lutas morais para
se procurarem os prazeres do corpo e do espírito; por isso a sensualidade
extravasa de nós, os caracteres aviltam-se, a decadência social acentua-se.
Ergamos os pensamentos, os corações, as vontades! Abramos nossas almas aos
grandes sopros do espaço! Levantemos nossas vistas para o futuro sem limites;
lembremo-nos de que esse futuro nos pertence, nossa tarefa é conquistá-lo.
Vivemos em tempos de crise. Para que as inteligências se abram às novas
verdades, para que os corações falem, serão necessários avisos ruidosos; serão
precisas as duras lições da adversidade. Conheceremos dias sombrios e períodos
difíceis. A desgraça aproximará os homens; só a dor verdadeiramente lhes faz
sentir que são irmãos. Parece que as sociedades seguem um caminho orlado de
precipícios. O alcoolismo, a imoralidade, o suicídio, o crime e a anarquia
fazem as suas devastações. A cada instante surgem escândalos, despertando
curiosidades novas, remexendo o lodo onde fermentam as corrupções; o pensamento
rasteja. A alma da França, que foi muitas vezes a iniciadora dos povos, o seu
guia na via sagrada, sofre por sentir que vive num corpo viciado. Ó alma viva
da França, separa-te desse invólucro gangrenado, evoca as grandes recordações,
os altos pensamentos, as sublimes inspirações do teu gênio. Porque o teu gênio
não está morto, dormita. Amanhã despertará! A decomposição precede a renovação.
Da fermentação social sairá outra vida, mais pura e mais bela. Ao influxo da
Idéia Nova, a sociedade humana encontrará de novo a crença e a confiança.
Levantar-se-á maior e mais forte para realizar sua obra neste mundo.
segunda-feira, 21 de setembro de 2015
TEMA DA DOUTRINÁRIA DO DIA 23/09 - QUARTA FEIRA - DESIGUALDADE DAS RIQUEZAS - CAP 16 - 07 DO EVANGELHO SEGUNDO ESPIRITÍSMO - Palestrante: Alcione Monteiro
sábado, 19 de setembro de 2015
TEMA DA DOUTRINÁRIA DE AMANHÃ, DOMINGO, 20/09 - CAPÍTULO 17 ANTE À DOR DO LIVRO FLORAÇÕES EVANGÉLICAS - PALESTRANTE: Renilda Lemos
CAPÍTULO 17
ANTE À
DOR
Quando a alma mergulhou na carne
referta de vibrações, desejou transmitir toda a musicalidade que conduzia
virgem, e para que o tumulto do ambiente não lhe perturbasse a evocação,
perdeu, paulatinamente, os registros auditivos para somente escutar nas telas
da mente os acordes sublimes da natureza e de Deus — e Beethoven ficou surdo!
Para expressar a melancolia suave e a pungente saudade de algo que não se pode
identificar, Chopin experimentou a amargura do coração perdido entre desejos e
decepções. Destinado a ferir as cordas da emoção e tangê-las com habilidade, o
espírito retornou ao palco de antigas lutas para defrontar-se com inimigos
acirrados e vencê-los através da auto-doação, enchendo a Terra de musicalidade
superior. Inquieto, todavia, fraquejando sem cessar, Schumann deixou-se
arrastar pela caudal da obsessão, conquanto fizesse incomparável legado,
através do Lied e das nobres melodias para piano - * * * Oh! dor bendita,
libertadora de escravos, discreta amiga dos orgulhosos, irmã dos santos,
mensageira da verdade, tanto necessitamos do teu concurso, que se nos afiguras
um anjo caído, a serviço da misericórdia para sustentar nos na luta redentora! Ensina-nos
a descobrir a rota da humildade para avançarmos com acerto.
* * * A dor é a mensageira da
esperança que após a crucificação do Justo vem ensinando como se pode avançar
com segurança. Recebamo-la, pacientes, sejam quais forem às circunstâncias em
que a defrontemos nesta hora de significativas transformações para o nosso
espírito em labor de sublimação. O sofrimento de qualquer natureza, quando
aceito com resignação — e toda aflição atual possui as suas nascentes nos atos
pretéritos do espírito rebelde — propicia renovação interior com amplas
possibilidades de progresso, fator preponderante de felicidade. A dor faculta o
desgaste das imperfeições, propiciando o descobrimento dos valiosos recursos,
inexoráveis, aliás do ser. Após a lapidação fulgura a gema. Burilada a aresta
ajusta-se a engrenagem. Trabalhado, o metal converte-se em utilidade. Sublimado
pelo sofrimento reparador o espírito liberta-se. * “De tal modo brilhe a vossa
luz diante dos homens, para que êles vejam as vossas boas obras e glorifiquem a
vosso Pai que está nos Céus. Mateus: capítulo 5º, versículo 16. *
“Daí se segue que nas pequenas coisas, como
nas grandes, o homem é sempre punido por aquilo em que pecou. Os sofrimentos
que decorrem do pecado são-lhe uma advertência de que procedeu mal”. Capítulo
5º — Item 5.
quinta-feira, 17 de setembro de 2015
CELEBRANDO OS 05 ANOS DA ESCOLA DA DOUTRINA ESPÍRITA CAMINHO DA LUZ
TEMA DA DOUTRINÁRIA DE HOJE, 17/09, AS 20:00 - SACRIFÍCIO, CAPÍTULO 27 DO LIVRO FLORAÇÕES EVANGÉLICAS - JOANA DE ANGELIS - PALESTRANTE: Wenceslau Alonso
CAPÍTULO 27
SACRIFÍCIO
Não cogites de eliminar da órbita
das atividades a que te vinculas, objetivando a redenção do próprio espírito, o
sacrifício, que é cantinho de redenção. Todos os pés que transitam pelas
dificuldades aprendem a contornar obstáculos e a vencer impedimentos. As mãos
que se calejam no afã sublime da produtividade perdem a sensibilidade às coisas
vãs que agradam a cobiça e a insensatez, e o corpo, em geral, disciplinado pela
continência e educado na contenção, transforma-se em veículo dúctil e nobre ao
cumprimento dos deveres superiores da vida. Sacrifício é, também, atestado
inequívoco de devoção ao bem e à verdade. Examina a história dos crucificadores
e vê-los-ás triunfantes sob o aplauso da ilusão enlouquecida, carregados em
triunfo momentaneamente, enquanto os crucificados permanecem em silêncio. Logo,
porém, êles passam e aquêles que foram as suas vítimas levantam-se do olvido
para perpetuarem, através do martírio de que foram instrumento, os ideais
nobilitantes da vera Humanidade. * * * Falar-te-ão da necessidade de poupares
as tuas energias quando aplicadas ao Bem; conclamar-te-ão à inutilidade do nada
e à vaidade enganosa, como explicando a nulidade do investimento homem, nos
turbulentos dias da atualidade; estimular-te-ão emoções grosseiras, o cultivo
de idiossincrasias, fazendo-te aferrado ao azedume, à intolerância e à
perniciosidade. Outras bõcas apresentarão aos teus ouvidos os convites da
felicidade, qual estupefaciente que absorvido produz o sonho ilusório,
antecedendo o despertar da crua e inditosa realidade... Quando, porém,
fascinado pela quimera perceberes o engôdo em que caíste e desejares retornar;
quando descobrires que tudo não passou de um sonho de loucura acalentado numa
hora de angústia; ao perceberes que estes na Terra e que por enquanto o Planêta
se mantém sob o fragor das provações e o sôpro dos sofrimentos e desejares
buscar aquêles que foram comparsas da tua desdita, possivelmente não os
encontrarás receptivos nem ateveis ao teu lado... Consultados dir-te-ão: “Não
sabias? Que esperavas do mundo, tu que emboscaste o Cristo no coração e o
atiraste fora, no lôdo da paixão? Agora, caro amigo, é contigo”. Verificarás,
então, somente na via da soledade, o pêso do remorso e o travo de amargura sem
nome. Nessa hora, todavia, com sacrifício te imporás o recomêço difícil e
necessário. Sacrifica-te, pois, antes, renunciando, não cedendo ao mal,
olvidando vaidades e superstições. Sacrifica à vida a tua vida para que a paz
te entesoure as moedas da harmonia interior. Chegarás, depois, à conclusão do
porque Ele, teu Amigo Divino, preferiu o sacrifício a todo instante, desde as
palhas úmidas de um estábulo pobre, às jornadas a pé sob sol causticante, o
encontro e a convivência com as pessoas mal cheirosas dos caminhos, em regime
de misericórdia para com os 60 pecadores e infelizes até a hora da cruz de
ignomínia e de horror, sacrificandose sempre para a fulguração perene como Rei
Excelso em plena Glória Solar. * “O reino dos céus é tomado à fôrça, e os que
se esforçam, são os que o conquistam”. Mateus: capítulo 11º, versículo 12.
* “O verdadeiro devotamento consiste em não
temer a morte, quando se trate de ser útil, em afrontar o perigo, em fazer, de
antemão e sem pesar, o sacrifício da vida se fôr necessário” Capítulo 5º — Item
29, parágrafo 2.
quarta-feira, 16 de setembro de 2015
HOJE É O GRANDE DIA, 16/09/2015 - 05 ANOS DE CELEBRAÇÃO DA FUNDAÇÃO DA ESCOLA DA DOUTRINA ESPÍRITA CAMINHO DA LUZ! VENHA CELEBRAR CONOSCO...
terça-feira, 15 de setembro de 2015
SEMANA COMEMORATIVA 05 ANOS DA ESCOLA - TEMA DA DOUTRINÁRIA MUSICAL DE HOJE, 15/9 : COMO UMA ONDA - MUSICA DE LULU SANTOS, INTERPRETADA POR TIM MAIA - PALESTRANTE : Antônio José
segunda-feira, 14 de setembro de 2015
sexta-feira, 11 de setembro de 2015
TEMA DA DOUTRINÁRIA DE DOMINGO, 13/09 - Sublime Ação - Cap 17 DO LIVRO: “Libertação pelo Amor” - Joanna de Angelis, - Palestrante: Marco A. Pinto
Sublime ação é sempre a da
caridade. Toda e qualquer atividade que promove e dignifica a criatura humana é
valiosa contribuição em favor do progresso da sociedade. É inerente ao homem e
à mulher a generosidade , esse sentimento de prodigalidade, em face da sua
procedência espiritual. Mesmo quando se encontra em fase inicial do processo
evolutivo, predominando-lhe os instintos agressivos, o despertar dos
sentimentos sob o comando do amor induz a essa faculdade. Inicialmente,
apresenta-se como impulso desconexo, sem lucidez nem profundidade do seu
significado, começando a desabrochar e expressar-se de maneira diferente,
vitalizando todos os gestos edificantes. Ei-la – a generosidade – em forma de
humanitarismo, no qual a presença solidária favorece a harmonia, o bem-estar,
contribuindo para tornar melhor a vida daqueles que lhe são beneficiá- rios.
Noutra circunstância, surge como atitude compassiva, evitando julgar com
impiedade aquele que se envolve em atitudes infelizes, desculpando a ignorância
que nele jaz ou o atraso que o conduz, sem permitir-lhe uma existência digna.
Alonga-se em forma de altruísmo, quando adiciona a renúncia e o interesse pela
recupera- ção ou promoção do seu próximo, mantendo-se feliz pela oportunidade
de auxiliar.
Engrandece-se a partir do momento
em que descobre a emoção superior que se deriva da ação de socorre a
necessidade do rebelde ou atormentado, passando a educá-lo e a dignifica-lo,
embora ele estorcegue nos cipoais da loucura a que se entregou. É o alento que
sustenta o ideal de edificar o bem com desinteresse pessoal, quando medram o
egoísmo e a insensatez. Ao produzir a abnegação e o devotamento que a
sensibilizam, emoldurando os seus atos com ternura e amor avança triunfalmente
pelo caminho de serviço e transforma-se na virtude por excelência – a caridade.
A caridade é como uma peregrina luz que necessita de combustível, a fim de que
continue brilhando, derramando claridade em derredor. A sua chama crepita,
esparzindo calor que altera o clima gélido da indiferença e proporciona
reconforto, graças ao qual a existência humana volta a adquirir coragem e
valor. A fim de que alcance o objetivo a que se destina, não pode, porém,
prescindir da fé, especialmente a de natureza religiosa, pelo conteúdo de
espiritualidade de que se reveste. Essa visão espiritual que dá sentido à vida
torna-a grandiosa em face da sua perenidade. Enquanto se observa a
transitoriedade, as modificações que experimentam os seres na sua forma física,
material, a convicção a respeito do prosseguimento da vida após o túmulo,
proporciona uma visão profunda e um significado transcendente para a ação
caridosa. Na árvore da existência humana, podemos considerar a fé como a flor
exuberante de onde se origina o fruto nutriente da caridade. Toda frutescência
é antecedida pelo enflorescimento. A seiva dessa árvore, no entanto, procede do
Pai Criador, que lhe dá origem e lhe preserva a continuidade, sustentando-a de
acordo com a qualidade da produção. A caridade manifesta-se de forma natural,
sem mesclas de ganho imediato ou remoto, não possuindo qualquer expressão
egoística, mantida pelo amor que se distende generosos como dá- diva de Deus. É
semelhante a perfume carregado por brisa abençoada e converte-se em alimento
para a alma. Sem a presença da caridade no mundo, as conquistas da inteligência
e da cultura não bastariam para arrancar o ser humano do caos de si mesmo. A
caridade vela silenciosa e enriquecedora pelas vidas, apresentando-se quando
tudo aparentemente se apresenta sem esperança, numa terrível conspiração contra
a dignidade e a alegria. Ela ergue o tombado e caminha sustentando o trôpego.
Nunca se cansa, nem exige nada. É jovial e gentil, não se jactando nem se
impondo em momento algum, mantendo-se em clima de harmoniosa convivência com os
fatores gerados pelo Bem. Enquanto viceje no mundo, pode-se ter certeza de que
o Pai Generoso continua amparando os Seus filhos. Conforme sucede com as demais
denominadas virtudes, medra espontaneamente, depois se instala no ser,
acompanhando-o durante todo o seu processo evolutivo.
Apesar disso, para que se
possa estabelecer como parte integrante da existência, hábito superior de
conduta, torna-se necessário exercitá-la, iniciando o ministério com pequenos
gestos de bondade e de afabilidade, de compaixão e de misericórdia para com o
próximo, até insculpir-se como essencial à existência. Tem como objetivo não
apenas o ser humano, mas abrange todas as expressões vivas que existem, bem
como a Natureza em si mesma, aos quais infunde ânimo e oferece apoio. Em
relação, porém, ao próximo, tem finalidade precípua, porque exaltada por Jesus
na Sua incomparável parábola do bom samaritano, quando tudo era adverso ao
caído e não praticado pelo estrangeiro, que se torna o anjo dotado de amor e de
bondade, que o arranca do abandono, atende-o e resguarda-o de todo e qualquer
perigo, com esforço e sacrifício pessoal, sem pensar em si mesmo, embora
sabendo-se detestado. A caridade jamais se detém privilegiando uns em
detrimento de outros, elegendo aqueles que compartilham da mesma grei ou do
mesmo grupo, antes alcançando os opositores, os adversários, aos quais trata
com dignidade e sem diferença alguma em relação ao partido a que pertencem, aos
interesses que cultivam, às crenças que professam. Por isso, é ação sublime. A
sublime ação da caridade altera o comportamento do beneficiado, tornando-se lhe
companheira afável, permanecendo como vitalidade do amor que sempre nutre. As
ações de benemerência e de solidariedade revelam o nível de progresso moral do
indivíduo e de um povo, avançando para a elevada expressão de caridade conforme
Jesus a pregou e a viveu em todos os momentos, antes e depois da Sua morte.
quinta-feira, 10 de setembro de 2015
ESCOLA DA DOUTRINA ESPÍRITA CAMINHO DA LUZ, CELEBRANDO 05 ANOS DE TRABALHOS E SERVIÇOS À COMUNIDADE ! VAMOS CELEBRAR...
VIVA O MÊS DE
SETEMBRO,
CELEBRAMOS A PRIMAVERA
E
OS 05 ANOS DE TRABALHOS REALIZADOS PELA ESCOLA DA DOUTRINA ESPÍRITA CAMINHO DA
LUZ,
A SERVIÇO DO BEM NO PETROMAR - STELLA MARES !
É UM MÊS MUITO ESPECIAL, POIS FOI QUANDO NASCEU E SE IMPLANTOU ESSA
GOTA DE AMOR E ESPERANÇA EM MUITAS ALMAS E CORAÇÕES...
CONTINUAMOS NA CAMINHADA, JUNTE-SE A NÓS!
TEMA DA DOUTRINÁRIA DE HOJE : OBSESSÃO - LIVRO: VÁRIOS - Palestrante: Paulo de Tarso
Obsessão
Grupo
Espírita Bezerra de Menezes
O que é Obsessão?
A Obsessão é o domínio que alguns Espíritos
adquirem sobre outros, quer encarnados ou desencarnados, provocando-lhes
desequilíbrios psíquicos, emocionais e físicos É uma espécie de constrangimento
moral de um indivíduo sobre outro. Pode ser de encarnado para encarnado,
encarnado para desencarnado, desencarnado para encarnado e desencarnado para
desencarnado. Essa influência negativa e irracional traz para as pessoas
problemas diversos, o que as tornam enfermas da alma, necessitando de cuidados,
como toda doença. Normalmente se faz tratamento das obsessões em centros
espíritas kardecistas sérios.
Se a Obsessão é uma doença da alma,
quais são seus sintomas?
A obsessão apresenta sintomas tais
como: angústia, depressão, perturbação do sono (insônia ou pesadelos), mau
humor, desinteresse pelo estudo ou pelo trabalho, isolamento social,
pensamentos suicidas, desregramento sexual etc. Não se segue daí, que se
conclua que todos os portadores desses sintomas estejam obsediados. Há diversas
outras causas, conhecidas da ciência médica, que podem provocar sintomatologia
semelhante.
E como se pode tratar essa doença
espiritual?
A obsessão, sendo uma doença da alma,
deverá ser curada definitivamente com a melhoria do indivíduo no campo moral e
intelectual. O Espiritismo (doutrina de Allan Kardec) oferece tratamento seguro
para essas doenças, pois trata o problema abordando os dois lados da vida. Se
for um Espírito desencarnado, ele será chamado por meio de evocações
particulares, nas reuniões sérias de intercâmbio espiritual, para uma conversa
e conscientização do mal que está praticando. Do lado do encarnado, se cuidará
de tratar com a evangelização (moralização) e pela fluidoterapia (aplicação de
passes), levando-o ao entendimento do que precisa fazer para libertar-se do
mal.
Como o Espírito recém-desencarnado
recebe um novo envolvimento amoroso de sua esposa, ainda encarnada no mundo
material? Ele não o aceita? Poderá interferir nessa relação? Há um tempo de
espera, para que o cônjuge encarnado possa ter novo relacionamento sem magoar
quem já desencarnou?
Quando o Espírito se desprende da
carne, ele entra em uma outra dimensão de vida que é a vida espiritual. Lá,
terá um nova percepção das coisas, tendo um raciocínio mais livre, mais pleno,
pois não está mais confinado aos limites da matéria. Compreende que viverá
outros aprendizados e que os afetos deixados na vida terrena igualmente terão
também experiências necessárias ao progresso individual e coletivo. Entretanto,
se ele for um Espírito pouco adiantado, permanecerá preso ao seu mundo mental,
vivenciando as situações que vivia quando em vida, principalmente se cultivou
paixões e sentimentos de posse exacerbados.
Poderá com isso sofrer, se seus entes queridos agem com desinteresse afetivo
por ele, se entram em disputa por heranças ou mesmo se seus "amores"
interessam-se por outras pessoas. Poderá interferir na vida das pessoas, muitas
vezes originando processos obsessivos.
Neste caso, deve-se procurar ajuda espiritual numa casa espírita kardecista,
para que o problema seja devidamente equacionado. Claro, essas situações de
perturbações são de exceção. Normalmente o que se observa é a compreensão por
parte de quem partiu. Não há um tempo específico que seja adequado para que se
tenha novo envolvimento amoroso. Vai depender da situação de cada criatura. Nas
relações verdadeiras, sinceras e duradouras, geralmente quando um parte o outro
permanece um bom tempo sem que encontre substituição em seu coração, quando não
opta por permanecer sozinho. Entretanto, nas relações difíceis, que são maioria
esmagadora no planeta, a perda não se constitui em problema. Todas essas coisas
são regidas pelos sentimentos. O tempo, neste caso, é o que menos importa.
Gostaria de saber como se identifica
uma obsessão de encarnado para desencarnado. E como se livrar disso?
Sabe-se que a obsessão é uma espécie de
constrangimento de um Espírito sobre outro e que isso se dá através da lei das
afinidades espirituais (vide pergunta 42). Portanto, as influências ruins podem
partir dos encarnados para os desencarnados também. Geralmente isso acontece
nas situações onde entre os dois indivíduos existe uma relação em
desequilíbrio, tanto de "amor" quanto de "ódio". Pode
parecer estranho que se afirme que relações de amor possam gerar processos
obsessivos, mas o amor desmedido e possessivo entre duas pessoas (mesmo que
seja entre mãe e filho), geram desequilíbrios os mais diversos. Se um deles
desencarna é claro que o sentimento permanece o mesmo, a menos que um deles
venha a se libertar dele através do esclarecimento. Da mesma forma nos casos de
pessoas que desencarnam deixando heranças em que os herdeiros ficam
insatisfeitos e não tinham boa relação de afeto com o desencarnado, gerando
condições fluídicas mórbidas que envolvem os dois planos. A única forma de se
livrar desses problemas é buscando o esclarecimento, procurando uma casa
espírita que tenha experiência nesse tipo de atendimento. O tratamento
espiritual, esclarecendo os envolvidos no processo, aliado à mudança de postura
do indivíduo é a chave para os problemas espirituais de toda ordem.
A depressão pode estar relacionada com
obsessão? Como?
Os processos obsessivos moderados e
graves levam quase sempre a um estado mórbido mental, que favorece enormemente
os estados depressivos, com toda a sintomatologia que esta doença produz.
Entretanto, nem todos os quadros depressivos podem ser atribuídos às
influências espirituais. Existem mecanismos orgânicos, decorrentes de falhas em
sínteses hormonais que explicam cientificamente a depressão. Evidentemente que
mesmo nesses casos, pode haver influenciação espiritual por conta da atitude
mental da criatura, embora não seja esse o agente causador do processo.
Há a possibilidade de ocorrer uma
auto-obsessão, ou seja, de uma pessoa encarnada ser obsediada por ela mesma?
Sim, há essa possibilidade e não é
rara. São pessoas que se encontram numa condição mental doentia,
atormentando-se a si mesmo. Vivem em um mundo de desarmonia interior e buscam
culpar tudo o que há em sua volta, gerando cada vez mais sofrimentos para si
mesma e para quem com ela convive. As causas geralmente residem nos problemas
anímicos do indivíduo, ou seja, nos seus próprios dramas pessoais. São traumas,
remorsos, culpas e situações provindas do seu mundo íntimo e que prejudicam sua
normalidade psicológica. Certamente, por conta de sua atitude mental, entram em
sintonia com ambiente espiritual de igual teor, o que agrava o quadro, embora
não seja esta a causa determinante da enfermidade. Além da evangelização
espírita, costumam-se beneficiar-se enormemente com as psicoterapias, no que
devem ser estimulados.
Uma convulsão poderá ser sintoma de uma
obsessão?
Geralmente as convulsões não são
sintomas de obsessão (embora ela possa aparecer associada à enfermidade). As
convulsões propriamente ditas são ocasionadas por falhas na estrutura orgânica
do homem e necessita de tratamento médico especializado. As alterações do
sensório ocasionadas por influências espirituais, não configuram convulsões com
o cortejo clínico estudado pela ciência médica terrena. Portanto, há que se ter
cautela ao lidar com pessoas que tem crises convulsivas e que querem tratar-se
nas casas espíritas. Elas podem ser portadoras de enfermidade epiléptica e
necessitam de avaliação médica. Crises de subjugação possuem algumas
características das crises epilépticas, mas são bem diferentes. Na epilepsia
quase sempre o paciente perde a consciência e desfalece, com movimentos motores
involuntátios. Na crise de subjugação, não! Observa-se brusca mudança de
comportamento e o perturbado pode cair ao chão, porém, não desfalece e
comporta-se como se fosse uma outra pessoa.
Como devemos proceder junto a uma
pessoa que está sob o império da fascinação?
Casos de fascinação são muito comuns
entre encarnados, e mesmo dentro das casas espíritas que endeusam seus médiuns
ou dirigentes. Antes de concluirmos se uma pessoa está sendo vítima da terrível
fascinação, é preciso pesar na balança do bom senso. Levemos o problema ao
exame de sociedades idôneas, que não estejam sob o domínio das nossas idéias,
para opinarem. Se tivermos certeza da obsessão, devemos procurar orientar
aquele que padece. Havendo abertura, temos que ir esclarecendo o enfermo aos
poucos, fazendo-o ver a presença da má influência. O que acontece na maioria
das vezes, é a existência. O espírita é orgulhoso e, geralmente, não aceita que
esteja mal assistido. Nestes casos, o melhor é deixá-lo nas mãos da influência
em que se compraz. Só aprenderá com a dor.
quarta-feira, 9 de setembro de 2015
TEMA DA DOUTRINÁRIA DE HOJE, 09/09 Enxertia Divina DO LIVRO :FONTE VIVA - PELO ESPÍRITO EMMANUEL - PALESTRANTE: Amanda Burgos
"Se não permanecerem na incredulidade, serão enxertados; porque poderoso é Deus para os tornar a enxertar.” – Paulo. (Romanos, 11:23.)
Toda criatura, em verdade, é uma planta espiritual, objeto de minucioso cuidado por parte do Divino Semeador.
Cada homem, qual ocorre ao vegetal, apresenta diferenciados períodos na existência.
Sementeira, germinação, adubação, desenvolvimento, utilidade, florescência, frutificação, colheita…
Nas vésperas do fruto, desvela-se o pomicultor, com mais carinho, pelo aprimoramento da árvore.
É imprescindível haja fartura e proveito. Na luta espiritual, em identidade de circunstâncias, o Senhor adota iguais normas para conosco.
Atingindo o conhecimento, a razão e a experiência, o Pomicultor Celeste nos confere preciosos recursos de enxertia espiritual, com vistas à nossa sublimação para a vida eterna.
A cada novo dia de tua experiência humana, recebes valioso concurso para que os resultados da presente encarnação te enriqueçam de luz divina pela felicidade que transmites aos outros.
És, contudo, uma “árvore consciente”, com independência para aceitar ou não os elementos renovadores, com liberdade para registrar a bênção ou desprezá-la.
Repara, atentamente, quantas vezes te convoca o Sublime Semeador ao engrandecimento de ti mesmo.
A enxertia do Alto procura-nos através de mil modos.
Hoje, é na palestra edificante de um companheiro.
Amanhã, será num livro amigo.
Depois, virá por intermédio de uma dádiva aparentemente insignificante da senda.
Se guardas, pois, o propósito de elevação, aproveita a contribuição do Céu, iluminando e santificando o templo íntimo. Mas, se a incredulidade por enquanto te isola a mente, enovelando-te as forças no carretel do egoísmo, o enxerto de sublimação te buscará debalde, porque ainda não produzes, nos recessos do espírito, a seiva que favorece a Vida Abundante.
terça-feira, 8 de setembro de 2015
sexta-feira, 4 de setembro de 2015
TEMA DA DOUTRINÁRIA DE DOMINGO 06/09 - FIRMEZA E CONSTÂNCIA - CAPITULO 69 DO LIVRO FONTE VIVA - Palestrante: Virgílio Borba
Livro: Fonte Viva - Capítulo 69 -
Titulo: Firmeza e Constância
“Muita gente acredita que abraçar a fé será confiar-se ao êxtase improdutivo. A pretexto de garantir a iluminação da alma, muitos corações fogem à luta, trancando-se entre as quatro paredes do santuário doméstico, entre vigílias de adoração e pensamentos profundos acerca dos mistérios divinos, esquecendo-se de que todo o conjunto da vida é Criação Universal de Deus” (Um trecho do capítulo 69 - "Firmeza e Constancia" - Livro Fonte Viva - Emmanuel/Chico Xavier)
Reflexão: O papel de adoração e de prece no intimo de nossos lares e instituições religiosas tem seu papel importante para nos sustentarmos com o banho interior de silêncio, restaurando as próprias forças nas correntes sublimes que fluem dos Mananciais Celestes. Emmanuel porem nos adverte dizendo que “Quem penetrou a terra espiritual da verdade, encontrou o trabalho por graça maior”.
A Prece e a reflexão são nossos lubrificantes do veiculo que temos por empréstimo para viver no mundo escola. Mas é imperioso recordar que o Mestre e os discípulos lutaram, serviram e sofreram na lavoura do bem diária, em sua exemplificação.
Acrescenta ainda o benfeitor: “Aceitar o Cristianismo é renovar-se para as Alturas e só o clima do serviço consegue reestruturar o espírito e santificar-lhe o destino”
Que possamos nós então agir ajudando! Criar com alegria e concórdia as novas esperanças, abrindo horizontes ao conhecimento superior e melhorar a vida onde estivermos. Para isto é preciso acordar em nós a FIRMEZA e CONSTÂNCIA.
Esta é a fé viva que remove montanhas, está é uma fé com visão de conhecimento e capacidade de auxiliar. Colocando em tudo isso o Amor na base, logo estaremos em um mundo melhor, pois limparemos o lodo que vive dentro de nossos vasos, com a água viva que jorra do coração augusto de Deus.
Emmanuel termina este capítulo lindamente, que para mim cai como um convite a todos nós, diz ele: “Jesus reclama(pede com insistência) obreiros diligentes(cuidadosos) para a edificação de seu Reino em toda a Terra.”
quinta-feira, 3 de setembro de 2015
TEMA DA DOUTRINÁRIA DE HOJE, 03/09, PERANTE OS FATOS MOMENTOSOS, CAP.39 DO LIVRO: CONDUTA ESPÍRITA - PALESTRANTE: Camila Góes
Perante os fatos momentosos
Em tempo algum empolgar-se por emoções desordenadas ante
ocorrências que apaixonem a opinião pública, como, por exemplo, delitos,
catástrofes, epidemias, fenômenos geológicos e outros quaisquer.
Acalmar-se é acalmar os outros.
Nas conversações e nos comentários acerca de notícias terrificantes,
abster-se de sensacionalismo.
A caridade emudece o verbo em desvario.
Guardar atitude ponderada, à face de acontecimentos considerados
escandalosos, justapondo a influência do bem ao assédio do mal.
A palavra cruel aumenta a força do crime.
Resguardar-se no abrigo da prece em todos os transes aflitivos da
existência.
As provações gravitam na esfera da Justiça Divina.
Aceitar nas maiores como nas menores decepções da vida humana, por
mais estranhas ou desconcertantes que sejam, a manifestação dos Desígnios
Superiores atuando em favor do aprimoramento espiritual.
Deus não erra.
Ainda mesmo com sacrifício, entre acidentes inesperados que lhe firam
as esperanças, jamais desistir da construção do bem que lhe cumpre realizar.
Cada Espírito possui conta própria na Justiça Perfeita.
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