SOBRE NÓS :

VISÃO: Ser uma Instituição voltada para a excelência nos estudos da Doutrina Espírita, visando com isso atender, de uma forma humanitária, a todos que necessitem.

MISSÃO: Exercer o que preconiza a Doutrina Espírita, visando auxiliar na mudança individual do ser, como também, do coletivo.

Redirecionamento

quinta-feira, 18 de junho de 2015

TEMA DA DOUTRINÁRIA DE QUINTA-FEIRA (18/06) ÀS 20:00 - A GÊNESE ORGÂNICA DO LIVRO A GÊNESE. PALESTRANTE: ERICSON MENDONÇA


A Gênese Orgânica - Cap. 9


Formação primária dos seres vivos

O estudo das camadas geológicas revela que cada espécie animal e vegetal surgiu simultaneamente em vários pontos do globo, bastante afastados uns dos outros, o que atesta a previdência divina, garantindo condições de sobrevivência apesar das vicissitudes a que estavam sujeitas.
A grande Lei de unidade que rege a formação dos corpos inorgânicos preside também a criação material dos seres vivos. A combinação de substâncias elementares como o oxigênio, hidrogênio, carbono, azoto, cloro, iodo, flúor, enxofre, fósforo e todos os metais, formam as substâncias compostas tais como os óxidos, ácidos, álcalis, sais que por sua vez combinados resultam em inúmeras variedades, estudadas em laboratórios pela Química e operadas "em larga escala no grande laboratório da Natureza."
A composição dos corpos ocorre quando existem condições favoráveis como grau de calor, umidade, movimento ou repouso, corrente elétrica, etc, e em função da afinidade molecular de seus princípios elementares que se combinam guardando proporções definidas.
Na origem da Terra os princípios elementares apresentavam-se volatilizados no ar. Com o gradativo resfriamento e sob condições favoráveis, precipitaram-se formando combinações donde resultaram as variedades de carbonatos, sulfatos, etc.
A cristalização é o notável fenômeno resultante da passagem do estado líquido ou gasoso para o sólido assumindo formas regulares de sólidos geométricos tais como, de prisma, cubo, pirâmide. A forma geométrica do corpo corresponde à das moléculas componentes e somente ocorre o fenômeno diante de condições específicas de grau de temperatura e repouso absoluto.
No reino animal e vegetal a composição básica é a mesma dos corpos inorgânicos, principalmente o carbono, oxigênio, hidrogênio, azoto, de cujas combinações e variadas proporções resultam as inúmeras substâncias orgânicas, desde que encontrem circunstâncias propícias no meio em que se desenvolvem. Alterando-se as condições do meio, diminui ou cessa o desenvolvimento da vida orgânica até que novamente haja as condições ideais para o ressurgimento da vida. Cada espécie de cristal assim como cada espécie orgânica se reproduzem segundo forma e cores semelhantes, por estarem sujeitas à mesma Lei.

Princípio vital
Uma molécula composta por ex. de carbono, hidrogênio, oxigênio e azoto, poderá resultar em um mineral ou, se estiver modificada pelo princípio vital, resultará em uma molécula orgânica. Ao se formarem, portanto, os seres orgânicos assimilam o princípio vital que dá às moléculas propriedades especiais. Sua atividade é alimentada pela ação do funcionamento dos órgãos durante toda a vida até sua extinção.
Pode-se comparar o princípio vital à ação da eletricidade, de modo que os corpos orgânicos seriam como pilhas elétricas que "funcionam enquanto os elementos dessas pilhas se acham em condições de produzir eletricidade: é a vida; que deixam de funcionar, quando tais condições desaparecem: é a morte."

Geração espontânea
Observa-se que no mundo atual o princípio da geração espontânea aplica-se aos seres de organismo extremamente simples, rudimentar, do reino vegetal e animal, como o musgo, o líquen, o zoófito, os vermes intestinais. Muito embora os seres de organização complexa não se reproduzam espontaneamente, não se sabe como começaram, pois ninguém conhece o segredo de todas as transformações, entendendo-se assim a teoria da geração espontânea permanente apenas como hipótese.

Escala dos seres orgânicos
No início da escala situam-se os zoófitos (animais-plantas), que têm a aparência exterior da planta, mantém-se preso ao solo, "mas como o animal, a vida nele se acha mais acentuada: tira do meio ambiente a sua alimentação".
As plantas e os animais têm em comum: nascem, vivem, crescem, nutrem-se, respiram, reproduzem-se e morrem. Necessitam de luz, calor, água, ar puro. Enquanto as plantas se mantêm presas ao solo, os animais, um degrau acima, se movimentam, como os pólipos; após o início do desenvolvimento dos órgãos, atividade vital e instintos estão os helmintos, moluscos(lesma, polvo, caracol, ostra), crustáceos(caranguejo, lagosta), insetos (em alguns dos quais se desenvolve o instinto engenhoso, como nas formigas, abelhas, aranhas). Segue-se a ordem dos vertebrados (peixes, répteis, pássaros) e os mamíferos (organização mais complexa).
Se percorrermos a escala degrau por degrau, sem solução de continuidade, chegaremos da planta aos animais vertebrados, podendo compreender a possibilidade de que os animais de organização complexa sejam o desenvolvimento gradual da espécie imediatamente inferior, até chegar ao primitivo ser elementar. Assim o princípio da geração espontânea aplicar-se-ia somente aos seres de organização elementar, sendo as espécies superiores resultantes das transformações sucessivas daqueles. Após adquirirem a faculdade da reprodução, os cruzamentos originaram novas variedades. A partir daí não mais havia necessidade dos germens primitivos, pelo que desapareceram. Esta teoria, que tende a predominar na Ciência, evidencia a causa de não haver geração espontânea entre animais de organização complexa.

O homem corpóreo
Anatomicamente o homem pertence á classe dos mamíferos, ordem dos bímanos, com pequenas modificações de forma exterior, porém com a mesma composição de todos os animais, com órgãos e funções, modos de nutrição, respiração, secreção e reprodução idênticos. Nasce, vive e morre decompondo-se seu corpo como toda a espécie animal, quando os elementos irão compor novos minerais, vegetais e animais.

Os quadrúmanos (animais com quatro mãos, como o orangotango, chipanzé, jocó) também caminham eretos, usam cajados, constroem choças e se alimentam usando as mãos. Isso leva a observação de que "acompanhando-se passo a passo a série dos seres, dir-se-ia que cada espécie é um aperfeiçoamento, uma transformação da espécie imediatamente inferior".


terça-feira, 16 de junho de 2015

TEMA DA DOUTRINÁRIA DE QUARTA-FEIRA (17/06) ÀS 16:00 - A PARÁBOLA DO FESTIM DE NÚPCIAS DO EVANGELHO SEGUNDO ESPIRITISMO


Parábola da Festa de Núpcias

          E respondendo Jesus, lhes tornou a falar segunda vez em parábolas, dizendo: O Reino dos Céus é semelhante a um rei, que desejando fazer as bodas a seu filho, mandou os seus servos a chamar os convidados para a bodas, mas eles recusaram ir. Enviou de novo outros servos, com este recado aos convidados: Eis aqui tenho preparado o meu banquete, os meus touros e os animais cevados estão já mortos, e tudo está pronto; vinde às bodas. Mas eles desprezaram o convite, e se foram, um para a sua casa de campo,outro para o seu tráfico. Outros porém, lançaram mão dos servos que ele enviara, e depois de os haverem ultrajado, os mataram. Mas o rei, tendo ouvido isto, se irou; e tendo feito marchar seus exércitos, acabou com aqueles homicidas, e pôs fogo à sua cidade. Então disseaos seus servos: As bodas com efeito estão aparelhadas, mas os que foram convidados não foram dignos de se acharem no banquete. Ide pois às saídas das ruas, e a quantos achardes, convidai-os para as bodas. E tenho os seus servos pelas ruas, congregaram todos os que acharam, maus e bons; e ficou cheia de convidados a sala do banquete de bodas. Entrou depois o rei para ver os que estavam à Mesa, e viu ali um homem que não estava vestido com veste nupcial. E disse-lhe: Amigo, como entraste aqui, não tendo veste nupcial? Mas ele emudeceu. Então disse o rei aos seus ministros: Atai-o de pés e mãos e lançai-o nas trevas exteriores: aí haverá choro e ranger de dentes. Porque são muitos os chamados e poucos os escolhidos. (Mateus, XXII: 1-4)

O incrédulo ri desta parábola, que lhe parece de uma pueril ingenuidade, pois não admite que haja tantas dificuldades para realização de um banquete, e ainda mais quando os convidados chegam a ponto de massacrar os enviados do dono da casa. “As parábolas – diz ele – são naturalmente alegorias, mas não devem passar os limites do possível”.
O mesmo se pode dizer de todas as alegorias, das fábulas mais engenhosas, se não lhes descobrimos o sentido oculto. Jesus se inspirava nas usanças mais comuns da vida, e adaptava as suas parábolas aos costumes e ao caráter do povo a que se dirigia. A maioria delas tinha por fim fazer penetrar nas massas populares a idéia da vida espiritual; e seu sentido só parece incompreensível para os que não se colocam nesse ponto de vista.
            Nesta parábola, por exemplo, Jesus compara o Reino dos Céus, onde tudo é felicidade e alegria, a uma festa nupcial. Os primeiros convidados são os judeus, que Deus havia chamado em primeiro lugar para o conhecimento da sua lei. Os enviados do rei são os profetas, que convidaram os judeus a seguir o caminho da verdadeira felicidade, mas cujas palavras foram pouco ouvidas, cujas advertências foram desprezadas, e muitos deles foram mesmo massacrados, como os servos da parábola. Os convidados que deixam de comparecer, alegando que tinham de cuidar de seus campos e de seus negócios, representam as pessoas mundanas, que, absorvidas pelas coisas terrenas, mostram-se indiferentes para as coisas celestes.
           Acreditavam os judeus de então que a sua nação devia conquistar a supremacia sobre todas as outras. Pois não havia Deus prometido a Abraão que a sua posterioridade cobriria a Terra inteira? Tomando sempre a forma pelo fundo, eles se julgavam destinados a uma dominação efetiva, no plano material.
            Antes da vinda do Cristo, com exceção dos hebreus, todos os povos eram politeístas e idólatras. Se alguns homens superiores haviam atingido a idéia da unidade divina, essa idéia entretanto permanecia como sistema pessoal, pois em nenhuma parte foi aceita como verdade fundamental, a não ser por alguns iniciados, que ocultavam os seus conhecimentos sob formas misteriosas, impenetráveis à compreensão do povo. Os judeus foram os primeiros que praticaram publicamente o monoteísmo. Foi a eles que Deus transmitiu a sua lei; primeiro através de Moisés, depois através de Jesus. Desse pequeno foco partiu a luz que devia expandir-se pelo mundo inteiro, triunfar do paganismo e dar a Abraão uma posterioridade espiritual “tão numerosa como as estrelas do firmamento”.
            Mas os judeus, embora repelindo a idolatria, haviam negligenciado a lei moral, para se dedicar à prática mais fácil do culto exterior. O mal chegara ao cúmulo: a nação, dominada pelos romanos, estava esfacelada pelas facções, dividida pelas seitas; a própria incredulidade havia atingido até mesmo o santuário. Foi então que Jesus apareceu, enviado para chamá-los à observação da lei e para abrir-lhes os novos horizontes da vida futura. Primeiros convidados ao banquete da fé universal, eles repeliram, porém, as palavras do celeste Messias, e o sacrificaram. Foi assim que perderam o fruto que deviam colher da sua própria iniciativa.
            Seria injusto, entretanto, acusar o povo inteiro por essa situação. A responsabilidade coube principalmente aos fariseus e aos saduceus, que puseram a nação a perder, os primeiros pelo seu orgulho e fanatismo, e os segundos pela sua incredulidade. São eles, sobretudo, que Jesus compara aos convidados que se negaram a comparecer ao banquete de núpcias, e acrescenta que o rei, vendo isso, mandou convidar a todos os que fossem encontrados nas ruas, bons e maus. Fazia entender assim que a palavra seria pregada a todos os outros povos, pagãos e idólatras, e que estes, aceitando-a, seriam admitidos à festa de núpcias em lugar dos primeiros convidados.

            Mas não basta ser convidado; não basta dizer-se cristão, nem tampouco sentar-se à mesa para participar do banquete celeste. E necessário, antes de tudo, e como condição expressa, vestir a túnica nupcial, ou seja, purificar o coração e praticar a lei segundo o espírito, pois essa lei se encontra inteira nestas palavras: Fora da caridade não há salvação. Mas entre todos os que ouvem a palavra divina, quão poucos são os que guardam e a aproveitam! Quão poucos se tornam dignos de entrar no Reino dos Céus! Foi por isso que Jesus disse: Muitos serão os chamados e poucos os escolhidos.

domingo, 14 de junho de 2015

Tema da doutrinária de hoje - Domingo (14/06) às 16:00 - Tema: A Lei de Amor. Livro: O Evangelho Segundo o Espiritismo. Palestrante: Adalto Carneiro




A Lei de Amor

"O amor resume a doutrina de Jesus toda inteira, visto que esse é o sentimento por excelência, e os sentimentos são os instintos elevados à altura do progresso feito. Em sua origem, o homem só tem instintos; quando mais avançado e corrompido, só tem sensações; quando instruído e depurado, tem sentimentos. E o ponto delicado do sentimento é o amor, não o amor no sentido vulgar do termo, mas esse sol interior que condensa e reúne em seu ardente foco todas as aspirações e todas as revelações sobre-humanas. A lei de amor substitui a personalidade pela fusão dos seres; extingue as misérias sociais. Ditoso aquele que, ultrapassando a sua humanidade, ama com amplo amor os seus irmãos em sofrimento! ditoso aquele que ama, pois não conhece a miséria da alma, nem a do corpo. Tem ligeiros os pés e vive como que transportado, fora de si mesmo. Quando Jesus pronunciou a divina palavra -amor, os povos sobressaltaram-se e os mártires, ébrios de esperança, desceram ao circo.

O Espiritismo a seu turno vem pronunciar uma segunda palavra do alfabeto divino. Estai atentos, pois que essa palavra ergue a lápide dos túmulos vazios, e a reencarnação, triunfando da morte, revela às criaturas deslumbradas o seu patrimônio intelectual. Já não é ao suplício que ela conduz o homem: condu-lo à conquista do seu ser, elevado e transfigurado. O sangue resgatou o Espírito e o Espírito tem hoje que resgatar da matéria o homem.


Disse eu que em seus começos o homem só instintos possuía. Mais próximo, portanto, ainda se acha do ponto de partida, do que da meta, aquele em quem predominam os instintos. A fim de avançar para a meta, tem a criatura que vencer os instintos, em proveito dos sentimentos, isto é, que aperfeiçoar estes últimos, sufocando os germes latentes da matéria. Os instintos são a germinação e os embriões do sentimento; trazem consigo o progresso, como a glande encerra em si o carvalho, e os seres menos adiantados são os que, emergindo pouco a pouco de suas crisálidas, se conservam escravizados aos instintos. O Espírito precisa ser cultivado, como um campo. Toda a riqueza futura depende do labor atual, que vos granjeará muito mais do que bens terrenos: a elevação gloriosa. E então que, compreendendo a lei de amor que liga todos os seres, buscareis nela os gozos suavíssimos da alma, prelúdios das alegrias celestes."

quinta-feira, 11 de junho de 2015

Tema da doutrinária de hoje - Quinta-feira (11/06) às 20:00 - Tema: Conduta Espírita do Medium. Livro: Conduta Espírita de André Luiz. Palestrante: Robson Ferrer



Esquivar-se à suposição de que detém responsabilidades ou missões de avultada transcendência, reconhecendo-se humilde portador de tarefas comuns, conquanto graves e importantes como as de qualquer outra pessoa.
O seareiro do Cristo é sempre servo, e servo do amor.
 No horário disponível entre as obrigações familiares e o trabalho que lhe garante a subsistência, vencer os imprevistos que lhe possam impedir o comparecimento às sessões, tais como visitas inesperadas, fenômenos climatéricos e outros motivos, sustentando lealdade ao próprio dever.
Sem euforia íntima não há exercício mediúnico produtivo. Preparar a própria alma em prece e meditação, antes da atividade mediúnica, evitando, porém, concentrar-se mentalmente para semelhante mister durante as explanações doutrinárias, salvo quando lhe caibam tarefas especiais concomitantes, a fim de que não se prive do ensinamento.
A oração é luz na alma refletindo a Luz Divina. Controlar as manifestações mediúnicas que veicula, reprimindo, quanto possível, respiração ofegante, gemidos, gritos e contorções, batimentos de mãos e pés ou quaisquer gestos violentos.
O medianeiro será sempre o responsável direto pela mensagem de que se faz portador.
Silenciar qualquer prurido de evidência pessoal na produção desse ou daquele fenômeno.
A espontaneidade é o selo de crédito em nossas comunicações com o Reino do Espírito. Mesmo indiretamente, não retirar proveito material das produções que obtenha.
Não há serviço santificante na mediunidade vinculada a interesses inferiores.
Extinguir obstáculos, preocupações e impressões negativas que se relacionem com o intercâmbio mediúnico, quais sejam, a questão da consciência vigilante ou da inconsciência sonambúlica durante o transe, os temores inúteis e as suscetibilidades doentias, guiando-se pela fé raciocinada e pelo devotamento aos semelhantes.
Quem se propõe avançar no bem, deve olvidar toda causa de perturbação. Ainda quando provenha de círculos bem-intencionados, recusar o tóxico da lisonja. No rastro do orgulho, segue a ruína.
Fugir aos perigos que ameaçam a mediunidade, como sejam a ambição, a ausência de autocrítica, a falta de perseverança no bem e a vaidade com que se julga invulnerável. O medianeiro carrega consigo os maiores inimigos de si próprio.
 “Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um, para o que for útil.” — Paulo. (I CORÍNTIOS, 12:7.)

segunda-feira, 8 de junho de 2015

SEMINÁRIO ANSIEDADE, STRESS E EVOLUÇÃO ESPIRITUAL(07/06/2015) - POR DANI...

SEMINÁRIO ANSIEDADE, STRESS E EVOLUÇÃO ESPIRITUAL(07/06/2015) - POR DANI...

SEMINÁRIO ANSIEDADE, STRESS E EVOLUÇÃO ESPIRITUAL(07/06/2015) - POR DANI...

TEMA DA DOUTRINÁRIA DE QUARTA FEIRA (10/06) 16:00 - A PORTA ESTREITA - CAP. XVIII DO EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO, MUITOS OS CHAMADOS POUCOS OS ESCOLHIDOS - PALESTRANTE: VERA LÚCIA



CAPÍTULO XVIII - Muitos os chamados, poucos os escolhidos.

A Porta Estreita

3. Entrai pela porta estreita, porque larga é a porta da perdição e espaçoso o caminho que a ela conduz, e muitos são os que por ela entram. Quão pequena é a porta da vida quão apertado o caminho que a ela conduz e quão poucos a encontram! (Mateus, 7:13 e 14.)
4. Tendo-lhe alguém feito esta pergunta: “Senhor, serão poucos os que se salvam?” — Respondeu-lhes Ele: “Esforçai-vos por entrar pela porta estreita, pois vos asseguro que muitos procurarão transpô-la e não o poderão.” — E quando o pai de família houver entrado e fechado a porta, e vós, de fora, começardes a bater, dizendo: “Senhor, abre-nos.” — Ele vos responderá: “Não sei donde sois.” — Pôr-vos-eis a dizer: “Comemos e bebemos na tua presença e nos instruíste nas nossas praças públicas.” — Ele vos responderá: “Não sei
donde sois; afastai-vos de mim, todos vós que praticais a iniquidade.”
Então, haverá prantos e ranger de dentes, quando virdes que Abraão, Isaque, Jacó e todos os profetas estão no Reino de Deus e que vós outros sois dele expelidos.
Virão muitos do Oriente e do Ocidente, do Setentrião e do Meio-Dia, que participarão do festim no Reino de Deus. Então, os que forem últimos serão os primeiros e os que forem primeiros serão os últimos. (Lucas, 13:23 a 30.)
5. Larga é a porta da perdição, porque são numerosas as paixões más e porque o maior número envereda pelo caminho do mal. É estreita a da salvação, porque a grandes esforços sobre si mesmo é obrigado o homem que a queira transpor, para vencer suas más tendências, coisa a que poucos se resignam. É o complemento da máxima: “Muitos são os chamados e poucos os escolhidos.”
Tal o estado da humanidade terrena, porque, sendo a Terra mundo de expiação, nela predomina o mal. Quando se achar transformada, a estrada do bem será a mais frequentada. Aquelas palavras devem, pois, entender-se em sentido relativo, e não em sentido absoluto. Se houvesse de ser esse o estado normal da Humanidade, teria Deus condenado à perdição a imensa maioria das suas criaturas, suposição inadmissível, desde que se reconheça que Deus é todo justiça e bondade.
Todavia, de que delitos esta Humanidade se houvera feito culpada para merecer tão triste sorte, no presente e no futuro, se toda ela se achasse Muitos os chamados, poucos os escolhidos degredada na Terra e se a alma não tivesse tido outras existências? Por que tantos entraves postos diante de seus passos? Por que essa porta tão estreita que só a muito poucos é dado transpor, se a sorte da alma é determinada para sempre, logo após a morte? Assim é que, com a unicidade da existência, o homem está sempre em contradição consigo mesmo e com a Justiça de Deus. Com a anterioridade da alma e a pluralidade dos mundos, o horizonte se alarga; faz-se luz sobre os pontos mais obscuros da fé; o presente e o futuro tornam-se solidários com o passado, e só então se pode compreender toda a profundeza, toda a verdade e toda a sabedoria das máximas do Cristo.


quarta-feira, 3 de junho de 2015

TEMA DA DOUTRINÁRIA DO DIA 04/06 - QUINTA FEIRA - 20:00 -– O LIVRE ARBÍTRIO Capítulo XXII do Livro: O Problema do Ser, do Destino e da Dor – Léon Denis – Palestrante: Oscar Bulcão




XXII – O LIVRE ARBÍTRIO
Denis inicia este capítulo colocando a importância da ‘Liberdade’, bem como sua relevância para humanidade. Sem ela, há um freio na busca pela evolução e pelo progresso, pois as limitações tornariam o ser um escravo de suas necessidades.
“A liberdade e a responsabilidade são correlativas ao ser e aumentam com sua elevação; é a responsabilidade do homem que faz sua dignidade e moralidade. Sem ela, não seria ele mais do que um autômato, um joguete das forças ambientes: a noção de moralidade é inseparável da de liberdade.” (p. 477)[12].
“A responsabilidade é estabelecida pelo testemunho da consciência, que nos aprova ou censura segundo a natureza de nossos atos” (P. 477).
É possível deduzir que a consciência exerce o julgamento com base na bagagem moral intuitiva que carrega aquele ser a muito tempo, e que passou por muitas depurações. Mas também é justo dizer que várias alterações destes conceitos, ou até reformas, podem acontecer ao longo de uma vida.
“O livre-arbítrio é, pois, a expansão da personalidade e da consciência. Para sermos livres é necessário querer sê-lo e fazer esforço para vir a sê-lo, libertando-nos da escravidão da ignorância e das paixões baixas, substituindo o império das sensações e dos instintos pelo da razão” (P. 478).
Eis que a vontade se apresenta novamente como ponto fundamental para o progresso do Espírito, sendo o impulso necessário para o início da Reforma Íntima e a consequente mudança para melhor no que tange às aspirações morais.
“Até agora, tanto sob o ponto de vista teológico como determinista, a questão [do livre-arbítrio] tinha ficado quase insolúvel. Nem doutro modo podia ser, pois que cada um daqueles sistemas partia do dado inexato de que o ser humano tem de percorrer uma única existência. A questão muda, porém, inteiramente de aspecto se se alargar o círculo da vida e se se considerar o problema à luz que projeta a doutrina dos renascimentos. Assim, cada ser conquista a própria liberdade no decurso da evolução que tem de perfazer” (p. 481).
A doutrina das vidas sucessivas é, mais uma vez, importante na determinação de paradigmas evolucionários da alma. É possível assumir que as produções teológicas e deterministas partiram de um erro que tornava tudo um processo cego. Passaram a dar demasiada importância à aspectos transitórios e materiais, tratando-os como definitivos e concretos em ambiente limitado. A incapacidade de lidar com a temporalidade de uma existência limitava esforços e capacidades.
Quando o elemento da atemporalidade (várias existências) é claro, o Espírito adquire não só todo o incentivo do Consolador, mas a disposição em aceitar e pensar em termos atemporais, que reduz a relevância dos erros e vidam o progresso. Visão que traz otimismo e esperança em nós mesmos, e também na Providência Divina.
As visões obscuras e viciadas do passado, não resistem a este choque filosófico.

“O livre-arbítrio, a livre vontade do Espírito exerce-se principalmente na hora das reencarnações. Escolhendo tal família, certo meio social, ele sabe de antemão quais são as provações que o aguardam, mas compreende, igualmente, a necessidade dessas provações para desenvolver suas qualidades, curar seus defeitos, despir seus preconceitos e vícios. Estas provações podem ser também conseqüência de um passado nefasto, que é preciso reparar, e ele aceita-as com resignação e confiança, porque sabe que seus grandes irmãos do Espaço não o abandonarão nas horas difíceis” (p. 482).
Toda essa conjuntura elimina as “fatalidades” ou o “acaso” das vidas e do futuro. O acaso é a desculpa que a ignorância formula.
As concepções e renovações de pensamento e idéias trazidas pela idéia de livre-arbítrio e reencarnação deveriam conduzir até uma revisão das punições e das razões de criminalidade, já que a igualdade legal (humana) pressupõe o nascimento como marco zero e a maioridade legal como aptidão ao entendimento de todos os deveres e direitos.
“Muitas vezes o mau, o criminoso não é, na realidade, mais do que um Espírito novo e ignorante em que a razão não teve tempo de amadurecer. (…) É por isso que as penalidades infligidas deveriam ser estabelecidas de modo que obrigassem o condenado a refletir, a instruir-se, a esclarecer-se, a emendar-se. A sociedade deve corrigir com amor e não com ódio, sem o que se torna criminosa” (p. 483).
Jesus exemplificou melhor do que qualquer um, a capacidade de correção que o amor pode impulsionar.
“O Espírito só está verdadeiramente preparado para a liberdade no dia em que as leis universais, que lhe são externas, se tornarem internas e conscientes pelo próprio fato de sua evolução. No dia em que ele se penetrar da lei e fizer dela a norma de suas ações, terá atingido o ponto moral em que o homem se possui, domina e governa a si mesmo” (p. 483).
Liberdade e moral caminham juntas, mas só o Espírito moralmente elevado e depurado, pode aproveitar integralmente as benesses da liberdade.
“No estado de ignorância, é uma felicidade para ela [alma] estar submetida a uma direção. Mas, quando sábia e perfeita, goza da sua liberdade na luz divina” (p. 484).
Nada mais apropriado de lembrar após essa consideração de Denis, do que o ditado muito utilizado pelo ser humano hoje: ‘A ignorância é uma bênção’. Nada mais ilustrativo de nossa condição moral. Denis encerra o capítulo com uma frase que resume bem a questão do livre-arbítrio e do ser humano em relação a ele.
“O homem é o obreiro de sua libertação” (p. 485).
Encontramos mais esclarecimentos no Livro dos Espíritos (V – LIVRE ARBÍTRIO).
843. O homem tem livre arbítrio nos seus atos?

–Pois se tem a liberdade de pensar, tem a de agir. Sem o livre arbítrio o homem seria uma máquina.
844. O homem goza do livre arbítrio desde o nascimento?
–Ele tem a liberdade de agir, desde que tenha a vontade de o fazer. Nas primeiras fases da vida a liberdade é quase nula; ela se desenvolve e muda de objeto com as faculdades. Estando os pensamentos da criança em relação com as necessidades da sua idade, ela aplica o seu livre arbítrio às coisas que lhe são necessárias.
845. As predisposições instintivas que o homem traz ao nascer não são um obstáculo ao exercício do seu livre arbítrio?
–As predisposições instintivas são as do Espírito antes da encarnação; conforme for ele mais ou menos adiantado, elas podem impeli-lo aatos repreensíveis, no que ele será secundado por Espíritos que simpatizem com essas disposições; mas não há arrastamento irresistível, quando se tem a vontade de resistir. Lembrai-vos de que querer é poder. (Ver item 361).
846. O organismo não influi nos atos da vida? E se influi, não o faz com prejuízo do livre arbítrio?

–O Espírito é certamente influenciado pela matéria, que pode entravar as suas manifestações. Eis porque, nos mundos em que os corpos são menos materiais do que na Terra, as faculdades se desenvolvem com mais liberdade. Mas o instrumento não dá faculdades ao Espírito. De resto, é necessário distinguir neste caso as faculdades morais das faculdades intelectuais. Se um homem tem o instinto do assassínio, é seguramente o seu próprio Espírito que o possui e que lho transmite, mas nunca os seus órgãos. Aquele que aniquila o seu pensamento para se ocupar apenas da matéria faz-se semelhante ao bruto, e ainda pior, porque não pensa mais em se premunir contra o mal. É nisso que ele se torna faltoso, pois assim age pela própria vontade. (Ver item 367 e seguintes, Influência do organismo).



terça-feira, 2 de junho de 2015

TEMA DA DOUTRINÁRIA DE AMANHÃ , 03/06 (QUARTA FEIRA) 16:00 - A TENTAÇÃO DE JESUS, IV CAP. DO EVANGELHO DOS HUMILDES - Palestrante: Mário Chagas



CAPÍTULO 4  - A TENTAÇÃO DE JESUS

1 Então foi levado Jesus pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo. 2 E tendo jejuado quarenta dias e quarenta noites, depois teve fome. 3 E chegando-se a ele o tentador, lhe disse: Se és filho de Deus, dize que estas pedras se convertam em pães. 4 Jesus, respondendo-lhe, disse: Escrito está: Não só de pão vive o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus. 5 Então tomando-o o diabo o levou à cidade santa e o pôs sobre o pináculo do templo. 6 E lhe disse: Se és filho de Deus, lança-te daqui abaixo. Porque escrito está: Que mandou os seus anjos que cuidem de ti e eles te tomarão nas palmas, para que não suceda tropeçares em pedra com teu pé. 7 Jesus lhe disse: Também está escrito: Não tentarás ao Senhor teu Deus. 8 De novo o subiu o diabo a um monte muito alto; e lhe mostrou todos os reinos do mundo e a glória deles. 9 E lhe disse: Tudo isto te darei, se prostrado me adorares. 10 Então lhe disse Jesus: Vai-te Satanás. Porque escrito está: Ao Senhor teu Deus adorarás e a ele só servirás. 11 Então o deixou o diabo; e eis que chegaram os anjos e o serviram. Chegara a hora de o Mestre iniciar a gloriosa tarefa que o trouxera à Terra. Antes, porém, medita profundamente. E as vantagens materiais que a Terra lhe oferecia, apresentam-se a seu espírito. Se ele se consagrasse à sua obra espiritual, era a pobrezas as dificuldades, a humildade, que o aguardavam e, por fim, o martírio. Se usasse seus dons para fins materiais, de certo teria boa mesa, evitaria as dificuldades geradas pela incompreensão dos homens e conquistaria cargos proeminentes no seio de sua nação. Jesus foi forte. Rejeitou tudo o que o mundo lhe daria e devotou-se ao trabalho espiritual para o qual viera. Conquanto se possa supor que Mateus exagera ao afirmar que o Mestre jejuou pelo espaço de quarenta dias e quarenta noites, é fora de dúvida que o jejum favorece muito as atividades do espírito, principalmente no tocante ao exercício da mediunidade. Todo médium que nutrir vontade de tirar o máximo proveito de sua mediunidade e obter os melhores resultados de seus trabalhos mediúnicos, deveria cultivar o hábito de impor-se períodos de jejum. Certamente, jamais poderemos ombrear com Jesus, o qual, dada sua perfeição espiritual, sabia sobrepor-se às coisas da Terra, usando da matéria somente o necessário para manter-se. Um médium que luta para sua evolução espiritual e deseja estar permanentemente preparado para o desempenho de seu medianato, precisa saber praticar o jejum material e o jejum moral. De três maneiras poderemos jejuar: 1ª — Jejum alimentar: Nos dias de trabalho no Centro, lembrar-se de  preparar seu organismo para a prática da mediunidade. Nesses dias, abster-se de alimentos pesados, dando preferência a alimentos leves e alimentando-se moderadamente. E algumas horas antes do início das sessões, abstenção completa, se possível, de alimentação. Este é um jejum material. 2ª — Jejum moral: Um médium deve habituar-se a jejuar pelo pensamento, pela palavra e pelos atos. Por este jejum, que é um jejum puramente moral, o médium evitará pensamentos anti-cristãos, impuros e excessivamente materiais; não pronunciará palavras que possam ferir seus semelhantes e não praticará atos contrários aos ensinamentos de Jesus. A tudo anteporá seus deveres espirituais, evitando passeios fúteis, festas e divertimentos profanos, todas as vezes em que tiver de perfazer seus misteres mediúnicos. 3ª — Outro jejum moral: Outro jejum moral que um médium deverá saber impor-se é o desprendimento das coisas materiais. Nunca poderá cumprir satisfatoriamente seus deveres mediúnicos, o médium excessivamente preocupado com os interesses terrenos. A ambição, a ganância, o muito querer acumular os bens da terra, perturbam o médium, atraindo para junto dele espíritos inferiores, que interferem maleficamente em seus trabalhos espirituais. Saber jejuar das coisas terrenas, em benefício de sua mediunidade, é o primeiro passo que um médium dará para a garantia do bom êxito de sua tarefa na seara de Jesus. Este trecho, em que Mateus simbolicamente comenta as tentações sofridas por Jesus, encerra profunda lição para os estudiosos do Evangelho e, principalmente para os médiuns. Quantos médiuns há que sucumbiram às tentações, trocando os dons divinos por algumas moedas? Quando as tentações materiais se apresentarem a um médium, recorde-se ele das tentações sofridas pelo Mestre e, como Jesus, responda varonilmente: Nem só de pão vive o homem. As tentações mais comuns que se apresentam aos espíritos que se encarnam na terra, podem ser agrupadas em três classes: 1ª — A tentação dos gozos materiais- 2a — A tentação de uma vida fácil, livre de cuidados e de dificuldades. 3ª — A tentação da riqueza e do poder. Jesus, com sua fortaleza de alma, nos ensina como reagirmos resolutamente contra essas tentações. Precavendo-nos contra a tentação dos gozos materiais, lembra-nos de que a palavra divina, isto é, os mandamentos de Deus, quando bem observados, constituem gozos puros que enchem o coração de felicidade. Contra o desejo que frequentemente nos assalta de vivermos uma vida fácil, avisa-nos de que não devemos tentar a Deus. Os trabalhos, os suores, as amarguras e as desilusões são oportunidades benditas de redenção e de progresso. Se insistíssemos para com o Senhor e ele nos concedesse uma vida isenta de cuidados, estacionaríamos lamentavelmente. Chegaria o dia em que o tédio se apossaria de nós e suplicaríamos ao Altíssimo que semeasse nosso caminho de pedras e de tropeços para que, por meio de rudes trabalhos, pudéssemos progredir. Se a ambição do mando, o orgulho do poder e a glória da riqueza ofuscarem nosso espírito tenhamos em mente a lição de Jesus em suas tentações. Acima de tudo, veneremos a Deus, nosso Pai, e o sirvamos lealmente. As coisas do mundo são efêmeras, duram muito pouco e costumam precipitar em séculos de sofrimentos expiatórios quem as adora excessivamente. Diabo ou Satanás; é a designação que se aplica à coletividade dos espíritos ignorantes que se comprazem no mal. Inspiram aos homens pensamentos malévolos e os secundam em todas as ações más. Para repeli-los devemos cultivar bons pensamentos, viver uma vida pura e fortificarmo-nos com orações diárias. Um dia essa coletividade desaparecerá do ambiente terreno, porque todos os espíritos que a integram, se evangelizarão. E depois de evangelizados farão parte da coletividade do Espírito Santo.