SOBRE NÓS :

VISÃO: Ser uma Instituição voltada para a excelência nos estudos da Doutrina Espírita, visando com isso atender, de uma forma humanitária, a todos que necessitem.

MISSÃO: Exercer o que preconiza a Doutrina Espírita, visando auxiliar na mudança individual do ser, como também, do coletivo.

Redirecionamento

quinta-feira, 28 de abril de 2016

DOUTRINÁRIA DE HOJE (28/04 - QUINTA-FEIRA - 20:00): "SOBERANAS LEIS" DO LIVRO JESUS E O EVANGELHO À LUZ DA PSICOLOGIA PROFUNDA PELO ESPÍRITO DA SRA. JOANNA DE ÂNGELIS – PALESTRANTE: DILSON MOURA

"Não penseis que eu tenha vindo destruir a lei ou os profetas..." - Mateus, cap. V, v 17

A Lei natural, que vige em todo o Universo, é a de Amor, que se exterioriza de Deus mediante a Sua criação. O Cosmo equilibra-se em parâmetros de harmonia inalterada, porque procede de uma Causalidade inteligente que tudo estabeleceu em equilíbrio.

Essa ordem espontânea é sempre a mesma em toda parte, expressando-se como modelo para a conquista integral de todas as coisas, particularmente do Eu profundo, que dorme em latência nos seres aguardando os fatores propiciatórios à sua manifestação.

No começo é a sombra dominante, geradora de impulsos automáticos, inconscientes, herança dos períodos primeiros da evolução, quando se instalaram no psiquismo os instintos primários, que remanescem em controle das atividades do processo de crescimento. Inconsciente da sua realidade imortal, o ser é atraído para a Grande Luz libertadora, experimentando os embates internos que o desalojam da concha vigorosa onde se encarcera, facultando-lhe os primeiros voos do discernimento e da razão com promessas de plenitude.

Como efeito inevitável, a inspiração superior vem trabalhando em nome dessa Lei, para que o Espírito modele as asas para a ascensão, através de disciplinas morais e sociais, mediante as quais aprende a dominar os impulsos e racionalizá-los, para que no futuro consiga introjetar o sentimento profundo do amor e, mergulhado conscientemente na Lei Natural, consiga utilizar-se da intuição ou comunicação direta com o Pensamento Universal espraiado em toda parte, ascendendo aos planos da felicidade que almeja.

quarta-feira, 27 de abril de 2016

DOUTRINÁRIA DE HOJE (27/04 - QUARTA-FEIRA - 16:00): "QUANDO HÁ LUZ" DO LIVRO FONTE VIVA PELO ESPÍRITO SR. EMMANUEL - PALESTRANTE: VERA LÚCIA

"O amor do Cristo nos constrange". - Paulo. (2 Coríntios, 5:14).

Quando Jesus encontra santuário no coração de um homem, modifica-se-lhe a marcha inteiramente.

Não há mais lugar dentro dele para a adoração improdutiva, para a crença sem obras, para a fé inoperante.

Algo de indefinível na terrestre linguagem transtorna-lhe o espírito.

Categoriza-o a massa comum por desajustado, entretanto, o aprendiz do Evangelho, chegando a essa condição, sabe que o Trabalhador Divino como que lhe ocupa as profundidades do ser.

Renova-se-lhe toda a conceituação da existência.

O que ontem era prazer, hoje é ídolo quebrado o que representava meta a atingir, é roteiro errado que ele deixa ao abandono.

Torna-se criatura fácil de contentar, mas muito difícil de agradar.

A voz do Mestre, persuasiva e doce, exorta-o a servir sem descanso.

Converte-se-lhe a alma num estuário maravilhoso, onde os padecimentos vão ter, buscando arrimo, e por isso sofre a constante pressão das dores alheias.

A própria vida física afigura-se-lhe um madeiro, em que o Mestre se aflige. É-lhe o corpo a cruz viva em que o Senhor se agita crucificado.

O único refúgio em que repousa é o trabalho perseverante no bem geral.

Insatisfeito, embora resignado; firme na fé, não obstante angustiado; servindo a todos, mas sozinho em si mesmo, segue, estrada afora, impelido por ocultos e indescritíveis aguilhões...

Esse é o tipo de aprendiz que o amor do Cristo constrange, na feliz expressão de Paulo. Vergasta-o a luz celeste por dentro até que abandone as zonas inferiores em definitivo.

Para o mundo, será inadaptado e louco.

Para Jesus, é o vaso das bênçãos.

A flor é uma linda promessa, onde se encontre.

O fruto maduro, porém, é alimento para Hoje.

Felizes daqueles que espalham a esperança, mas bem-aventurados sejam os seguidores do Cristo que suam e padecem, dia a dia, para que seus irmãos se reconfortem e se alimentem no Senhor!


Emmanuel
psicografia de Chico Xavier

quinta-feira, 21 de abril de 2016

DOUTRINÁRIA DE HOJE (21/04 - QUINTA-FEIRA - 20:00): "A LEI CÁRMICA" CAP. 29 DO LIVRO O PERISPÍRITO E SUAS MODELAÇÕES DO SR. LUIZ GONZAGA PINHEIRO – PALESTRANTE: WENCESLAU ALONSO

Uni-me à dor de todos os meus irmãos, e entretanto sorrio e sinto-me contente porque vejo que a liberdade existe. Sabei, ó vós que sofreis; mostro-vos a verdade; tudo o que somos é o resultado do que fomos no passado. Tudo é fundado sobre os nossos pensamentos. Se as palavras e as ações de um homem obedecem a um pensamento puro, a liberdade o segue como uma sombra. O ódio jamais foi apaziguado pelo ódio, pois não é vencido senão pelo amor. Assim como a chuva passa através de uma casa mal coberta, assim a paixão atravessa um Espírito pouco refletido. Pela reflexão, moderação e domínio de si próprio, o homem transforma-se numa rocha que nenhuma tempestade pode abalar. O homem colhe aquilo que semeou. Eis a doutrina do carma.

Dhammapa – Buda


JUSTIÇA, SAPIÊNCIA E COERÊNCIA DA LEI CÁRMICA

Na manhã do dia 15 de novembro de 1985, ao tomar nas mãos o jornal deminha cidade (Fortaleza) li estarrecido a seguinte mensagem: “O Nevado Del Ruiz, um vulcão que esteve inativo 143 anos na Colômbia, entrou em erupção matando cerca de 25 mil pessoas.”

As lavas derreteram a neve e os rios mataram muitos habitantes afogados enquanto dormiam. Resultou de Armero, um cemitério sob a lama petrificada.

BalançaEm nosso mundo, essas catástrofes, naturais ou não, são tidas como corriqueiras e sem o cunho da excepcionalidade, justamente por não impressionar a mais ninguém, devido à frequência com que ocorrem. Mas num evento como esse, podemos fazer inúmeras reflexões, que certamente deixarão nas mentes mais céticas, senão a certeza, pelo menos a possibilidade da existência de uma lei que regula tais ocorrências.

Perguntemo-nos: por que na cidade de Armero, se existem vulcões em inúmeras outras cidades? Por que morreram 25 mil e outros tantos conseguiram sobreviver? Por que as crianças, tidas como inocentes e os velhos indefesos? Por que as pessoas boas e honestas, que dormiam após exaustivo dia de trabalho honrado em favor da sobrevivência da família, enquanto outros que se divertiam nada sofreram? Por que à noite neutralizando os esforços para a fuga? Poderíamos fazer ainda variadas perguntas que certamente forçariam respostas nos leigos, cientistas e religiosos, embora nem sempre adequadas à realidade espiritual, nem tidas como verdadeiras e sensatas após conferidas até a exaustão frente à lógica da justiça divina.

Adentremo-nos sem preconceitos e sem ideias pré-concebidas no pensamento claro e singelo de Jesus, ao afirmar a existência de uma lei que concedia a cada semeador conforme o seu plantio. Que aquele que ferisse a ferro um seu irmão, igualmente seria ferido como consequência do seu ato anterior. Que seria ceitil por ceitil, evidenciando claramente a correspondência entre a ação e a reação posterior.

Jesus afirmou que a cada um seria dado conforme as suas obras, ou seja, penas ou recompensas, não cabendo aqui nenhuma outra interpretação, que seria malograda e ingênua. Trata-se, portanto, de uma lei física, natural, justiceira e equânime, estabelecendo que nenhuma ação, boa ou má consegue subtrair-se de reação equivalente, atingindo aquele que a gerou. Resulta de tal lei, que não é o acaso que rege os destinos humanos. Que felicidade ou desventura são produtos elaborados por aqueles que as conduzem.

Como explicar a diversidade dos destinos humanos sem essa lei? Como interpretar a lepra, a paralisia, a miséria, a lágrima, a dor, convivendo, às vezes, sob o mesmo teto com a saúde, a agilidade, a aventura, o sorriso, a fartura? Que filosofia poderia engendrar uma explicação sem comprometer seriamente o conceito de justiça divina?

O princípio acima referido chama-se lei de causa e efeito; lei que não pune, reajusta; não é parcial, mas justa; não anula o livre-arbítrio, embora estabeleça certa dose de determinismo em nossas vidas. Tal lei tem por função promover o progresso do Espírito, que caso não fosse impulsionado pela dor que ele mesmo traz a si, quando a impôs a seus irmãos, demorar-se-ia demasiadamente na situação de marginalizado das venturas divinas, que preceituam como ordem, o avanço para a perfeição.

doençasInútil culpar a Deus pela cruz que carregamos. Nós mesmos a construímos com o tamanho que ela tem, a madeira com a qual é feita, bem como os contrapesos de chumbo de que é ornada. Se existe um culpado é o carregador. Por que escolheu uma cruz tão grande e chumbada? A cruz tem a dimensão das dores causadas; o chumbo faz parte da invigilância mental.

Posso afirmar que Jesus também nos aconselhou carregá-la e segui-lo, ainda dentro da linha de pensamento segundo a qual a lei não pode ser derrogada. Mesmo seguindo-O, modificando nosso pensar e proceder, teríamos que levá-la conosco, como apêndice indesejável, mas útil ao Espírito. Ocorre contudo que se dela não podemos abdicar, com Jesus ela se torna mais leve, porque a conformação, a fé, o conhecimento e a coragem, transformam a massaranduba dos erros no isopor do otimismo e da perseverança no bem.

Todos os Espíritos estão submetidos à lei de causa e efeito, cuja regência é exercida conforme o grau de conhecimento e responsabilidade de cada um ao praticar uma ação qualquer. Como a cada ação corresponde uma reação, atuando no bem ou no mal o Espírito não consegue evadir-se da lei, que abrange qualquer fenômeno material ou moral.

Se cada Espírito está a cada dia em modificação do seu carma, temos que o homem constrói a cada hora o seu futuro, assim como a família, o país, o continente e a humanidade. Tudo é transformação. O mundo de há um minuto não é o mesmo de agora.

Os rigores do clima, a maldade humana, as pressões sociais, o terrorismo, a proletarização, o desamor, chaga viva da sociedade onde vigem o egoísmo e o orgulho, são moedas correntes nos dias atuais. Mas, esse sofrimento é proporcional ao débito contabilizado a cada um. Ao lado dos que optam pelo erro, encontram se aqueles que já se modificam, abandonando velhos vícios, sendo que todos suportam os flagelos naturais ou não, na proporção de suas faltas.

ajuda espiritualEm meio ao desespero e à dor, levanta-se a solidariedade e toma a feição de amor; e onde há amor todo sofrimento perde o significado punitivo para adquirir caráter de aprendizado. Outrossim, o progresso material apressando as transformações morais fortalece a criticidade, orientando o livre-arbítrio para os caminhos da justiça. É verdade que a dor trabalha sem descanso em um mundo de provas e expiações, tal qual o amor. Cansados de gemidos e lamentações os homens buscam a poesia e a esperança. Deus observa sua obra que não pode ter um fim tão miserável qual a fome, a degradação e a tragédia. Em sua pedagogia, permite a dor, como curso de preparação para a vivência do amor. É assim que funciona o universo; a rudeza da dor e o afago do amor.

Para melhor entender o funcionamento da lei de causa e efeito, necessário se faz relembrar uma outra lei natural ou mesmo biológica, a reencarnação.

quarta-feira, 20 de abril de 2016

DOUTRINÁRIA DE HOJE (20/04 - QUARTA FEIRA - 16:00): "MOTIVOS DE RESIGNAÇÃO" DO EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO - PALESTRANTE: ANTONIO CARLOS MELO

Pelas palavras: Bem-aventurados os aflitos, porque eles serão consolados, Jesus indica, ao mesmo tempo, a compensação que espera os que sofrem e a resignação que nos faz bendizer o sofrimento, como o prelúdio da cura.

Essas palavras podem, também, ser traduzidas assim: deveis considerar-vos felizes por sofrer, porque as vossas dores neste mundo são as dívidas de vossas faltas passadas, e essas dores, suportadas pacientemente na Terra, vos poupam séculos de sofrimento na vida futura. Deveis, portanto, estar felizes por Deus ter reduzido vossa dívida, permitindo-vos quitá-las no presente, o que vos assegura a tranqüilidade para o futuro.

O homem que sofre é semelhante a um devedor de grande soma, a quem o credor dissesse: “Se me pagares hoje mesmo a centésima parte, darei quitação do resto e ficarás livre; se não, vou perseguir-te até que pagues o último centavo”. O devedor não ficaria feliz de submeter-se a todas as privações, para se livrar da dívida, pagando somente a centésima parte da mesma? Em vez de queixar-se do credor, não lhe agradeceria?

É esse o sentido das palavras: “Bem-aventurados os aflitos, porque eles serão consolados”. Eles são felizes porque pagam suas dívidas, e porque, após a quitação, estarão livres. Mas se, ao procurar quitá-las de um lado, de outro se endividarem, nunca se tornarão livres. Ora, cada nova falta aumenta a dívida, pois não existe uma única falta, qualquer que seja, que não traga consigo a própria punição, necessária e inevitável. Se não for hoje, será amanhã; se não for nesta vida, será na outra. Entre essas faltas, devemos colocar em primeiro lugar a falta de submissão à vontade de Deus, de maneira que, se reclamamos das aflições, se não as aceitamos com resignação, como alguma coisa que merecemos, se acusamos a Deus de injusto, contraímos uma nova dívida, que nos faz perder os benefícios do sofrimento. Eis por que precisamos recomeçar, exatamente como se, a um credor que nos atormenta, enquanto pagamos as contas, vamos pedindo novos empréstimos.

Ao entrar no Mundo dos Espíritos, o homem é semelhante ao trabalhador que comparece no dia de pagamento. A uns, dirá o patrão: “Eis a paga do teu dia de trabalho”. A outros, aos felizes da Terra, aos que viveram na ociosidade, que puseram a sua felicidade na satisfação do amor próprio e dos prazeres mundanos, dirá: “Nada tendes a receber, porque já recebestes o vosso salário na Terra. Ide, e recomeçai a vossa tarefa”.

O homem pode abrandar ou aumentar o amargor das suas provas, pela maneira de encarar a vida terrena. Maior é o eu sofrimento, quando o considera mais longo. Ora, aquele que se coloca no ponto de vista da vida espiritual, abrange na sua visão a vida corpórea, como um ponto no infinito, compreendendo a sua brevidade, sabendo que esse momento penoso passa bem depressa. A certeza de um futuro próximo e mais feliz o sustenta encoraja, e em vez de lamentar-se, ele agradece ao céu as dores que o fazem avançar. Para aquele que, ao contrário, só vê a vida corpórea, esta parece interminável, e a dor pesa sobre ele com todo o seu peso. O resultado da maneira espiritual de encarar a vida é a diminuição de importância das coisas mundanas, a moderação dos desejos humanos, fazendo o homem contentar-se com a sua posição, sem invejar a dos outros, e sentir menos os seus revezes e decepções. Ele adquire, assim, uma calma e uma resignação tão úteis à saúde do corpo como à da alma, enquanto com a inveja, o ciúme e a ambição, entregam-se voluntariamente à tortura, aumentando as misérias e as angústias de sua curta existência.

terça-feira, 19 de abril de 2016

DOUTRINÁRIA DE HOJE (19/04 - TERÇA-FEIRA - 20:00): "MARCO DIVISÓRIO" DO LIVRO FLORAÇÕES EVANGÉLICAS - PELO ESPÍRITO DA SRA. JOANNA DE ÂNGELIS – PALESTRANTE: ANTÔNIO JOSÉ


Houve na Roma antiga um templo dedicado a Jano, que durante um milênio somente fechou as suas portas nove vêzes, correspondentes aos períodos em que a República estêve em paz. O deus singular era representado com duas faces, o que o tornou conhecido como bifronte, atributo conseguido de Saturno, a quem favorecera, e que o dotara com a capacidade de penetrar o passado e o futuro, conforme narra a mitologia, ao se referir ao mais antigo rei do Lácio conhecido.

Utilizamo-nos da lenda para considerar a visão cristã como possuidora da possibilidade de examinar o passado e o futuro, ensejando valiosas meditações.

Em Saulo, o jovem atormentado, que se fizera sicário, dormitava aquêle Paulo que, abrasado por Jesus, se tornou o arauto da Boa Nova por tôdas as terras da antigüidade.

Em Jeziel, o israelita pulcro e sofrido, se encontrava em potencial o- nobre Estêvão, que se faria o excelso mártir da Mensagem nascente, abrindo os braços de encorajamento na direção do futuro.

Em Madalena, a mulher obsidiada e trôpega nas aspirações morais, vivia enclausurada a impoluta faculdade de amar até o sacrifício, doando-se à Causa do Cristo com abnegação dificilmente encontrada.

Em Simão, temeroso e reticente, vibrava o apóstolo Pedro, que se entregaria à fé rutilante, após o sacrifício de Jesus, de modo a selar com sangue a audácia de porfiar fiel até o fim, na expansão do Reino de Deus entre as criaturas de Roma.

Em Joana de Cusa, a matrona romana, se agitava a discípula fiel que doaria a vida às labaredas pela honra de ser fiel ao Mestre.

Era como se o passado de dificuldades e viciações argamassasse o futuro com o cimento divino do amor, transformando-se em base de sustentação aos grandes investimentos da luz na direção do Infinito.

No passado, queixas, lamentos, enfermidades, dissensões.

No futuro, esperanças, gratidão, saúde e paz.

Ontem, óbice, desânimo, perturbação, agonia.

Amanhã, aptidão, alento, ordem, serenidade.

Antes, o espírito alquebrado e o coração ralado de dores e ansiedades incontáveis.

Depois, o ser renovado pela mente voltada ao dever e os sentimentos cantando júbilos.

A Doutrina Cristã é o templo da fé aberto perenemente, facultando a paz e acolhendo o amor.

E o Espiritismo que no-la traz de volta, na atualidade, é o grande hoje, marco divisório dos tempos que separam o antes e o depois do encontro com Jesus.

Por essa forma, se as tuas aspirações superiores ainda não se converteram em flôres de alegria e as ásperas batalhas teimam por manter-te nos embates duradouros não desfaleças. O passado de sombras para ser vencido necessita de ser retificado e os abusos agasalhados demoradamente requerem disciplina espartana para serem superados.

Importa considerar que já não és o que eras, nem sentes o que sentias, embora, não poucas vêzes, o assédio do hábito te atormente as pausas de equilíbrio.

Examina o passado para verificação do que te compete refazer, mas não te fixes nêle.

Prepara o futuro através de atitudes corretas mas não te angusties pela chegada dêle.

Vence a hora de cada hora, realizando o que possas, através de como possas, lidando infatigável na república do espírito em atribulação.

Os acontecimentos vividos são experiências para as realizações a viver.

Jesus é o teu divisor de águas.

Kardec é o condutor do teu amanhã. Eleva-te ao Mestre através do Seu apóstolo moderno e fecha às paixões o templo da tua alma, em caráter definitivo, aspirando à glória do Mundo Maior que a todos nos espera.


“Ninguém, tendo pôsto a mão ao arado e olhando para trás, é apto para o reino de Deus”.
Lucas: capítulo 9º, versículo 62.


“Meus amigos, agradecei a Deus o haver permitido que pudésseis gozar a luz do Espiritismo”.
Capítulo 15º — Item 10, parágrafo 2. 

domingo, 17 de abril de 2016

DOUTRINÁRIA DE HOJE (17/04 - DOMINGO - 16:00): "GUARDAI-VOS DOS CÃES" DO LIVRO FONTE VIVA PELO ESPÍRITO SR. EMMANUEL - PALESTRANTE: ALDECI ANDRADE

"Guardai-vos dos cães." - Paulo. (Filipenses, 3:2).

Somos imensa caravana de seres, na estrada evolutiva, a movimentar-se, sob o olhar do Divino Pastor, em demanda de esferas mais altas.

Em verdade, se prosseguimos caminho a fora, magnetizados pelo devotamento do Condutor Divino, inegavelmente somos também assediados pelos cães da ignorância, da perversidade, da má-fé.

Referindo-se a cães, Paulo de Tarso não mentalizava o animal amigo, símbolo de ternura e fidelidade, após a domesticação. Reportava-se aos cães selvagens, impulsIvos e ferozes. No rebanho humano, encontraremos sempre criaturas que os personificam.

São os adversários sistemáticos do bem. 

Atassalham reputações dignas.

Estimam a maledicência.

Exercitam a crueldade.

Sentem prazer com a imposição tirânica que lhes é própria.

Desfazem a conceituação elevada e santificante da vida.

Desarticulam o serviço dos corações bem-intencionados.

Atiram-se, desvairadamente, à substância das obras construtivas, procurando consumi-Ias ou pervertê-las.

Vomitam impropérios e calúnias.

Gritam, levianos, que o mal permanece vitorioso, que a sombra venceu, que a miséria consolidou o seu domínio na Terra, perturbando a paz dos servos operosos e fiéis.

E, quando o micróbio do ódio ou da cólera lhes excita a desesperação, ai daqueles que se aproximam, generosos e confiantes!

É para esse gênero de irmãos que Paulo solicita, de nós outros, a conjugação do verbo guardar. Para eles, pobres prisioneiros, da incompreensão e da ignorância, resta somente o processo educativo, no qual podemos cooperar com amor, competindo-nos reconhecer, contudo, que esse recurso de domesticação procede originariamente de Deus.

Emmanuel
psicografia de Chico Xavier

domingo, 10 de abril de 2016

DOUTRINÁRIA DE HOJE (10/04 - DOMINGO - 16:00): "A INGRATIDÃO DOS FILHOS E OS LAÇOS DE FAMÍLIA" DO EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO - PALESTRANTE: APARECIDA MORATO

SANTO AGOSTINHO
Paris, 1862


A ingratidão é um dos frutos mais imediatos do egoísmo, e revolta sempre os corações virtuosos. Mas a dos filhos para com os pais tem um sentido ainda mais odioso. É desse ponto de vista que a vamos encarar mais especialmente, para analisar-lhe as causas e os efeitos. Nisto, como em tudo, o Espiritismo vem lançar luz sobre um dos problemas do coração humano.

Quando o Espírito deixa a Terra, leva consigo as paixões ou as virtudes inerentes à sua natureza, e vai no espaço aperfeiçoar-se ou estacionar, até que deseje esclarecer-se. Alguns, portanto, levam consigo ódios violentos e desejos de vingança. A alguns deles, porém, mais adiantados, é permitido entrever algo da verdade: reconhecem os funestos efeitos de suas paixões, e tomam então boas resoluções; compreendem que, para se dirigirem a Deus, só existe uma senha – caridade. Mas não há caridade sem esquecimento das ofensas e das injúrias, não há caridade com ódio no coração e sem perdão.

É então que, por um esforço inaudito, voltam o seu olhar para os que detestaram na Terra. À vista deles, porém, sua animosidade desperta. Revoltam-se à idéia de perdoar, e ainda mais a de renunciarem a si mesmos, mas sobretudo a de amar aqueles que lhes destruíram talvez a fortuna, a honra, a família. Não obstante, o coração desses infortunados está abalado. Eles hesitam, vacilam, agitados por sentimentos contrários. Se a boa resolução triunfa, eles oram a Deus, imploram aos Bons Espíritos que lhes dêem forças no momento mais decisivo da prova.

Enfim, depois de alguns anos de meditação e de preces, o Espírito se aproveita de um corpo que se prepara, na família daquele que ele detestou, e pede, aos Espíritos encarregados de transmitir as ordens supremas, permissão para ir cumprir sobre a Terra os destinos desse corpo que vem de se formar. Qual será, então, a sua conduta nessa família? Ela dependerá da maior ou menor persistência das suas boas resoluções. O contacto incessante dos seres que ele odiou é uma prova terrível, da qual às vezes sucumbe, se a sua vontade não for bastante forte. Assim, segundo a boa ou má resolução que prevalecer, ele será amigo ou inimigo daqueles em cujo meio foi chamado a viver. É assim que se explicam esses ódios, essas repulsas instintivas, que se notam em certas crianças, e que nenhum fato exterior parece justificar. Nada, com efeito, nessa existência, poderia  provocar essa antipatia. Para encontrar-lhe a causa, é necessário voltar os olhos ao passado.

Oh!, espíritas! Compreendei neste momento o grande papel da Humanidade! Compreendei que, quando gerais um corpo, a alma que se encarna vem do espaço para progredir. Tomai conhecimento dos vossos deveres, e ponde todo o vosso amor em aproximar essa alma de Deus: é essa a missão que vos está confiada e da qual recebereis a recompensa, se a cumprirdes fielmente. Vossos cuidados, a educação que lhe derdes, auxiliarão o seu aperfeiçoamento e a sua felicidade futura. Lembrai-vos de que a cada pai e a cada mãe, Deus perguntará: “Que fizestes da criança confiada à vossa guarda?” Se permaneceu atrasada por vossa culpa, vosso castigo será o de vê-la entre os Espíritos sofredores, quando dependia de vós que fosse feliz. Então vós mesmos, carregados de remorsos, pedireis para reparar a vossa falta: solicitareis uma nova encarnação, para vós e para ela, na qual a cercareis de mais atentos cuidados, e ela, cheia de reconhecimento, vos envolverá no seu amor.

Não recuseis, portanto, o filho que no berço repele a mãe, nem aquele que vos paga com a ingratidão: não foi o acaso que o fez assim e que vo-lo enviou. Uma intuição imperfeita do passado se revela, e dela podeis deduzir que um ou outro já odiou muito ou foi muito ofendido, que um ou outro veio para perdoar ou expiar. Mães! Abraçai, pois, a criança que vos causa aborrecimentos, e dizei para vós mesmas: “Uma de nós duas foi culpada”. Merecei as divinas alegrias que Deus concedeu à maternidade, ensinando a essa criança que ela está na Terra para se aperfeiçoar, amar e abençoar. Mas, ah! Muitas dentre vós, em vez de expulsar por meio da educação os maus princípios inatos, provenientes das existências anteriores, entretém e desenvolvem esses princípios, por descuido ou por uma culposa fraqueza. E, mais tarde, o vosso coração ulcerado pela ingratidão dos filhos, será para vós, desde esta vida, o começo da vossa expiação.

A tarefa não é tão difícil como podereis pensar. Não exige o saber do mundo: o ignorante e o sábio podem cumpri-la, e o Espiritismo vem facilitá-la, ao revelar a causa das imperfeições do coração humano.

Desde o berço, a criança manifesta os instintos bons ou maus que traz de sua existência anterior. É necessário aplicar-se em estudá-los. Todos os males têm sua origem no egoísmo e no orgulho. Espreitai, pois, os menores sinais que revelam os germens desses vícios e dedicai-vos a combatê-los, sem esperar que eles lancem raízes profundas. Fazei como o bom jardineiro, que arranca os brotos daninhos à medida que os vê aparecerem na árvore. Se deixardes que o egoísmo e o orgulho se desenvolvam, não vos espanteis de ser pagos mais tarde pela ingratidão. Quando os pais tudo fizeram para o adiantamento moral dos filhos, se não conseguem êxito, não tem do que lamentar e sua consciência pode estar tranqüila. Quanto à amargura muito natural que experimentam, pelo insucesso de seus esforços, Deus reserva-lhes uma grande, imensa consolação, pela certeza de que é apenas um atraso momentâneo, e que lhe será dado acabar em outra existência a obra então começada, e que um dia o filho ingrato os recompensará com o seu amor. (Ver cap. XIII, nº 19)

Deus não faz as provas superiores às forças daquele que as pede; só permite as que podem ser cumpridas; se isto não se verifica, não é por falta de possibilidades, mas de vontade. Pois quantos existem, que em lugar de resistir aos maus arrastamentos, neles se comprazem: é para eles que estão reservados o choro e o ranger de dentes, em suas existências posteriores. Admirai, entretanto, a bondade de Deus, que nunca fecha a porta ao arrependimento. Chega um dia em que o culpado está cansado de sofrer, o seu orgulho foi por fim dominado, e é então que Deus abre os braços paternais para o filho pródigo, que se lança aos seus pés. As grandes provas, — escutai bem, — são quase sempre o indício de um fim de sofrimento e de um aperfeiçoamento do Espírito, desde que sejam aceitas por amor a Deus. É um momento supremo, e é nele sobretudo que importa não falir pela murmuração, se não se quiser perder o fruto da prova e ter de recomeçar. Em vez de vos queixardes, agradecei a Deus, que vos oferece a ocasião de vencer para vos dar o prêmio da vitória. Então quando, saído do turbilhão do mundo terreno, entrardes no mundo dos Espíritos, sereis ali aclamado, como o soldado que saiu vitorioso do centro da refrega.

De todas as provas, as mais penosas são as que afetam o coração. Aquele que suporta com coragem a miséria das privações materiais, sucumbe ao peso das amarguras domésticas, esmagadas pela ingratidão dos seus. Oh!, é essa uma pungente angústia! Mas o que pode, nessas circunstâncias, reerguer a coragem moral, senão o conhecimento das causas do mal, com a certeza de que, se há longas dilacerações, não há desesperos eternos, porque Deus não pode querer que a sua criatura sofra para sempre? O que há de mais consolador, de mais encorajador, do que esse pensamento de que depende de si mesmo, de seus próprios esforços, abreviar o sofrimento, destruindo em si as causas do mal? Mas, para isso, é necessário não reter o olhar na Terra e não ver apenas uma existência; é necessário elevar-se, pairar no infinito do passado e do futuro. Então, a grande justiça de Deus se revela aos vossos olhos, e esperais com paciência, porque explicou a vós mesmos o que vos parecia monstruosidade da Terra. Os ferimentos que recebestes vos parecem simples arranhaduras. Nesse golpe de vista lançado sobre o conjunto, os laços de família aparecem no seu verdadeiro sentido: não mais os laços frágeis da matéria que ligam os seus membros, mas os laços duráveis do Espírito, que se perpetuam, e se consolidam, ao se depurarem, em vez de se quebrarem com a reencarnação.

Os Espíritos cuja similitude de gostos, identidade do progresso moral e a afeição, levam a reunir-se, formam famílias. Esses mesmos Espíritos, nas suas migrações terrenas, buscam-se para agrupar-se, como faziam no espaço, dando origem às famílias unidas e homogêneas. E se, nas suas peregrinações, ficam momentaneamente separados, mais tarde se reencontram, felizes por seus novos progressos. Mas como não devem trabalhar somente para si mesmos, Deus permite que Espíritos menos adiantados venham encarnar-se entre eles, a fim de haurirem conselhos e bons exemplos, no interesse do seu próprio progresso. Eles causam, por vezes, perturbações no meio, mas é lá que está a prova, lá que se encontra a tarefa. Recebei-os, pois, como irmãos; ajudai-os, e, mais tarde, no mundo dos Espíritos, a família se felicitará por haver salvo do naufrágio os que, por sua vez, poderão salvar outros.

quarta-feira, 6 de abril de 2016

DOUTRINÁRIA DE HOJE (06/04 - QUARTA FEIRA - 16:00): "BENEFÍCIOS PAGOS COM A INGRATIDÃO" DO EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO - PALESTRANTE: HELENICE SANTANA

Que se deve pensar dos que, recebendo a ingratidão em paga de benefícios que fizeram, deixam de praticar o bem para não topar com os ingratos?

Nesses, há mais egoísmo do que caridade, visto que fazer o bem, apenas para receber demonstrações de reconhecimento, é não o fazer com desinteresse, e o bem, feito desinteressadamente, é o único agradável a Deus. Há também orgulho, porquanto os que assim procedem se comprazem na humildade com que o beneficiado lhes vem depor aos pés o testemunho do seu reconhecimento. Aquele que procura, na Terra, recompensa ao bem que pratica não a receberá no céu. Deus, entretanto, terá em apreço aquele que não a busca no mundo.

Deveis sempre ajudar os fracos, embora sabendo de antemão que os a quem fizerdes o bem não vo-lo agradecerão. Ficai certos de que, se aquele a quem prestais um serviço o esquece, Deus o levará mais em conta do que se com a sua gratidão o beneficiado vo-lo houvesse pago. Se Deus permite por vezes sejais pagos com a ingratidão, é para experimentar a vossa perseverança em praticar o bem. 

E sabeis, porventura, se o benefício momentaneamente esquecido não produzirá mais tarde bons frutos? Tende a certeza de que, ao contrário, é unia semente que com o tempo germinará. Infelizmente, nunca vedes senão o presente; trabalhais para vós e não pelos outros. Os benefícios acabam por abrandar os mais empedernidos corações; podem ser olvidados neste mundo, mas, quando se desembaraçar do seu envoltório carnal, o Espírito que os recebeu se lembrará deles e essa lembrança será o seu castigo. Deplorará a sua ingratidão; desejará reparar a falta, pagar a dívida noutra existência, não raro buscando uma vida de dedicação ao seu benfeitor. Assim, sem o suspeitardes, tereis contribuído para o seu adiantamento moral e vireis a reconhecer a exatidão desta máxima: um benefício jamais se perde. Além disso, também por vós mesmos tereis trabalhado, porquanto granjeareis o mérito de haver feito o bem desinteressadamente e sem que as decepções vos desanimassem.

Ah! meus amigos, se conhecêsseis todos os laços que prendem a vossa vida atual às vossas existências anteriores; se pudésseis apanhar num golpe de vista a imensidade das relações que ligam uns aos outros os seres, para o efeito de um progresso mútuo, admiraríeis muito mais a sabedoria e a bondade do Criador, que vos concede reviver para chegardes a ele. - Guia protetor. (Sens, 1862.)

terça-feira, 5 de abril de 2016

DOUTRINÁRIA DE HOJE (05/04 - TERÇA-FEIRA - 20:00): "LAMENTÁVEL EQUÍVOCO" DO LIVRO LIBERTAÇÃO PELO AMOR PELO ESPÍRITO DA SRA. JOANNA DE ANGELIS - PALESTRANTE: HERMORGENES SILVA



Convencionou-se que felicidade é despreocupação, logo seguida de alegrias em paisagens rutilantes de Sol e de bem-estar.

Para fruí-la, até a embriaguez dos sentidos, basta acumular haveres ou recebê-los de outrem, de modo que a despreocupação acompanhe a trajetória do indivíduo fútil e ditoso.

Lamentável equívoco tal conceito, porquanto, esse estado, mais de prazer do que de felicidade, somente existe como alguma forma de utopia.

A existência humana é uma sucessão de desafios, mediante os quais, os valores morais se fortalecem na luta, desenvolvendo as potencialidades íntimas do ser.

Qualquer anseio por comodidade sem ação dignificadora, transforma-se em indolência que trabalha em favor da decomposição moral e emocional do indivíduo.

Aquele que não se vincula a um labor, exercitando a mente, vitalizando a emoção, acionando o corpo, avança para a desorganização da existência e converte-se em parasita social, nutrindo-se do esforço alheio e das concessões da vida, que não deseja retribuir.

A constituição orgânica é suscetível de alterações sutis ou expressivas, sempre manifestando situações que alteram completamente os quadros ilusórios do prazer que é sempre de breve duração.

Como conseqüência, os estados emocionais estão sujeitos a mudanças de humor, mesmo quando, aparentemente, tudo transcorre bem.

Essa satisfação, disfarçada de felicidade, também oculta situações penosas em que o Espírito se encontra.

Pode indicar leviandade e desinteresse em relação aos acontecimentos morais ou mesmo manifestar-se como síndrome de alguma alienação mental em processo de agravamen to.

A criatura responsável não se aquieta no banquete do prazer, nem se amolenta no veículo do comodismo, desfrutando sem produzir, gozando sem favorecer aos demais.

É propelida ao esforço do automelhoramento, e, para tanto, empreende lutas e sacrifícios que lhe exigem tensão emocional, desgaste de energias físicas que, no entanto, renovam-se sem cessar, em face do próprio estímulo a que são propelidas.

O riso, que expressa alegria, quando deslocado no tempo e na oportunidade, demonstra desequilíbrio, falta de sensatez, porque momentos se apresentam que exigem seriedade e reflexão.

Certamente que o sofrimento não representa felicidade, se olhado sob o ponto de vista do imediatismo social.

Pelo contrário, a sua presença no trânsito carnal constitui convite à avaliação de como transcorrem os dias e as experiências, tornando-se uma advertência em torno da maneira de se viver.

O ser humano é um conjunto eletrônico regido pela consciência, que se exterioriza do Espírito imortal.

* * *

Pretendendo alcançar a meta programada para a reencarnação, desperta para a realização do teu processo iluminativo.

Se visitado pelas dores de quaisquer matizes, não te aflijas em demasia, antes considerando que elas são mecanismos expungitivos que a Vida te proporciona, a fim de que redundem como alegrias reais.

Se a escassez de recursos econômicos te constringe ou se problemas se apresentam na área da saúde, de forma alguma consideres o evento como sendo uma desgraça, valorizando a experiência como recurso de aprendizado e renovação de comportamento que trabalha pela tua edificação pessoal.

Se sofres perseguições e te vês a braços com problemas que exigem atenção, mantém-te sereno e encontrarás meios para superá-los todos.

Se a ausência de afeto, de companheirismo, para ajudar-te na escalada evolutiva magoa-te, renova-te na esperança de que amanhã encontrarás a alma querida que, no momento, não pode estar ao teu lado.

Melhor a solidão, não poucas vezes, do que as companhias turbulentas, afligentes e desesperadoras, mediante, as quais, são impostas reparações morais muito complexas.

Em realidade, felizes são todos aqueles que, na Terra, por enquanto experimentam aflição e abandono, enfermidades e dores, porque esses são recursos valiosos de que se utiliza a Divindade para facultar o aprimoramento do Espírito que se aformoseia na luta de crescimento íntimo.

As pessoas que se banqueteiam no conforto e na saúde, na beleza e no prazer, desfrutando de facilidades sem que retribuam de alguma forma, encontram-se em parasitose doentia, explorando os tesouros do amor de Deus, que devem ser multiplicados para o atendimento de todos os Seus filhos.

Com que direito se atribuem, esses indivíduos, o mérito para existências privilegiadas e regimes de exceção, quando as demais pessoas encontram-se em batalhas co ntínuas para a aquisição do apenas necessário à sobrevivência?

Sucede que, esses que ora sorriem na indiferença das alheias aflições, serão chamados a contas e deverão compreender que, felicidade, na Terra, é lamentável equívoco dos seus sentidos físicos e presunção como vanglória do seu desenvolvimento intelectual.

Riam, portanto, os que sofrem hoje, porque, concluídas as provas em que se encontram, desfrutarão da felicidade, ora escassa, que se lhes instalará no coração, fruindo as bênçãos da paz de consciência.

Pode parecer paradoxal tal colocação. Nada obstante, é a realidade, porquanto, todo aquele que recebe, na contabilidade da Vida é devedor, enquanto que aqueloutro que doa, é credor.

Aqueles que ora desfrutam, encontram-se em provas de avaliação de conduta, a fim de que aprendam a aplicar, conforme a parábola das Virgens loucas e das Virgens prudentes que receberam combustível com finalidade exclusiva, que não podia nem devia ser utilizado inadequadamente.

* * *

Por essas razões, convencionou-se, também, por outro lado, que tais afirmações, essas que fazemos, são apologia ao sofrimento, necessidade masoquista de realização pessoal.

Mais um equívoco esse, que a mínima lógica se encarrega de diluir, tendo-se em vista a brevidade da existência física e a perenidade do existir como Espírito.

Agradece, portanto, a Deus, os teus testemunhos, as tuas lutas ásperas, as tuas ansiedades e carências.

Conforme os administres hoje, poderás revertê-los em júbilos, em paz e em prosperidade para amanhã.

Equívoco é pensar que a existência humana é uma viagem ao país da fantasia e da ilusão, não uma experiência de aformoseamento do caráter e de desenvolvimento do Espírito.

Por isso, Jesus foi muito enfático ao asseverar: O meu reino não é deste mundo, portanto, a felicidade igualmente não o é.

Joanna de Ângelis

domingo, 3 de abril de 2016

DOUTRINÁRIA DE HOJE (03/04 - DOMINGO - 16:00): "ALGUMA COISA" DO LIVRO FONTE VIVA PELO ESPÍRITO SR. EMMANUEL - PALESTRANTE: BALBINA ARRUDA

"Não necessitam de médico os que estão sãos, mas sim os que estão enfermos." - Jesus. (Lucas, 5:31).

Quem sabe ler, não se esqueça de amparar o que ainda não se alfabetizou.

Quem dispõe de palavra esclarecida, ajude ao companheiro, ensinando-lhe a ciência da frase correta e expressiva.

Quem desfruta o equilíbrio orgânico não despreze a possibilidade de auxiliar o doente.

Quem conseguiu acender alguma luz de fé no próprio espírito, suporte com paciência o infeliz que ainda não se abriu a mínima noção de responsabilidade perante o Senhor, auxiliando-o a desvencilhar-se das trevas.

Quem possua recursos para trabalhar, não olvide o irmão menos ajustado ao serviço, conduzindo-o, sempre que possível, a atividade digna.

Quem estime a prática da caridade, compadeça-se das almas endurecidas, beneficiando-as com as vibrações da prece.

Quem já esteja entesourando a humildade não se afaste do orgulhoso, conferindo-lhe, com o exemplo, os elementos indispensáveis ao reajuste.

Quem seja detentor da bondade não recuse assistência aos maus, de vez que a maldade resulta invariavelmente da revolta ou da ignorância.

Quem estiver em companhia da paz, ajude aos desesperados.

Quem guarde alegria... divida a graça do contentamento com os tristes.

Asseverou o Senhor que os sãos não precisam de médico, mas, sim, os enfermos.

Lembra-te dos que transitam no mundo entre dificuldades maiores que as tuas.

A vida não reclama o teu sacrifício integral, em favor dos outros, mas, a benefício de ti mesmo, não desdenhes fazer alguma coisa na extensão da felicidade comum.


Emmanuel
psicografia de Chico Xavier