SOBRE NÓS :

VISÃO: Ser uma Instituição voltada para a excelência nos estudos da Doutrina Espírita, visando com isso atender, de uma forma humanitária, a todos que necessitem.

MISSÃO: Exercer o que preconiza a Doutrina Espírita, visando auxiliar na mudança individual do ser, como também, do coletivo.

Redirecionamento

quinta-feira, 28 de setembro de 2017

DOUTRINÁRIA DO DIA 28/09 (QUINTA-FEIRA) 20:00: "INCOMPREENSÃO" DO LIVRO FONTE VIVA PELO ESPÍRITO DO SR. EMMANUEL - PALESTRANTE: ROBSON FERRER

"Fiz-me fraco para os fracos, para ganhar os fracos. Fiz-me tudo para todos para, por todos os meios, chegar a salvar alguns". - Paulo. (1 Coríntios, 9:22).

A incompreensão, indiscutivelmente, é assim como a treva perante a luz, entretanto, se a vocação da claridade te assinala o íntimo, prossegue combatendo as sombras, nos menores recantos de teu caminho.

Não te esqueças, porém, da lei do auxílio e observa-lhe os princípios, antes da ação.

Descer para ajudar é a arte divina de quantos alcançaram conscienciosamente a vida mais alta.

A luz ofuscante produz a cegueira.

Se as estrelas da sabedoria e do amor te povoam o coração, não humilhes quem passa sob o nevoeiro da ignorância e da maldade.

Gradua as manifestações de ti mesmo para que o teu socorro não se faça destrutivo.

Se a chuva alagasse indefinidamente o deserto, a pretexto de saciarlhe a sede, e se o Sol queimasse o lago, sem medida, com a desculpa de subtrair-lhe o barro úmido, nunca teríamos clima adequado à produção de utilidades para a vida. 

Não te faças demasiado superior diante dos inferiores ou excessivamente forte perante os fracos.

Das escolas não se ausentam todos os aprendizes, habilitados em massa, e sim alguns poucos cada ano.

Toda mordomia reclama noção de responsabilidade, mas exige também o senso das proporções.

Conserva a energia construtiva do exemplo respeitável, mas não olvides que a ciência de ensinar só triunfa integralmente no orientador que sabe amparar, esperar e repetir.

Não clames, pois, contra a incompreensão, usando inquietude e desencanto, vinagre e fel.

Há méritos celestiais naquele que desce ao pântano sem contaminar-se, na tarefa de salvação e reajustamento.

O bolo de matéria densa reveste-se de Iodo, quando arremessado ao poço lamacento, todavia, o raio de luz visita as entranhas do abismo e dele se retira sem alterar-se.

Que seria de nós se Jesus não houvesse apagado a própria claridade fazendo-se à semelhança de nossa fraqueza, para que lhe testemunhássemos a missão redentora? Aprendamos com ele a descer, auxiliando sem prejuízo de nós mesmos.

E, nesse sentido, não podemos esquecer a expressiva declaração de Paulo de Tarso quando afirma que, para a vitória do bem, se fez fraco para os fracos, fazendo-se tudo para todos, a fim de, por todos os meios, chegar a erguer alguns.

Emmanuel
psicografia de Chico Xavier

quarta-feira, 27 de setembro de 2017

DOUTRINÁRIA DO DIA 27/09 (QUARTA-FEIRA) 16:00: "CORAÇÕES CEVADOS" DO LIVRO FONTE VIVA PELO ESPÍRITO SR. EMMANUEL - PALESTRANTE: ESTER FERREIRA

“Cevastes os vossos corações, como num dia de matança”. - Tiago, 5:5.
Pela prosperidade e aperfeiçoamento do mundo, trabalha o Sol, que é a suprema expressão da Divindade Vital no firmamento terrestre.
Colabora o verme na intimidade do solo, preparando ninho adequado às sementes. Contribui a aragem, permutando o pólen das flores.
Esforça-se a água, incessantemente, entretendo a vida física e purificando-a.
Serve a árvore, florindo, frutificando e regenerando a atmosfera. Coopera o animal, ajudando as realizações humanas, suando e morrendo
para que haja vida normal no domínio da inteligência superior.
Indefectível lei de trabalho rege o Universo.
O movimento e a ordem, na constância dos benefícios, constituem-lhe as características essenciais.
Há, porém, milhões de pessoas que se sentem exoneradas da glória de servir.
Para semelhantes criaturas, em cujo cérebro a razão dorme embotada e vazia, trabalho significa degredo e humilhação, inferno e sofrimento. 
Perseguem as facilidades delituosas, com o mesmo instinto de novidade da mosca em busca de detritos.
Conseguida a solução de ordem inferior que buscavam, circunscrevem as horas e as possibilidades ao desenfreado apego de si mesmas, imitando o poço de águas estagnadas que se envenena facilmente.
No fundo, são "corações cevados", de acordo com a feliz expressão do apóstolo. Criam teias densas de ódio e egoísmo, indiferença e vaidade, orgulho e indolência sobre si próprios, e gravitam para baixo. 
Descendo, descendo, pelas pesadas vibrações a que se acolhem, rolam vagarosamente para o seio das vidas inferiores, onde é natural que encontrem a exigência de muitos, que se aproveitam deles, à maneira do homem comum que se vale dos animais gordos para a matança.

Emmanuel
psicografia de Chico Xavier

quarta-feira, 13 de setembro de 2017

DOUTRINÁRIA DO DIA 14/09 (QUINTA-FEIRA) - 20:00: "DOS ELEMENTOS GERAIS DO UNIVERSO" DO LIVRO DOS ESPÍRITOS - PARTE PRIMEIRA - CAP. II - SR. ALLAN KARDEC – PALESTRANTE: OSCAR BULCÃO

DOS ELEMENTOS GERAIS DO UNIVERSO


I – Conhecimento do Princípio das Coisas

17. Pode o homem conhecer o princípio das coisas?

— Não. Deus não permite que tudo seja revelado ao homem, aqui na Terra.

18.0 homem penetrará um dia o mistério das coisas que lhe estão ocultas?

— O véu se ergue na medida em que ele se depura; mas, para a compreensão de certas coisas, necessita de faculdades que ainda não possui.

19.0 homem não poderá, pelas investigações da Ciência, penetrar alguns dos segredos da Natureza?

— A Ciência lhe foi dada para o seu adiantamento em todos os sentidos, mas ele não pode ultrapassar os limites fixados por Deus.

Comentário de Kardec: Quanto mais é permitido ao homem penetrar nesses mistérios, maior deve ser a sua admiração pelo poder e a sabedoria do Criador. Mas, seja por orgulho, seja por fraqueza sua própria inteligência o torna frequentemente joguete da ilusão. Ele acumula sistemas sobre sistemas, e cada dia que passa mostra quantos erros tomou por verdades e quantas verdades repeliu como erros. São outras tantas decepções para o seu orgulho.

20. Pode o homem receber, fora das investigações da Ciência, comunicações de uma ordem mais elevada sobre aquilo que escapa ao testemunho dos sentidos?

— Sim, se Deus o julgar útil, pode revelar-lhe aquilo que a Ciência não consegue apreender.

Comentário de Kardec: É através dessas comunicações que o homem recebe, dentro de certos limites o conhecimento de seu passado e do seu destino futuro.


II – Espírito e Matéria

21. A matéria existe desde toda a eternidade, como Deus, ou foi criada por ele num certo momento?

— Só Deus o sabe. Há, entretanto, uma coisa que a vossa razão vos deve indicar: é que Deus, modelo de amor e de caridade, jamais esteve inativo.

Qualquer que seja a distância a que possais imaginar o início da sua ação, podereis compreendê-lo um segundo na ociosidade?

22. Define-se geralmente a matéria como aquilo que tem extensão, pode impressionar os sentidos e é impenetrável. Essa definição é exata?

— Do vosso ponto de vista, sim, porque só falais daquilo que conheceis. Mas a matéria existe em estados que não percebeis. Ela pode ser, por exemplo tão etérea e sutil que não produza nenhuma impressão nos vossos sentidos: entretanto, será sempre matéria, embora não o seja para vós.

22 -a) Que definição podeis dar da matéria?

— A matéria é o liame que escraviza o espírito; é o instrumento que ele usa, e sobre o qual, ao mesmo tempo, exerce a sua ação.

Comentário de Kardec: De acordo com isto, pode-se dizer que a matéria é o agente, o intermediário com a ajuda do qual e sobre o qual o espírito atua.

23. Que é espírito?

— O princípio inteligente do universo.

23 – a)Qual é a sua natureza íntima?

— Não é fácil analisar o espírito na vossa linguagem. Para vós, ele não é nada, porque não é coisa palpável; mas. para nós, é alguma coisa. Ficai sabendo: nenhuma coisa é o nada e o nada não existe.

24. Espírito é sinônimo de inteligência?

—A inteligência é um atributo essencial do espírito; mas um e outro se confundem num princípio comum, de maneira que, para vós, são uma e a mesma coisa.

25. O espírito é independente da matéria, ou não é mais do que uma propriedade desta, como as cores são propriedades da luz e o som uma propriedade do ar?

— São distintos, mas é necessária a união do espírito e da matéria para dar inteligência a esta.

25 – a) Esta união é igualmente necessária para a manifestação do espírito. (Por espírito entendemos aqui o princípio da inteligência, abstração feita das individualidades designadas por esse nome.)

— É necessária para vós. porque não estais organizados para perceber o espírito sem a matéria; vossos sentidos não foram feitos para isso.

26. Pode-se conhecer o espírito sem a matéria e a matéria sem o espírito?

— Pode-se, sem dúvida, pelo pensamento.

27. Haveria, assim, dois elementos gerais do Universo: a matéria e o espírito?

— Sim e acima de ambos, Deus, o criador, o pai de todas as coisas. Essas três coisas são o princípio de tudo o que existe, a trindade universal. Mas ao elemento material é necessário ajuntara fluido universal, que exerce o papel de intermediário entre o espírito e a matéria propriamente dita, demasiado grosseira para que o espírito possa exercer alguma ação sobre ela Embora, de certo ponto de vista, se pudesse considerá-lo como elemento material, ele se distingue por propriedades especiais. Se fosse simplesmente matéria não haveria razão para que o espírito não o fosse também. Ele esta colocado entre o espírito e a matéria; é fluido, como a matéria e matéria; suscetível em suas inumeráveis combinações com esta, e sob a ação do espírito de produzir infinita variedade de coisas, das quais não conheceis mais do que uma ínfima parte. Esse fluido universal, ou primitivo, ou elementar,sendo o agente de que o espírito se serve, é o princípio sem o qual a matéria permaneceria em perpétuo estado de dispersão, e não adquiriria Jamais as propriedades que a gravidade lhe dá.

27 – a) Seria esse fluido o que designamos por eletricidade?

— Dissemos que ele é suscetível de inumeráveis combinações. O que chamais fluido elétrico, fluido magnético, são modificações do fluido universal, que é, propriamente falando, uma matéria mais perfeita, mais sutil, que se pode considerar como independente.

28. Sendo o espírito, em si mesmo, alguma coisa, não seria mais exato, e menos sujeito a confusões, designar esses dois elementos gerais pelas expressões: matéria inerte e matéria inteligente?

As palavras pouco nos importam. Cabe a vós formular a vossa linguagem, de maneira a vos entenderdes. Vossas disputas provêm, quase sempre, de não vos entenderdes sobre as palavras. Porque a vossa linguagem é incompleta para as cosias que não vos tocam os sentidos.

Comentário de Kardec: Um fato patente domina todas as hipóteses: vemos matéria sem inteligência e um princípio inteligente independente da matéria. A origem e a conexão dessas duas coisas nos são desconhecidas. Que elas tenham ou não uma fonte comum e os pontos de contato necessários; que a inteligência tenha existência própria, ou que seja uma propriedade, um efeito; que seja, mesmo, segundo a opinião de alguns, uma emanação da Divindade, — é o que ignoramos. Elas nos aparecem distintas, e é por isso que a consideramos formando dois princípios constituintes do Universo. Vemos, acima de tudo isso, uma inteligência que domina todas as outras, que as governa, que delas se distingue por atributos essenciais: é a esta inteligência suprema que chamamos Deus.


III – Propriedades da Matéria

29. A ponderabilidade é atributo essencial da matéria?

— Da matéria como entendeis, sim; mas não da matéria considerada como fluido universal. A matéria etérea e sutil que forma esse fluido é imponderável para vós, mas nem por isso deixa de ser o princípio da vossa matéria ponderável.

Comentário de Kardec: A ponderabilidade é uma propriedade relativa. Fora das esferas de atração dos mundos, não há peso, da mesma maneira que não há alto nem baixo.

30. A matéria é formada de um só ou de muitos elementos?

— De um só elemento primitivo. Os corpos que considerais como corpos simples não são verdadeiros elementos, mas transformação da matéria primitiva.

31. De onde provém as diferentes propriedades da matéria?

— Das modificações que as moléculas elementares sofrem, ao se unirem, e em determinadas circunstâncias.

32. De acordo com isso, o sabor, o odor, as cores, as qualidades venenosas ou salutares dos corpos, não seriam mais do que modificações de uma única e mesma substância primitiva?

— Sim, sem dúvida, e só existem pela disposição dos órgãos destinados a percebê-las.

Comentário de Kardec: Esse princípio é demonstrado pelo fato de nem todos perceberem as qualidades dos corpos da mesma maneira: enquanto um acha uma coisa agradável ao gosto, o outro a acha má; uns vêem azul o que os outros vêem vermelho; o que para uns é veneno, para outros é inofensivo ou salutar.

33. A mesma matéria elementar é suscetível de passar por todas as modificações e adquirir todas as propriedades?

— Sim, e é isso que deveis entender, quando dizemos que tudo está em tudo(1).

Comentário de Kardec: O oxigênio, o hidrogênio, o azoto, o carbono e todos os corpos que consideramos simples não são mais do que modificações de uma substância primitiva. Na impossibilidade, em que nos encontramos ainda, de remontar de outra maneira, que não pelo pensamento, a essa matéria, esses corpos são para nós verdadeiros elementos, e podemos, sem maiores conseqüências, considerá-los assim até nova ordem.

33 – a) Essa teoria não parece dar razão à opinião dos que não admitem, para a matéria, mais do que dois elementos essenciais: a força e o movimento, entendendo que todas as outras propriedades não são senão efeitos secundários, que variam segundo a intensidade da força e a direção do movimento?

— Essa opinião é exata. Falta acrescentar que, também, segundo a disposição das moléculas, como se vê, por exemplo, num corpo opaco que pode tornar-se transparente e vice-versa.

34. As moléculas têm uma forma determinada?

— Sem dúvida que as moléculas têm uma forma, mas não a podeis apreciar.

34 – a) Essa forma é constante ou variável?

Constante para as moléculas elementares primitivas, mas variável para as moléculas secundárias, que são aglomerações das primeiras. Isso que chamais molécula está longe da molécula elementar.

(1) Este princípio explica o fenômeno conhecido de todos os magnetizadores, que consiste em se dar, pela vontade, a uma substancia qualquer, à água, por exemplo, as mais diversas propriedades: um gosto determinado, e mesmo as qualidades ativas de outras substâncias. Só havendo um elemento primitivo, e as modificações dos diferentes corpos sendo apenas modificações desse elemento, resulta que a mais inofensiva substância tem o mesmo princípio que a mais deletéria. Uma modificação análoga pode produzir-se pela ação magnética, dirigida pela vontade. Assim, a água, que é formada de uma parte de oxigênio e duas de hidrogênio, torna-se corrosiva, se duplicarmos a proporção do oxigênio.


IV – Espaço Universal

35. O espaço universal é infinito ou limitado?

— Infinito. Supõe limites para ele: o que haveria além ? Isto confunde a tua razão, bem o sei, e, no entanto, a razão te diz que não pode ser de outra maneira. O mesmo se dá com o infinito em todas as coisas; não é na vossa pequena esfera que o podeis compreende(1).

Comentário de Kardec: Supondo-se um limite para o espaço, qualquer que seja a distância a que o pensamento possa concebê-lo, a razão diz que, além desse limite, há alguma coisa. E assim, pouco a pouco, até o infinito, porque essa alguma coisa, mesmo que fosse o vazio absoluto, ainda seria espaço.

36. O vazio absoluto existe em alguma parte do espaço universal?

— Não, nada é vazio. O que é vazio para ti, está ocupado por uma matéria que escapa ao teus sentidos e aos teus instrumentos(2)

(1) As variações de tratamento, ora na segunda pessoa do singular, ora na segunda pessoa do plural, correspondem aos momentos em que o Espírito se referia ao interlocutor, pessoalmente, a todos os presentes, ou ainda a toda a Humanidade. (N. do T.)

(2) Todos estes princípios estão hoje comprovados pela investigação científica, mesmo no campo do mais ortodoxo materialismo. Veja-se o livro El Cosmos y sus siete cstudus, de Vasiliev c Staniukovich, Editorial Paz, Moscou, tradução castelhana. (N. do T.)

terça-feira, 12 de setembro de 2017

DOUTRINARIA DO DIA 13/09 (QUARTA-FEIRA) - 16:00: "DIANTE DO SENHOR" DO LIVRO FONTE VIVA - PELO ESPÍRITO DO SR. EMMANUEL - PALESTRANTE: ANTONIO CARLOS MELO

"Por que não entendeis a minha linguagem? Por não poderdes ouvir a minha palavra." - Jesus. (João, 8:43).
A linguagem do Cristo sempre se afigurou a muitos aprendizes indecifrável e estranha.

Fazer todo o bem possível, ainda quando os males sejam crescentes e numerosos.

Emprestar sem exigir retribuição.

Desculpar incessantemente.

Amar os próprios adversários.

Ajudar aos caluniadores e aos maus.

Muita gente escuta a Boa Nova, mas não lhe penetra os ensinamentos.

Isso ocorre a muitos seguidores do Evangelho, porque se utilizam da força mental em outros setores.

Crêem vagamente no socorro celeste, nas horas de amargura, mostrando, porém, absoluto desinteresse ante o estudo e ante a aplicação das leis divinas.

A preocupação da posse lhes absorve a existência.

Reclamam o ouro do solo, o pão do celeiro, o linho usável, o equilíbrio da carne, o prazer dos sentidos e a consideração social, com tamanha volúpia que não se recordam da posição de simples usufrutuários do mundo em que se encontram, e nunca refletem na transitoriedade de todos os patrimônios materiais, cuja função única é a de lhes proporcionar adequado clima ao trabalho na caridade e na luz, para engrandecimento do espírito eterno.

Registram os chamamentos do Cristo, todavia, algemam furiosamente a atenção aos apelos da vida primária.

Percebem, mas não ouvem.

Informam-se, mas não entendem.

Nesse campo de contradições, temos sempre respeitáveis personalidades humanas e, por vezes, admiráveis amigos.

Conservam no coração enormes potenciais de bondade, contudo, a mente deles vive empenhada no jogo das formas perecíveis.

São preciosas estações de serviço aproveitável, com o equipamento, porém, ocupado em atividades mais ou menos inúteis.

Não nos esqueçamos, pois, de que é sempre fácil assinalar a linguagem do Senhor, mas é preciso apresentar-lhe o coração vazio de resíduos da Terra, para receber-lhe, em espírito e verdade, a palavra divina.

Emmanuel
psicografia de Chico Xavier

terça-feira, 5 de setembro de 2017

DOUTRINÁRIA DO DIA 05/09 (TERÇA-FEIRA) - 20:00: "CONQUISTA DO PRAZER" DO LIVRO AMOR, IMBATÍVEL AMOR - PELO ESPÍRITO DA SRA. JOANNA DE ÂNGELIS – PALESTRANTE: ROBSON CUNHA

A cultura hedonista tem-se direcionado exclusivamente para o culto do prazer, principalmente aquele que se adquire com o menor esforço.

Ninguém, entretanto, consegue viver em harmonia consigo próprio, sem a auto-realização, sem a conquista das metas que facultam essa emoção estimuladora e vital.

Não obstante, a vida possui outros significados de profundidade, outras realizações que, certamente, resultarão em prazer ético, estético, espiritual. Como conseqüência, a proposta hedonista falha no seu próprio conteúdo, que seria tornar a vida uma busca de prazer incessante.

São inevitáveis as ocorrências do desgaste orgânico, do conflito psicológico, do distúrbio mental, das dificuldades financeiras, sociais, existenciais.

A própria dor faz parte do processo que integra a criatura no contexto da sociedade, sem cujo contributo desapareceriam os esforços para o auto-aprimoramento, a iluminação pessoal, o progresso geral.

A emoção de dor constitui mecanismo da vida, que deve ser atendida sem disfarce, porqüanto o próprio crescimento do ser depende das experiências que ela proporciona.

Quando o estoicismo propôs a resignação diante da dor, Atenas se encontrava sob imensos desafios políticos e morais.

Renascendo várias vezes na História e trazendo a sua contribuição para a felicidade da criatura humana, a partir de Boécio, que o vinculou à proposta cristã vigente, esteve no pensamento de René Descartes, de Montaigne e de outros, convidando à reflexão e à coragem em quaisquer circunstâncias. Todavia, embora seja valiosa essa contribuição, a resignação sem uma imediata  ou simultânea ação que conduza o ser a libertar-se da injunção dolorosa, pode fazê-lo derrapar numa atitude masoquista, perturbadora.

A atitude estóica deve ser seguida pelo esforço de vencer o sofrimento, criando situações diferentes que gerem prazer, proporcionando motivação para prosseguir a existência corporal, què é de grande importância para a vida em si mesma.

Intermediando as duas conceituações filosóficas, o idealismo de Sócrates e Platão constitui-se como uma condição indispensável para a plenitude do prazer que pode ser conseguido mediante a consciência tranqüila, que se torna fruto de um coração pacificado em razão das ações de nobreza realizadas. 

sábado, 2 de setembro de 2017

DOUTRINÁRIA DO DIA 03/09 (DOMINGO) - 16:00: "NAS LEIS DO AMOR" DO LIVRO JUSTIÇA DIVINA PELO ESPÍRITO DO SR. EMMANUEL – PALESTRANTE: WAGNER SANTANA

Reunião pública de 27-2-61
1ª Parte, cap. III, item 12
Se alguém te fala em descanso inútil depois da morte, pensa nos que sofrem por amor, na experiência terrestre.
*
Indaga das mães devotadas se teriam coragem de relegar os filhos delinqüentes à solidão da masmorra...

Preferem chorar na pocilga, trabalhando por eles, a morarem no paraíso com o peito rebentando de lágrimas.
*
Pergunta aos pais afetuosos se pediriam a força para os rebentos do próprio sangue, comprometidos em débitos insolúveis...

Escolhem a condição dos grilhetas, de modo a vê-los recuperados, renunciando aos prêmios que a sociedade lhes destine à honradez.
*
Inquire da esposa abnegada se deixaria o companheiro enredado à loucura, pra brilhar num desfile de santidade...

Disputará as vigílias no manicômio para servi-lo, fugindo aos louros da praça pública.
*
Interroga do amigo verdadeiro se deixará o amigo confiante em dificuldade...

Aceitará partilhar-lhe as provações, recusando os privilégios com que o mundo lhe acene.
*
Isso acontece na Terra, onde o amor ainda se mistura ao egoísmo, qual o ouro perdido na ganga do solo.

Para além das cinzas do túmulo, há paz de consciência e alegria profunda no dever nobremente cumprido, mas, se te afeiçoas à bondade e à renúncia, poderás quanto quiseres continuar auxiliando os entes amados, que aprendeste a venerar e querer, ou prosseguir exaltando os ideais e as tarefas edificantes que abraças.

À medida que penetramos os segredos do amor puro, vamos reconhecendo que ninguém pode ser realmente feliz sem fazer a felicidade alheia no caminho em que avança.

O próprio Criador determinou que a noite se cobrisse de estrelas e que o espinheiral se levantasse recamado de rosas. 

Trabalharemos e sofreremos, assim, por amor, pelos séculos adiante, ajudando-nos uns aos outros a erguer a felicidade de nosso nível, até que possamos entrar, todos juntos, na suprema felicidade que consiste em nossa união com Deus para sempre.