SOBRE NÓS :

VISÃO: Ser uma Instituição voltada para a excelência nos estudos da Doutrina Espírita, visando com isso atender, de uma forma humanitária, a todos que necessitem.

MISSÃO: Exercer o que preconiza a Doutrina Espírita, visando auxiliar na mudança individual do ser, como também, do coletivo.

Redirecionamento

quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

DOUTRINÁRIA MUSICAL DE HOJE (29/12 - QUINTA-FEIRA - 20:00) "NUNCA PARE DE SONHAR" - GONZAGUINHA - PALESTRANTE: CARLA VISI

"...Fé na vida, fé no homem, fé no que virá
Nós podemos tudo, nós podemos mais
Vamos lá fazer o que será..."



"...Nunca se entregue
Nasça sempre com as manhãs
Deixe a luz do sol brilhar no céu do seu olhar..."

domingo, 25 de dezembro de 2016

FELIZ NATAL!

Natal! Momento de reflexão profunda sobre a nossa conduta durante todo o ano que finda. Todos tivemos momentos de acertos e enganos nessa temporada, normal, serve como amadurecimento. Essa data marca O nascimento Do Nosso Irmão Jesus, O Nosso Cristo. Que possamos meditar sobre o conteúdo do que Ele nos trouxe. Que possamos beber da água que o mesmo ofertou A Nossa irmã de Samaria. Que essa mesma água possa ser bebida para o nosso rejuvenescimento Cristão. A água na realidade são os ensinamentos trazidos na prática por Ele. Que sintamos a água como o exemplo que Ele nos legou. Paz!


Ass.: André Dias

quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

DOUTRINÁRIA DE HOJE (22/12 - QUINTA-FEIRA - 20:00): "NATAL" DO LIVRO FONTE VIVA – PELO ESPÍRITO SR. EMMANUEL - PALESTRANTE: MANOEL MESSIAS


“Glória a Deus nas Alturas, paz na Terra e boa vontade para com os homens.” – (Lucas, 2:14.)

As legiões angélicas, junto à Manjedoura, anunciando o Grande Renovador, não apresentaram qualquer palavra de violência.
Glória a Deus no Universo Divino.
Paz na Terra.
Boa vontade para com os Homens.
O Pai Supremo, legando a nova era de segurança e tranquilidade ao mundo, não declarava o Embaixador Celeste investido de poderes para ferir ou destruir.
Nem castigo ao rico avarento.
Nem punição ao pobre desesperado.
Nem desprezo aos fracos.
Nem condenação aos pecadores.
Nem hostilidade para com o fariseu orgulhoso.
Nem anátema contra o gentio inconsciente.
Derramava-se o Tesouro Divino, pelas mãos de Jesus, para o serviço da Boa Vontade.
A justiça do “olho por olho” e do “dente por dente” encontrara, enfim, o Amor disposto à sublime renúncia até à cruz.
Homens e animais, assombrados ante a luz nascente na estrebaria, assinalaram júbilo inexprimível...
Daquele inolvidável momento em diante a Terra se renovaria. 
O algoz seria digno de piedade.
O inimigo converter-se-ia em irmão transviado.
O criminoso passaria à condição de doente.
Em Roma, o povo gradativamente extinguiria a matança nos circos. Em Sídon, os escravos deixariam de ter os olhos vazados pela crueldade dos senhores. Em Jerusalém, os enfermos não mais seriam relegados ao abandono nos vales de imundície.
Jesus trazia consigo a mensagem da verdadeira fraternidade e, revelando-a, transitou vitorioso, do berço de palha ao madeiro sanguinolento.
Irmão, que ouves no Natal os ecos suaves do cântico milagroso dos anjos, recorda que o Mestre veio até nós para que nos amemos uns aos outros.
Natal! Boa Nova! Boa Vontade!
Estendamos a simpatia para com todos e comecemos a viver realmente com Jesus, sob os esplendores de um novo dia.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

DOUTRINÁRIA DE HOJE (14/12 - QUARTA-FEIRA - 16:00): "O LEGADO DA TOLERÂNCIA" DO LIVRO LUZ DO MUNDO - PELO ESPÍRITO DA SRA. AMÉLIA RODRIGUES – PALESTRANTE: PIEDADE BRASIL

A perene madrugada inebriava aquelas vidas.

Dias assinalados pela apoteose da esperança, inundados de amor, em que a cornucópia da misericórdia derramava bênçãos em abundância, constituíam uma quadra que jamais a Terra experimentara nos seus fastos passados ou voltaria a gozar no futuro...

A paisagem dos corações cada vez se multiplicava pela presença dos aflitos e angustiados que se atropelavam na expectativa de fruir os resultados felizes daqueles momentos, que, talvez, fossem interrompidos logo mais...

As conjunturas da política dominante e ignominiosa do usurpador estrangeiro produziam sulcos de revolta no solo das almas, e os bajuladores armavam ciladas nas bocas torpes dos representantes da comunidade, procurando pôr a perder o Pomicultor Sublime Onde Êle surgia, à semelhança de radiosa luz, atraía necessitados do corpo e da alma. Suas sementes de amor eram espalhadas fartamente em tentativas constantes de futura fecundação abençoada.

Os convidados ao colégio da fraternidade, que conviviam na Sua intimidade, armazenavam os grãos da vida, aprimorando a terra íntima do espírito para fecundá-los oportunamente.

Não compreendiam, porém, em toda a magnitude a grandeza da Mensagem que Êle espalhava em fortuna farta.

Assim, repontavam ciúmes em forma de zelo exacerbado, — queixas injustificáveis, — todas essas bagatelas da pequenez humana na planície das paixões, sem forças para superarem os óbices, galgando por fim o planalto da compreensão geral.

A Boa Nova seguia triunfalmente e muitos que dela se beneficiavam saíam a comunicar a outros corações o milagre da sua claridade lenificadora.

As narrações exaltadas competiam com os ódios que explodiam resultantes do despeito gratuito dos comensais da politicagem religiosa e da administração ingrata.

* * *

— Senhor, eis que encontramos um homem pelo caminho que curava em Teu Nome, expulsando Espíritos infelizes, — revelou, expedito, João, retornando de pequena viagem. (*)

— E que fizeste? — Inquiriu Jesus.

— Repreendemo-lo — protestou o discípulo inexperiente. — Expusemos que êle não tinha o direito de usar o Teu nome, pois que não privava contigo, não formava no grupo dos nossos. E fi-lo, defendendo os nossos objetivos para que os propósitos de elevação em que nos empenhamos não se entorpeçam através de pessoas incapazes de imprimir à própria vida a excelência da lição que nostransmite.

Brilhavam em júbilo os olhos do jovem companheiro, excessivamente zeloso quanto ao futuro do Evangelho nascente.

Jesus, porém, fitou-o com infinita bondade, admoestando-o, benigno:

— Fizeste mal; pois todo aquele que não é contra nós é por nós.

"Se alguém em meu nome expulsa Espíritos maus, asserenando obsessos e acalmando obsessores, cultivando nas almas o pólen da saúde que se con verte em pomar de tranquilidade, não poderá voltar-se contra nós, depois, assacando calúnias e no futuro erguendo-nos acusações. A palavra de amor é moeda de paz para aquisição do continente das almas."

E desejando expressar de maneira inolvidável o significado da tolerância e da caridade, prosseguiu:

— O servidor do Evangelho deve fiscalizar com sincera acuidade as nascentes íntimas dos sentimentos de modo a cercear no começo os adversários cruéis, que são o egoísmo e o orgulho, a inveja e o ciúme com toda a corte de nefandos sequazes. . . Os inimigos de fora não conseguem atingir o homem, senão exteriormente, pois que só alcançam a forma, sem lobrigarem mudar a constituição intrínseca do ser. Vinculado ao ideal superior da vida a que se entrega, o discípulo sincero compreende os que dormem no amolecimento das paixões, desculpa os perseguidores e não receia que outros corações, também, fascinados pela luz da verdade, desejem integrar-se no lídimo ideal da solidariedade a benefício de todos. Dia virá em que a Mensagem da Boa Nova se espalhará pelos múltiplos campos do mundo em formosa semeadura de abnegação, convocando multidões ao ministério excelso. Irmanados no ideal do serviço, todos aqueles que nos não combaterem ajudar-nos-ão, contribuindo eficientemente para a colheita dos resultados valiosos.

Como se se alongasse pelos confins dos tempos, pressentindo as dores acerbas e as lutas árduas pela implantação do Reino de Deus entre os homens, o Mestre concluiu:

— Irromperão em catadupas violentas os rios do sofrimento, de quando em quando, arrebentando represas e correndo destruidores com o objetivo de esmagar os que estejam à frente, em nome das paixões irrefreáveis, ou em caudais contínuas ameaçando arrastar os que teimem em suportar-lhes o ímpeto. .. Eu estarei vigilante, porém, acima das vicissitudes, socorrendo os timoneiros da fé e recolhendo os náufragos... No entanto, as desagregações internas, as disputas intestinas pela supremacia de uns em detrimento de outros, as lutas pela herança, esgrimindo as armas nefastas das guerras surdas e as intrigas sutis, serão mais danosas do que as agressões que procedam do mundo contra o nosso ideal de amor...

"Interliguem-se todos aqueles que sonham com a imortalidade, os que me amam, afastando barreiras e derrubando obstáculos para que mais rapidamente se implantem as realidades do amor e do perdão no solo das vidas...

"Ninguém se escandalize nunca, por encontrar fora da grei o mensageiro da saúde, o intermediário do bem, porque aparentemente estejam desvinculados das linhas conhecidas do serviço.

"Meu Pai dispõe de recursos que nos escapam e como é o Autor de tudo e de todos, cumpra cada um irrestritamente com o seu dever, transferindo para Êle, o Senhor de todos nós, os resultados do nosso trabalho."

Silenciou, tranquilo, e uma aragem de confraternização penetrou melhor nos homens que O escutavam, no reduzido grupo da amizade, como se avaliassem as responsabilidades que lhes cabiam.

Face ao dever maior, a tolerância é medida de justo progresso, tradutora das conquistas realizadas pelo discípulo fiel e afervorado da Verdade, no serviço redentor.

(*) Marcos 9:38 a 42.
Nota da Autora espiritual.

terça-feira, 13 de dezembro de 2016

DOUTRINÁRIA DE HOJE (13/12 - TERÇA-FEIRA - 20:00): "MULTIDÃO DE SOFRIMENTOS" DO LIVRO LUZ DO MUNDO - PELO ESPÍRITO DA SRA. AMÉLIA RODRIGUES – PALESTRANTE: CÉSAR PINHA

Sempre estava Jesus cercado pela multidão. Entardecia...


A multidão representava as enfermidades e mazelas que Lhe eram conduzidas pelos magotes humanos, assinalados pela dor.
Em todos os tempos o sofrimento é a cobrança do pretérito culposo dos atormentados em lapidação benéfica para a própria redenção, em clima de urgência.

A lepra, ingrata e hedionda, procede do espírito que exterioriza a degenerescência dos tecidos sutis, exsudando as misérias íntimas na faina incessante da purificação. Assim a cegueira e a surdez, a paralisia e a mudez, o câncer e tantos outros suplícios expressam o limite imposto ao devedor na faculdade cujo uso foi mal aplicado, fazendo o ser calceta em si mesmo, carecente de imediata reparação.

A falta do órgão ou membro, a desarmonia da faculdade ou função representam sempre a cobrança que chega em forma de controle e educação, predispondo o ser para a liberdade.

E como a dor tem sido a característica da vida humana, Jesus estava sempre cercado pela multidão.

Eram os atormentados de ontem ora envergando as marcas e manchas do passado, na condição de atormentados atuais, buscando, sequiosos, a água lustral do Evangelho do Reino, para lavarem as imundícies da imperfeição.

Cercado pela multidão Êle abria os braços e descerrava os lábios, socorrendo e falando...

A voz modulada em musicalidade divina derramava lições de vida em urgente profilaxia, de modo a que todo aquele que pudesse recuperar-se não tornasse aos erros trânsatos, a fim de não se acumpliciar com o crime, do que decorre sempre mais graves e danosos compromissos. E as mãos misericordiosas libertavam das amarras limitadas do padecimento, facultando agilidade e meios de crescimento superior aos beneficiados.

A multidão buscava-O sempre ansiosa...

Dos Seus lábios recolhia pérolas em luz, gemas em claridade incomparável para iluminar a senda de percalços e pedrouços. E das Suas mãos recebia o vigor em dádivas de saúde, que renovavam as peças gastas e os implementos orgânicos em desconsêrto, produzindo o refazimento e a paz.

Amava-O a multidão; ao menos necessitava d'Êle avidamente e O seguia.

Procediam de todos os rincões e se caracterizavam não raro, pela severidade e aspereza dos conceitos que, semelhantes a látego em brasa punitiva, azorragavam com doestos e ameaçavam com longas e penosas correções...

Há pouco escutara-se a Voz do Batista e a sua figura austera derramava o verbo abrasador, conclamando ao arrependimento e ao aproveitamento da hora, antes que se fizesse tarde.

Êle, porém, Aquêle suave Rabi, era a mansuetude e a abnegação. Quando o semblante se Lhe fazia grave, a meiguice e a dor exteriorizavam todo o Seu amor e ao mesmo tempo refletia as Suas esperanças, penetrando no porvir, em cujo curso incessante dos tempos o homem encontraria a paz...

Era o mês de Nisan. A tarde caía suave e calma.

A notícia da cura da sogra de Simão, cuja febre repreendida pelos Seus lábios se evadira, atraia a multidão dos necessitados.

Carreados por ventos brandos, aromas sutis balsamizavam a tarde em festa de luz.

A praia amiga, referta de esperanças, suspirando nos corações ansiosos dos homens, ali representava todos os tempos: o ontem e o amanhã da dor perseguindo a paz...

Êle aproximou-se e começou a curar.

Luz Divina em sombra densa, Sua aura reativava as forças fracas, recompondo os desgastes e desalinhos dos infelizes.

O espetáculo da alegria espontânea explodindo, comovia, e a reconstrução da saúde ante o olhar esgaseado de surpresa dos comensais do sofrimento, a rearticulação das faculdades psíquicas dos antes atormentados, os espíritos imundos expulsos pelo Seu magnetismo fascinavam, e, num crescendo, avolumavam-se as emoções à Sua volta. .. (*)

As vozes extremunhadas dos obsessores desligados das vítimas, gritavam:

— "Tu és o Filho de Deus!"

Êle, porém, sereno e pulcro, respondia:

— "Eu vos proíbo de falar. Afastai-vos daqui ..."

No desabrochar natural das alegrias, uma pausa fêz-se espontânea durante o sublime repasto da esperança. Êle, então, falou com eloquência e magnitude: .

— Todos os males promanam do espírito. Tende tento!

"O espírito é a fonte gentil e abundante onde nascem a enfermidade e a saúde, o destino e o porvir de cada ser, conforme se acumulam nas nascentes os atos que padronizam as futuras necessidades. Enquanto o homem não mergulhar na intimidade_dos seus problemas para solucioná-los à luz da razão e do amor, não conseguirá o lenitivo da

"Sois o "sal da Terra". O valor dele é mantido enquanto conserva o sabor.

"Sois a luz" da oportunidade, enquanto marchardes espargindo bênçãos e distribuindo esperanças.

"Deus, Nosso Pai, é o Criador, mas o homem, ascendendo, é o autor da sua dita ou desgraça.

"Inutilmente buscareis fora a saúde se não a mantiverdes retida no âmago do espírito, cuja perda se transforma em incessante aflição e maior tormento.

"A saúde, a seu turno, é oportunidade de evolução e de responsabilidade para com a vida.

"Buscai antes o amor e fazei todo o bem possível, para vos conservardes em paz. O amor é a candeia acesa e o bem o combustível que a mantém.

"Pacificai-vos para que vos conduzais em espírito de sabedoria, fazendo longos e proveitosos os vossos dias de júbilo na Terra e felizes, mais tarde, nos Céus."

Clara manhã. Sua presença apagava a noite sugando-a com beijos de luminosidade libertadora. E por onde andava, lá estava a multidão aflita e Êle prosseguia disseminando a saúde, por ser o Excelente Mensageiro da Vida.

Ao longe o sol declinava, caindo além dos montes, adornando a paisagem de ouro fulgurante no ar, e todos, tocados pela Sua misericórdia, os antes aflitos, debandaram na direção do lar, deixando a meditar, em profundo recolhimento sob o fulgor das primeiras estrelas, o Filho do Altíssimo.. .


(*) Lucas 5:40-41.

Nota da Autora espiritual.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

DOUTRINÁRIA DE HOJE (08/12 - QUINTA-FEIRA - 20:00): "A FALÊNCIA DA ANTIGA FÉ RELIGIOSA" DO LIVRO REFLEXÕES ESPÍRITAS PELO ESPÍRITO DO SR. VIANNA DE CARVALHO – PALESTRANTE: EMILSON PIAU

Os filósofos racionalistas dos séculos XVIII e XIX vaticinaram, pessimistas, o descrédito, a falência da fé religiosa, porque, então, era destituída da mínima estrutura de lógica para resistir às investidas do bom-senso e das conquista científicas.
Fé lavrada na base audaciosa de decretos medievais e bulas esdrúxulas, que soterrou, por séculos a fio, as esperanças humanas da liberdade de consciência e de ação, ao tempo em que postergou as admiráveis realizações do progresso, fator inevitável no fenômeno da evolução e da destinação humana. 

Submeteu a cultura à ignorância, o fato à fantasia, escravizou, matou centenas de milhares de vidas, fomentou guerras cruéis, extorquiu e amealhou tesouros fabulosos, não obstante pregando a luz, a liberdade, a vida, a paz, a pobreza, assim escarnecendo da inteligência e do inevitável imperativo da razão humana.

Tentou impedir o raciocínio e impôs-se, a ferro e fogo, a sucessivas gerações enquanto o sopro da renovação varria as suas construções opulentas e frias, que se apresentavam indiferentes ao destino das multidões esfaimadas e desorientadas.

Formulando teses bem urdidas sobre o reino dos Céus, facultava banquetearem-se os seus príncipes, nobres e apaniguados no reino da Terra, a que sempre concedeu primazia e disputou com sofreguidão.

A partir da Reforma Protestante, e mesmo um pouco antes, com os Descobrimentos, depois com a Renascença e o dealbar dos primeiros avanços na área da Astronomia, da Física e da Química, surgiram as brechas nos seus alicerces fortes, que começaram a arrebentar- se, embora tentando silenciar as vozes que proclamavam as extraordinárias conquistas da Vida.

São irrefreáveis as leis do progresso, e o homem, destinado à glória estelar, mesmo com sacrifício, após elaborar o cárcere e as algemas da aflição, liberta-se, a pouco e pouco, avançando no rumo da sua destinação luminosa.

Sentindo o brilho da inteligência e o apelo da fé, ao invés de amparar o seu próximo, explorou-o, ne passado, tripudiando sobre a sua ingenuidade, tomando-se, depois, vítima da própria agressividade.

As construções sustentadas sobre os dogmas arbitrários, e as leis injustas que formulou ruíram, cobrindo de desalento aqueles que nelas confiaram, ferindo-os fundamente.

Desmascaradas as maquinações, a realidade desponta, poderosa, e conclama o pensamento a uma revisão histórica, a uma releitura do seu acervo cultural, com discernimento científico, a fim de eliminar as superstições e fetiches que privilegiavam uns, em detrimento de outros.

O estridor inexorável do Conhecimento, qual cinzel insuperável que gasta o bloco de mármore frio do orgulho, nele insculpe a sabedoria e o amor, de modo a assinalarem o novo momento da Humanidade, ávida de liberdade, de justiça, de paz, sem as sombras e os bloqueios da dominação medieval do passado.

Ainda remanescem algumas daquelas situações lamentáveis, decorrentes dos períodos infelizes, em que essa fé cega reinava arbitrária e soberana, como sequelas que degeneram em anarquia e descrença, violência e cinismo que ora varrem o Ocidente, considerado, equivocadamente, cristão.

Sem terem absorvido o espírito do Cristo, os povos • e nações que se diziam e afirmavam seguir-Lhe a Doutrina, apenas adaptaram-se à formalística religiosa, que foi estabelecida pelas Igrejas do passado, esquecendo-se totalmente da promoção e dignifícação da criatura humana, da elaboração de leis justas e compatíveis com as necessidades da evolução, antes gerando guerras, extorsões e condenando as pessoas às condições mínimas de vida, sem respeito, nem liberdade, em fragorosos atentados à Vida e aos ensinos do Mestre.

Constatada, pelas atuais gerações, fraude de Deus, isto é, o artifício de usar-Lhe o nome para ocultar a hediondez e o aviltamento moral daqueles que se afirmam Seus servidores, a descrença ganhou as ruas do mundo, estimulando os vícios e a desordem geral, apregoando a decadência dos valores éticos sobre os quais a sociedade erigiu as suas edificações. Proclamou-se, então, a seguir, que o matrimônio, a família, o amor e o respeito pela vida são páginas ultrapassadas da história do homem e que somente o gozo desenfreado, o poder arbitrário, a força argentária e o sexo em desalinho, podem e devem conduzir os destinos humanos em substituição aos anteriores conteúdos morais da sociedade...

Nesse báratro, porém, surpreendendo os profetas da Era da loucura e da geração sem rumo, a dor escarnece das suas arremetidas e os conduz a paroxismos e frustrações inesperadas, tomando-os galés nas barcas da ilusão com as quais pretendiam singrar os mares da existência corporal. Uma sensação de vazio domina-os, e o desencanto atormenta-os, sem conceder-lhes perspectivas de equilíbrio nas filosofias imediatistas do comportamento que abraçam. A onda do desespero cresce e os modismos sucedem-se, sem resultado, deixando-os mais pessimistas e vencidos. 

A alma, que havia sido expulsa dos seus painéis mentais, lentamente volta a apresentar-se como indestrutível na sua realidade intrínseca, e a sua presença na vida se faz tão preponderante, que passa a ser reexaminada sob óptica nova.

A escala de valores éticos e humanos é revista, e surge uma fé estribada nos fatos, induzindo a novo e inesperado comportamento emocional e social.

Cansado da descrença, da ilusão e de si mesmo, o homem moderno indaga à ciência a respeito da própria imortalidade e recebe como resposta que esta é a única realidade inevitável, fatalista. Utilizando-se de instrumentos sensíveis, quais a mediunidade humana ligada a delicados aparelhos eletrônicos, demonstram- lhe a sobrevivência do espírito à morte corporal, e a sua destinação, que é a conquista da felicidade, da perfeição.

Diante das evidências, que suportam e vencem todas as cargas de cepticismo que se lhe opõem, a fé inata, sempre presente nos seres, irrompe, ilumina-se com os testemunhos da razão e reassume o seu papel superior na construção do homem novo e da nova sociedade.

O homem redescobre-se e constata que a sua existência na Terra não transcorre ao azar, e que há, em tudo, um fatalismo inevitável, estabelecido por Deus, que será logrado em breve, médio, ou longo prazo, conforme a opção de cada qual.

O progresso moral é impostergável, nesse conjunto de Leis, e as aparentes defecções, quedas e recuos no quadro da civilização, constituem momentâneos estágios para consolidação das bases do pensamento, que sempre arrebenta as algemas com que a ignorância e a prepotência tentam retê-lo. Liberado, permite que os excessos do oposto se assenhoreiem das mentes antes aprisionadas, após o que retomam ao equilíbrio, à conduta saudável.

O Espiritismo, porque descomprometido com as Igrejas, os grupos políticos e os interesses sociais, objetivando o homem e seu progresso, é o portador da nova ética que é a mesma de Jesus-Cristo, porém consentânea com os tempos atuais, inaugurando a fé pela razão e o sentimento religioso através da consciência responsável e atuante, na construção do presente digno, pensando no futuro pleno.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

DOUTRINÁRIA DE HOJE (07/12 - QUARTA FEIRA - 16:00): "AS BEM AVENTURAÇAS" DO EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO - PALESTRANTE: HUMBERTO VASCONCELOS

As Bem-aventuranças, dentro do Sermão da Montanha, é um longo discurso de Jesus que pode ser lido no Evangelho de São Mateus.

Este discurso pode ser considerado como um resumo dos ensinamentos de Jesus.

Mahatma Gandhi disse: "se toda a literatura espiritual da Humanidade perecesse, e só se salvasse o Sermão da Montanha, nada estaria perdido".

As bem-aventuranças representam o mais violento contraste entre os padrões do homem material e o ideal do ser espiritual.

Elas englobam uma série de situações, humanas, em que no momento que você olha para elas parece que é prejuízo. Mas atado a esse prejuízo, a sempre uma situação bonita sendo prometida.

Bem-aventurado. Qual é a tradução disso? Bem-encaminhado, feliz.


  • Imaginem chamar felizes os pobres de espírito, felizes os que choram, felizes os injustiçados, felizes os que sofrem perseguição,...

  • Quanto masoquismo e ironia!

  • Existe uma aparente contradição...

  • Jesus proclama felizes, precisamente, aqueles que o mundo considera infelizes.

  • Jesus ensinou o avesso daquilo que os homens pensavam

  • Essa contradição só pode ser superada e resolvida, se a gente chega ao final da frase, e percebe que a última palavra está sempre conectada com a primeira.

  • Bem-aventurado o que sofre, porque se alegrarão, porque deles é o reino dos Céus.

  • Vai fazendo sempre está comparação.

  • Sugere que tudo aquilo que é colocado como bem aventurado, se bem vivido, bem experimentando, o resultado final desse processo é a bem aventurança.

  • A proposta de Jesus para a nossa vida passa o tempo todo, não pela solução mágica das situações, mas pela proposta de um processo, parte por parte.

  • Se estiver amargurado hoje, então encare está amargura de maneira positiva tenha um olhar diferenciado, e ao olhar com tranqüilidade, sem desespero, você começará a compreende – lá.

  • Começará a sentir de forma diferente, aos poucos ela vai deixando de ser um peso e você alcança a leveza... que é o oposto da amargura.

  • Ninguém consegue chegar ao resultado, se não passar pelo duro processo de construção desse resultado.

  • É por isso que o contexto das bem-aventuranças nos ata a um contexto de promessas.

  • Vive bem o sofrimento de hoje, pois você vai conseguir chegar ao resultado bonito, que o sacrifício propõe...

  • Descubra aquilo que você está sofrendo hoje, identifique nisso, uma oportunidade de se transformar numa pessoa melhor.

  • A águia Americana

  • A águia perde o poder de caçar aos 40 anos, ela toma uma decisão, ela de refugia nas montanhas, nas alturas das pedras, próximos a penhascos, e entra num processo de regeneração, ela bate o bico nas pedras, para que ele caia aquela casca velha, então nasce uma casca nova, para ser um novo bico, com um bico novo ele começa um processo doloroso, de retirar as garras (Unhas) velhas dos pés, então nascem unhas novas, então com um bico novo e garras novas, ela começa a arrancar as penas velhas, todo processo dura (6) seis meses, todo processo de restauração, depois desse tempo, ela vive mais pelo menos mais 40 anos.


BEM-AVENTURADOS OS POBRES DE ESPÍRITO, POIS QUE DELES É O REINO DOS CÉUS.
Não é aquele que é pobre do ponto de vista material; não é aquele que se deprecia; não é aquele que é covarde; não é aquele que esconde seu talento. Os "pobres em espírito" são os que têm a modéstia em afirmar que nada sabem que reconhecem as suas fraquezas e estão constantemente buscando o seu aperfeiçoamento e a lapidação das suas imperfeições.

BEM-AVENTURADOS QUE CHORAM, POIS QUE SERÃO CONSOLADOS.
Os que choram se encontram envolvidos num processo de crescimento. Eles serão consolados quando o valor projetado, perdido, for recuperado. Agora, os que não aceitam os períodos de dificuldades, que se revoltam e vivem reclamando de tudo e de todos, está recusando o débito do resgate, muitas vezes acaba gerando males não programados e amarguras desnecessárias.

BEM-AVENTURADOS OS FAMINTOS E OS SEQUIOSOS DE JUSTIÇA, POIS QUE SERÃO SACIADOS.
Ai dos indiferentes, dos acomodatícios, dos covardes, dos servis, que em proveito próprio aplaudem a injustiça.

BEM-AVENTURADOS OS QUE SOFREM PERSEGUIÇÃO PELA JUSTIÇA, POIS QUE É DELES O REINO DOS CÉUS.
Refere-se aos idealistas que ousaram enfrentar as limitações e os preconceitos de suas épocas. Geralmente estas pessoas são atacadas, caluniadas, encarceradas e até mortas, por defenderem suas opiniões e ponto de vista, mas ficaram para sempre na História como precursoras de novas idéias que contribuíram para reformular a Ciência, a Religião, as Artes, a sociedade.        

BEM-AVENTURADOS OS QUE SÃO BRANDOS, PORQUE POSSUIRÃO A TERRA.
Com as mudanças previstas em nosso planeta, não mais reencarnarão pessoas rebeldes, perversas e violentas. Os brandos e pacíficos herdarão a Terra, porque continuarão a viver nela em busca do seu processo evolutivo, e não mais de quitação de dívidas do passado. Ser manso não significava ser um covarde servil, mas um crente na bondade de Deus e na benignidade do universo, mesmo quando a alma vive imersa no sofrimento e não vê razão para isso. Essa regra exprimia a aceitação da vontade de Deus.

BEM-AVENTURADOS OS QUE SÃO MISERICORDIOSOS, PORQUE OBTERÃO MISERICÓRDIA.
Ser misericordioso é, acima de tudo, suportarmos os defeitos daqueles que nos rodeiam, de não guardarmos qualquer ressentimento, não alimentarmos desejos de vingança, e estarmos sempre dispostos a servir, mesmo sabendo que não obteremos nada em troca e teremos que suportar ingratidão alheia.

BEM-AVENTURADOS OS QUE TÊM PURO O CORAÇÃO, PORQUANTO VERÃO A DEUS.
Ter o coração puro é não dar abrigo a paixões inferiores, tais como: o ódio, a inveja, o orgulho, a maledicência,... As paixões inferiores turvam a visão espiritual.  

BEM-AVENTURADOS OS PACÍFICOS, PORQUE SERÃO CHAMADOS FILHOS DE DEUS.
Um pacificador para fazer jus à recompensa de ser chamado de filho de Deus deve ser pacífico, ainda que injuriado e perseguido.

BEM-AVENTURADOS SOIS VÓS, QUANDO VOS INJURIAREM E VOS PERSEGUIREM E, MENTINDO, DISSEREM TODO O MAL CONTRA VÓS POR MINHA CAUSA. ALEGRAI-VOS E REGOZIJAI-VOS, PORQUE SERÁ GRANDE A VOSSA RECOMPENSA NOS CÉUS, POIS FOI ASSIM QUE PERSEGUIRAM OS PROFETAS, QUE VIERAM ANTES DE VÓS.

Aos olhos de Deus mais vale ser odiado do que odiar, ser ofendido do que ofender, ser perseguido do que perseguir.

terça-feira, 6 de dezembro de 2016

DOUTRINÁRIA DE HOJE (06/12 - TERÇA-FEIRA - 20:00): "SIGAMOS A PAZ" DO LIVRO FONTE VIVA PELO ESPÍRITO SR. EMMANUEL - PALESTRANTE: JERÔNIMO SILVA

“Busque a paz e siga-a”. - Pedro. (1 Pedro, 3:11).
Há muita gente que busca a paz; raras pessoas, porém, tentam segui-la.

Companheiros existem que desejam a tranqüilidade por todos os meios e suspiram por ela, situando-a em diversas posições da vida; contudo, expulsam-na de si mesmos, tão logo lhes confere o Senhor as dádivas solicitadas.

Esse pede a fortuna material, acreditando seja a portadora da paz ambicionada, todavia, com o aparecimento do dinheiro farto, tortura-se em mil problemas, por não saber distribuir, ajudar, administrar e gastar com simplicidade.

Outro roga a bênção do casamento, mas, quando o Céu lha concede, não sabe ser irmão da companheira que o Pai lhe confiou, perdendo-se através das exasperações de toda sorte.

Outro, ainda, reclama títulos especiais de confiança em expressivas tarefas de utilidade pública, mas, em se vendo honrado com a popularidade e com a expectativa de muitos, repele as bênçãos do trabalho e recua espavorido.

Paz não é indolência do corpo. É saúde e alegria do espírito.

Se é verdade que toda criatura a busca, a seu modo, é imperioso reconhecer, no entanto, que a paz legítima resulta do equilíbrio entre os nossos desejos e os propósitos do Senhor, na posição em que nos encontramos.

Recebido o trabalho que a Confiança Celeste nos permite efetuar, é imprescindível saibamos usar a oportunidade em favor de nossa elevação e aprimoramento.

Disse Pedro: – “Busque a paz e siga-a.”

Todavia, não existe tranquilidade real sem Cristo em nós, dentro de qualquer situação em que estejamos situados, e a fórmula de integração da nossa alma com Jesus é invariável: - "Negue cada um a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me." Sem essa adaptação do nosso esforço de aprendizes humanos ao impulso renovador do Mestre Divino, ao invés de paz,  teremos sempre renovada guerra, dentro do coração.

Emmanuel
psicografia de Chico Xavier