SOBRE NÓS :

VISÃO: Ser uma Instituição voltada para a excelência nos estudos da Doutrina Espírita, visando com isso atender, de uma forma humanitária, a todos que necessitem.

MISSÃO: Exercer o que preconiza a Doutrina Espírita, visando auxiliar na mudança individual do ser, como também, do coletivo.

Redirecionamento

quarta-feira, 31 de agosto de 2016

DOUTRINÁRIA DE HOJE (31/08 - QUARTA FEIRA - 16:00): "NÃO VOS INQUIETEIS PELA POSSE DO OURO" DO EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO - PALESTRANTE: HELENICE SANTANA

Não vos inquieteis pela posse do ouro, ou da prata, ou de outra moeda em vossa bolsa. Não prepareis nem um saco para o caminho, nem duas roupas, nem sapatos, nem bastão, porque aquele que trabalha, merece ser alimentado.

Em qualquer cidade ou em qualquer vila que entrardes, informai-vos de quem é digno de vos alojar, e permanecei com ele até que vos fordes. Entrando na casa, saudai-a dizendo: que a paz esteja nesta casa. Se essa casa dela for digna, vossa paz virá sobre ela; e se ela não for digna, vossa paz retornará sobre vós.

Quando alguém não quiser vos receber, nem escutar vossas palavras, sacudi, em saindo dessa casa ou dessa cidade, o pó de vossos pés. Eu vos digo em verdade, no dia do julgamento, Sodoma e Gomorra serão tratadas menos rigorosamente que essa cidade. (Mateus 10.9-15)

Essas palavras, que Jesus dirigiu aos seus apóstolos, quando os enviava pela primeira vez para anunciar a boa nova, não tinham nada de estranhas nessa época: estavam de acordo com os costumes patriarcais do Oriente, onde o viajante era sempre recebido sob a tenda. Mas, então, os viajantes eram raros; entre os povos modernos, o aumento de circulação levou a criar novos costumes; não se encontram os costumes dos tempos antigos senão nas regiões distantes onde o grande movimento ainda não penetrou; e se Jesus retornasse, não poderia mais dizer aos seus apóstolos: ponde-vos a caminho sem provisões.

Ao lado do sentido próprio, essas palavras têm um sentido moral muito profundo. Jesus ensinava assim aos seus discípulos a se confiarem à Providência; depois, estes nada tendo, não poderiam tentar a cupidez daqueles que os recebessem; era um meio de distinguir os caridosos dos egoístas; por isso, lhes disse: informai-vos de quem é digno de vos alojar; quer dizer, quem é bastante humano para abrigar o viajante que não tem com que pagar, porque estes são dignos de ouvirem a vossa palavra; pela sua caridade, vós os reconhecereis.

Quanto àqueles que não quiserem nem recebê-los, nem escutá-los, disse aos seus apóstolos para os maldizerem, se imporem a eles, usar de violência e de constrangimento para os converter ? Não; mas para irem pura e simplesmente para outro lugar, e procurar as pessoas de boa vontade.

Assim, diz hoje o Espiritismo aos seus adeptos. Não violenteis nenhuma consciência; não forceis ninguém a deixar sua crença para adotar a vossa; não lanceis anátema sobre aqueles que não pensam como vós; acolhei aqueles que vêm a vós e deixai em paz os que vos repelem. Lembrai-vos das palavras do Cristo; outrora o céu se tomava pela violência, hoje pela brandura.

terça-feira, 30 de agosto de 2016

DOUTRINÁRIA DE HOJE (30/08 - TERÇA-FEIRA - 20:00): "NÃO FURTAR" DO LIVRO JUSTIÇA DIVINA PELO ESPÍRITO SR. EMMANUEL - PALESTRANTE: APARECIDA MORATO

Reunião pública de 27-1-61
1ª Parte, cap. VI, item 24

Diz a Lei: “não furtarás”.

Sim, não furtarás o dinheiro, nem a fazenda, nem a posse dos semelhantes.

Contudo, existem outros bens que desaparecem, subtraídos pelo assalto da agressividade invisível que passa, impune, diante dos tribunais articulados na Terra.

Há muitos amigos que restituem honestamente a moeda encontrada na rua, mas que não se pejam de roubar a esperança e o entusiasmo dos companheiros dedicados ao bem, traçando telas de amargura e desânimo, com as quais favorecem a vitória do mal.

Muitos respeitam a terra dos outros; entretanto não hesitam em dilapidar-lhes o patrimônio moral, assestando contra eles a maledicência e a calúnia.

Há criaturas que nunca arrebataram objetos devidos ao conforto do próximo; contudo, não vacilam em surrupiar-lhes a confiança.

E há pessoas inúmeras que jamais invadiram a posse material de quem quer que seja; no entanto, destroem sem piedade a concórdia e a segurança do ambiente em que vivem, roubando o tempo e a alegria dos que trabalham.

“Não furtarás” – estatui o preceito divino.

É preciso, porém, não furtar nem os recursos do corpo, nem os bens da alma, pois que a conseqüência de todo furto é prevista na Lei.

quinta-feira, 25 de agosto de 2016

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DOUTRINÁRIA DE HOJE (25/08 - QUINTA-FEIRA - 20:00): "A EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO" DO LIVRO O PROBLEMA DO SER, DO DESTINO E DA DOR DO SR. LÉON DENIS – PALESTRANTE: AVELI MODESTO

Uma lei, já o dissemos, rege a evolução do pensamento, como a evolução física dos seres e dos mundos; a compreensão do Universo se desenvolve com os progressos do espírito humano. Essa compreensão geral do Universo e da vida foi expressa de mil maneiras, sob mil formas diversas no passado. Ela o é hoje em outros termos mais latos, e o será sempre com mais amplitude, à medida que a Humanidade for subindo os degraus de sua ascensão.

A Ciência vê alargar-se, sem cessar, seu campo de exploração. Todos os dias, com auxílio de seus poderosos instrumentos de observação e análise, descobre novos aspectos da matéria, da força e da vida; mas, o que esses instrumentos verificam já muito tempo havia que o espírito o discernira, porque o voo do pensamento precede sempre e excede os meios de ação da ciência positiva. Os instrumentos nada seriam sem a inteligência, sem a vontade que os dirige.

A Ciência é incerta e mutável, renova-se sem cessar. Os seus métodos, teorias e cálculos, com grande custo arquitetados, desabam ante uma observação mais atenta ou uma indução mais profunda, para darem lugar a novas teorias, que não terão maior estabilidade8. A teoria do átomo indivisível, por exemplo, que, há dois mil anos, servia de base à Física e à Química, é atualmente qualificada como hipótese e puro romance pelos nossos químicos mais eminentes. Quantas decepções análogas não têm demonstrado no passado à fraqueza do espírito científico, que só chegará à realidade quando se elevar acima da miragem dos fatos materiais para estudar as causas e as leis! 

quarta-feira, 17 de agosto de 2016

DOUTRINÁRIA DE HOJE (17/08 - QUARTA-FEIRA - 16:00): "FRATERNIDADE" DO LIVRO FONTE VIVA PELO ESPÍRITO SR. EMMANUEL - PALESTRANTE: ESTER FERREIRA

“Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos: se vos amardes uns aos outros”. - Jesus. (João, 13:35.)
Desde a vitória de Constantino, que descerrou ao mundo cristão as portas da hegemonia política, temos ensaiado diversas experiências para demonstrar na Terra a nossa condição de discípulos de Jesus.

Organizamos concílios célebres, formulando atrevidas conclusões acerca da natureza de Deus e da Alma, do Universo e da Vida.

Incentivamos guerras arrasadoras que implantaram a miséria e o terror naqueles que não podiam crer pelo diapasão da nossa fé.

Disputamos o sepulcro do Divino Mestre, brandindo a espada mortífera e ateando o fogo devorador.

Criamos comendas e cargos religiosos, distribuindo o veneno e manejando o punhal.

Acendemos fogueiras e erigimos cadafalsos, inventamos suplícios e construímos prisões para quantos discordassem dos nossos pontos de vista.

Estimulamos insurreições que operaram o embate de irmãos contra irmãos, em nome do Senhor que testemunhou na cruz o devotamento à Humanidade inteira.

Edificamos palácios e basílicas, famosos pela suntuosidade e beleza, pretendendo reverenciar-lhe a memória, esquecidos de que ele, em verdade, não possuía uma pedra onde repousar a cabeça.

E, ainda hoje, alimentamos a separação e a discórdia, erguendo trincheiras de incompreensão e animosidade, uns contra os outros, nos variados setores da interpretação.

Entretanto, a palavra do Cristo é insofismável. 

Não nos faremos titulares da Boa Nova simplesmente através das atitudes exteriores.

Precisamos, sim, da cultura que aprimora a inteligência, da justiça que sustenta a ordem, do progresso material que enriquece o trabalho e de assembléias que favoreçam o estudo; no entanto, toda a movimentação humana, sem a luz do amor, pode perder-se nas sombras.

Seremos admitidos ao aprendizado do Evangelho, cultivando o Reino de Deus que começa na vida íntima.

Estendamos, assim, a fraternidade pura e simples, amparando-nos mutuamente... Fraternidade que trabalha e ajuda, compreende e perdoa, entre a humildade e o serviço que asseguram a vitória do bem. Atendamo-la, onde estivermos, recordando a palavra do Senhor que afirmou com clareza e segurança: - "Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos: se vos amardes uns aos outros."

Emmanuel
psicografia de Chico Xavier

domingo, 14 de agosto de 2016

DOUTRINÁRIA DE HOJE (14/08 - DOMINGO - 16:00): "O MANCEBO RICO" DO LIVRO PRIMÍCIAS DO REINO PELO ESPÍRITO DA SRA. AMÉLIA RODRIGUES – PALESTRANTE: JAIRO MOREIRA


O momento era de profunda significação. Sabia, por estranha intuição, que um dia defrontaria a Realidade, e a encontrava agora. 
O apelo pairava vibrando em derredor: - “Vende tudo quanto tens, reparte-o pelos pobres, e terás um tesouro no céu; vem, e segue-me”. 
Aquela voz penetrava como um punhal afiado e impregnava qual perfume de nardo. 
Havia um magnetismo inconfundível naqueles olhos severos e profundos como duas estrelas engastadas na face pálida do amanhecer. 
Tinha sede de paz. 
Embora repousasse em leito de madeiras preciosas incrustados de ébano e lápis-lazúli, se banqueteasse em repastos opíparos, cuidasse do corpo com massagens de óleos e ungüentos raros, envolvendo-o em tecidos de linho leve, e suas arcas estivessem abarrotadas de gemas e ouro, sabia-se infeliz, sentia-se infeliz. Faltava-lhe ALGO que não se consegue facilmente. 
Hesitava, no entanto. 
Sua vivenda era luxuosa, seus pertences valiosos e vazio o seu coração. 
Confragia-se e angustiava-se, ignorando as nascentes da melancolia renitente que lhe dissipava sonhos e esperanças sob guante de inenarrável amargura. 
Buscava as competições em Cesaréia, todavia ignorava se essa busca representava uma realização ou fuga. 
Agora, pela primeira vez, sentia-se arrebatado. 
A meiguice e a ordem daquela vez, enunciada por aquele Homem, ecoavam como cascatas em desalinho nos abismos do espírito. 
Interiormente gritava: “Irei contigo, Senhor, mas...” 
Hesitava, sim, e a hora não comportava dubiedades. 
Todo àquela hora era importante,; mais do que isso: vital! 
- Permite-me primeiro – conseguiu articular, vencendo a emoção que o transfigurava – competir em Cesaréia, logo mais, disputando para Israel os triunfos dos jogos... 
-Não posso esperar. O Reino dos Céus começa hoje e agora para o teu espírito. Não há tempo a perder. 
- Aguardei muito essa ocasião e ela se avizinha, com a chegada do período das competições... Exercitei-me, contratei escravos que me adestraram... aos partos comprei, por uma fortuna, duas parelhas de fogos cavalos... os jogos estão próximos... 
- Renuncia, e segue-me! 
Quem era Ele, que assim lhe falava? Que poder exercia sobre sua vontade? Por qual sortilégio o dominava?!... Gostaria de fugi ou deixar-se arrastar, estava perturbado; ignorada sofreguidão o aniquilava... 
A horizontalidade das aflições humanas contemplava a verticalidade da sublimação divina: o cotidiano deparava com o infinito; o vale fitava o abismo das alturas e se perdia na imensidão. 
O homem e o Filho do Homem se defrontavam. 
O diálogo parecia impossível, reduzindo-se a um monólogo atormentante para o moço diante daquele Homem. 
Vencendo irresistível temor, continuou o príncipe afortunado: 
- Não receio dar o que possuo: dinheiro, ouro, gemas, títulos, se possível, pois sei que estes se gastam mui facilmente, mas... 
- ...Dá-me a ti próprio e eu te oferecerei a ventura sem limite. 
Que alto prêmio! Que pesado tributo! – pensou desanimado. 
Era muito jovem e muitos confiavam nele. Possivelmente Israel lucraria com os seus lauréis e triunfos. Príncipe, tinha pela frente as avenidas do poder a que se afervorava, PODER que no momento se destituída de qualquer valor. 
Os vens, poderia ofertá-los, sim. Porém a fortuna da juventude, os tesouros vibrantes da vaidade atendida e dos caprichos sustentados, as honras de família resguardadas pela tradição, os corifeus agradáveis e bajuladores, oh! seria necessário renunciar-se a isso tudo? – interrogava-se, inquieto. 
- Sim! – respondeu-lhe, sem palavras, com os olhos fulgurantes. 
Sofria naqueles minutos a soma dos sofrimentos que experimentara a vida toda. 
O ar cantava leves murmúrios enquanto as tulipas do campo teciam um manto sutil, rescendendo aromas. 
O Rabi, em silencio, aguardava. E ele, em perplexidade, lancinava-se. 
O diálogo tornara-se realmente impossível. 
Subitamente, o príncipe de qualidade, num átimo de minuto, lembrou-se que amigos o aguardavam na cidade. Compromissos esperavam-no. Deveria debater os detalhes finais para a corrida na grande festa da semana entrante. 
Acionado por estranho vigor, que dele se apossou repentinamente, fitou o Messias sereno e triste, balbuciando com voz apagada: 
- Não posso. Não posso seguir-Te agora... Perdoa-me, se me amas! 
E saiu quase a correr. 
O Mestre sentou-se e se encheu de profundo sofrimento. 
Era assim, sempre assim que Ele ficava após a deserção dos convidados ao Banquete da Luz. A expressão de mansuetude e perdão que lhe brilhava nos olhos mergulhava em lágrimas, agasalhada em leves tons de amargura. 
Assim O encontraram os discípulos. Interrogado, respondeu: 
- “Quão dificilmente entrarão no reino de Deus os que têm riquezas”! 
Uma semana depois Cesaréia era a capital do ócio, do prazer. 
Ao som alegre de trompas e fanfarras começavam as festas públicas. 
As quadrigas estão na linha de partida. Os fogosos corcéis, adquiridos aos partos, oriundos da Dalmácia, de Tiro, Sidon e da Arábia, empinam, lustrosos, ajaezados. Ao sinal dispram, sob estrondosa ovação. 
Chicotes vibram no ar, mãos firmes nas rédeas, os guias e condutores dão velocidade aos carros frágeis. A celebridade prende a respiração em todos os peitos. 
A expectativa fala sem voz na pulsação da tarde ardente e empoeirada. 
Numa manobra menos feliz, um carro vira e um corpo tomba na arena, despedaçado pelas patas velozes, em disparada. 
O moço rico sente as entranhas abertas, o suor e o sangue em pastas de lama, a respiração esterotrada... 
Enquanto escravos precipites arrastam-no na pista, foge mentalmente a cena brutal que o esmaga, e entre as névoas que lhe sombreiam os olhos parece vê-LO. 
Silenciando os gritos na concha acústica tem a impressão de escutá-LO. 
- Renuncia a ti mesmo, vem, e segue-ME. 
- Amigo!... 
Dois braços o envolvem veludosos e transparentes. 
Apesar da face deformada e lavada pelas lágrimas, o suor e o sangue, ele dá a impressão de sorrir. 

quinta-feira, 11 de agosto de 2016

DOUTRINÁRIA DE HOJE (11/08- QUINTA-FEIRA - 20:00): "QUAL O OBJETIVO DA ENCARNAÇÃO DOS ESPÍRITOS" DO LIVRO DOS ESPÍRITOS, PERGUNTA 132 - PALESTRANTE: ERICSON MENDONÇA

QUESTÃO 132: Qual o objetivo da encarnação dos Espíritos?


“Deus lhes impõe a encarnação com o fim de fazê-los chegar à perfeição. Para uns, é expiação; para outros, missão. Mas, para alcançarem essa perfeição, têm que sofrer todas as vicissitudes da existência corporal: nisso é que está a expiação. Visa ainda outro fim a encarnação: o de pôr o Espírito em condições de suportar a parte que lhe toca na obra da criação. Para executá-la é que, em cada mundo, toma o Espírito um instrumento, de harmonia com a matéria essencial desse mundo, a fim de aí cumprir, daquele ponto de vista, as ordens de Deus. É assim que, concorrendo para a obra geral, ele próprio se adianta.”

Allan Kardec: A ação dos seres corpóreos é necessária à marcha do Universo. Deus, porém, na Sua sabedoria, quis que nessa mesma ação eles encontrassem um meio de progredir e de se aproximar Dele. Deste modo, por uma admirável lei da Providência, tudo se encadeia, tudo é solidário na Natureza.

quarta-feira, 10 de agosto de 2016

DOUTRINÁRIA DE HOJE (10/08 - QUARTA FEIRA - 16:00): "DESIGUALDADES DAS RIQUEZAS" DO EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO - PALESTRANTE: SUZY MOREAU

A desigualdade das riquezas é um dos problemas que em vão se procuram resolver, quando se considera apenas a vida atual. A primeira questão que se apresenta é a seguinte. Por que todos os homens não são igualmente ricos? Por uma razão muito simples: é que não são igualmente inteligentes, ativos e laboriosos para adquirir, nem sóbrios e previdentes para conservar. Aliás, é uma questão matematicamente demonstrada que, supondo-se feita essa repartição, o equilíbrio seria rompido em pouco tempo, em virtude da diversidade de caracteres e aptidões; que, supondo-a possível e durável, tendo cada um somente o necessário para viver, isso equivaleria ao aniquilamento de todos os grandes trabalhos que concorrem para o progresso e o bem-estar da humanidade; que, portanto, supondo-se que ela desse a cada um o necessário, desapareceria o estímulo que impulsiona as grandes descobertas e os empreendimentos úteis. Se Deus a concentra em alguns lugares, é para que dos mesmos ela se expanda, em quantidades suficientes, segundo as necessidades. Admitindo-se isto, pergunta-se por que Deus a concede a pessoas incapazes de fazê-la frutificar para o bem de todos. Essa é ainda uma prova da sabedoria e da bondade de Deus. Ao dar ao homem o livre arbítrio, quis que ele chegasse, pela sua própria experiência, a discernir o bem e o mal, de maneira que a prática do bem fosse o resultado dos seus esforços, da sua própria vontade. Ele não deve ser fatalmente levado a um nem ao outro, pois então seria um instrumento passivo e irresponsável como os animais. A fortuna é um meio de prová-lo moralmente; mas como, ao mesmo tempo, é um poderoso meio de ação para o progresso, Deus não quer que permaneça improdutiva, e é por isso que incessantemente a transfere. Cada qual deve possuí-la, para exercitar-se no seu uso e provar a maneira por que o sabe fazer. Como há a impossibilidade material de que todos a possuam ao mesmo tempo, e como, se todos a possuíssem, ninguém trabalharia, e o melhoramento do globo sofreria com isso: cada qual a possui por sua vez. Dessa maneira, o que hoje não a tem, já a teve no passado ou a terá no futuro, numa outra existência, e o que hoje a possui poderá não tê-la mais amanhã. Há ricos e pobres porque, Deus sendo justo, cada qual deve trabalhar por sua vez. A pobreza é para uns a prova da paciência e da resignação; a riqueza é para outros a prova da caridade e da abnegação. Lamenta-se, com razão, o triste uso que algumas pessoas fazem da sua fortuna, as ignóbeis paixões que a cobiça desperta, e pergunta-se se Deus é justo, ao dar a riqueza a tais pessoas. É claro que, se o homem só tivesse uma existência, nada justificaria semelhante repartição dos bens terrenos; mas, se em lugar de limitar sua vida ao presente, considerar-se o conjunto das existências, vê-se que tudo se equilibra com justiça. O pobre não tem, portanto, motivo para acusar a Providência, nem para invejar os ricos, e estes não o têm para se vangloriarem do que possuem. Se, por outro lado, estes abusam da fortuna, não será através de decretos, nem de leis suntuárias, que se poderá remediar o mal. As leis podem modificar momentaneamente o exterior, mas não podem modificar o coração: eis porque têm um efeito temporário e provocam sempre uma reação mais desenfreada. A fonte do mal está no egoísmo e no orgulho. Os abusos de toda espécie cessarão por si mesmos, quando os homens se dirigem pela lei da caridade.

quinta-feira, 4 de agosto de 2016

DOUTRINÁRIA DE HOJE (04/08- QUINTA-FEIRA - 20:00): "EDUCA" DO LIVRO FONTE VIVA PELO ESPÍRITO SR. EMMANUEL - PALESTRANTE: ANTONIO PEROBA

"Não sabeis vós que sois o templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós ?" - Paulo. (I Corintios, 3: 16.)
Na semente minúscula reside o germe do tronco benfeitor.

No coração da terra, há melodias da fonte.

No bloco de pedra, há obras-primas de estatuária.

Entretanto, o pomar reclama esforço ativo.

A corrente cristalina pede aquedutos para transportar-se imaculada.

A jóia de escultura pede milagres do buril.

Também o espírito traz consigo o gene da Divindade.

Deus está em nós, quanto estamos em Deus.

Mas, para que a luz divina se destaque da treva humana, é necessário que os processos educativos da vida nos trabalhem no empedrado caminho dos milênios.

Somente o coração enobrecido no grande entendimento pode vazar o heroísmo santificante.

Apenas o cérebro cultivado pode produzir iluminadas formas de pensamento.

Só a grandeza espiritual consegue gerar a palavra equilibrada, o verbo sublime e a voz consoladora.

Interpretemos a dor e o trabalho por artistas celestes de nosso aperfeiçoamento.

Educa e transformarás a irracional idade em inteligência, a inteligência em humanidade e a humanidade em angelitude.

Educa e edificarás o paraíso na Terra.

Se sabemos que o Senhor habita em nós, aperfeiçoemos a nossa vida, a fim de manifestá-lo.

Emmanuel
psicografia de Chico Xavier

terça-feira, 2 de agosto de 2016

DOUTRINÁRIA DE HOJE (02/08 - TERÇA-FEIRA - 20:00): "ESTEJAMOS CONTENTES" DO LIVRO FONTE VIVA PELO ESPÍRITO SR. EMMANUEL - PALESTRANTE: VERA MONTANO

"Tendo, porém, sustento e com que nos cobrirmos, estejamos com isso contentes”. - Paulo. (1 Timoteo, 6:8.)
O monopolizador de trigo não poderá abastecer-se à mesa senão de algumas fatias de pão, para saciar as exigências da sua fome.

O proprietário da fábrica de tecidos não despenderá senão alguns metros de pano para a confecção de um costume, destinado ao próprio uso.

Ninguém deve alimentar-se ou vestir-se pelos padrões da gula e da vaidade, mas sim de conformidade com os princípios que regem a vida em seus fundamentos naturais.

Por que esperas o banquete, a fim de ofereceres algumas migalhas ao companheiro que passa faminto?

Por que reclamas um tesouro de moedas na retaguarda, para seres útil ao necessitado?

A caridade não depende da bolsa. É fonte nascida no coração.

É sempre respeitável o desejo de algo possuir no mealheiro para socorro do próximo ou de si mesmo, nos dias de borrasca e insegurança, entretanto, é deplorável a subordinação da prática do bem ao cofre recheado.

Descerra, antes de tudo, as portas da tua alma e deixa que o teu sentimento fulgure para todos, à maneira de um astro cujos raios iluminem, balsamizem, alimentem e aqueçam. . .

A chuva, derramando-se em gotas, fertiliza o solo e sustenta bilhões de vidas.

Dividamos o pouco, e a insignificância da boa-vontade, amparada pelo amor, se converterá com o tempo em prosperidade comum..

Algumas sementes, atendidas com carinho, no curso dos anos, podem dominar glebas imensas.

Estejamos alegres e auxiliemos a todos os que nos partilhem a marcha, porque, segundo a sábia palavra do apóstolo, se possuímos a graça de contar com o pão e com o agasalho para cada dia, cabenos  obrigação de viver e servir em paz e contentamento.


Emmanuel
psicografia de Chico Xavier