SOBRE NÓS :

VISÃO: Ser uma Instituição voltada para a excelência nos estudos da Doutrina Espírita, visando com isso atender, de uma forma humanitária, a todos que necessitem.

MISSÃO: Exercer o que preconiza a Doutrina Espírita, visando auxiliar na mudança individual do ser, como também, do coletivo.

Redirecionamento

domingo, 31 de julho de 2016

DOUTRINÁRIA DE HOJE (31/07 - DOMINGO - 16:00): "HOMENAGEM A ALLAN KARDEC" DO LIVRO REFLEXÕES ESPÍRITAS PELO ESPÍRITO DO SR. VIANNA DE CARVALHO – PALESTRANTE: WAGNER SANTANA

A Europa ainda se encontrava nos estertores da destruição da ignorância lograda pela Enciclopédia e pelas propostas extraordinárias dos precursores da Revolução Francesa, que estrugiria no dia 14 de julho de 1789. Podiam-se ouvir as vozes nobres de Voltaire, de Jean-Jacques Rousseau e as lições de sabedoria a verte- ram das obras dos eminentes pensadores que estabeleciam as bases da Era Nova, quando as ambições humanas propuseram a necessidade da modificação das estruturas políticas que predominaram em França, derrubando a Casa dos Bourbons, que cedeu lugar à Frateminade, à Liberdade e à Igualdade, inscrevendo no mare magnum das paixões os direitos humanos que ainda permanecem desrespeitados...
Escutava-se a palavra libertadora da Razão e inebriavam-se os corações ante as circunstâncias novas, que pareciam destruir os teimosos bastiões do dogmatismo, degenerando em intolerâncias mais terríveis do que aquelas que se pretendiam combate Ensombrada, a França parecia sentir raiar um novo dia, quando as tubas guerreiras de Napoleão Bonaparte assentaram os seus arraiais em Paris,
preparando-o para reunir as forças destroçadas e, sob o seu comando conduzir o País ao grandioso fanal. Inspirado pelos ideais de Mirabeau, de Danton, ele restaura os elevados anseios da Igualdade, sem conseguir fugir às injunções de seu destino histórico...

Nesse terrível momento, quando o insigne Corso se prepara para ser coroado Imperador dos franceses, no dia 2 de dezembro de 1804, na Catedral Gótica de Notre- Dame, a Divina Providência faz que mergulhe nas sombras da Terra o eminente Espírito de Jan Huss, que se dera em sacrifício, no século XV, em favor da libertação do Evangelho de Jesus. Reencarnando-se, em Lyon, a 3 de outubro desse ano de 1804, recebeu o nome de Hippolyte Léon Denizard Rivail, que trouxe a indeclinável tarefa de modificar as estruturas do conhecimento e abrir espaços para a restauração do pensamento do Cristo, conforme Ele e os Seus Discípulos o haviam vivido, dezenove séculos antes, na Palestina.

Quando a filosofia altera sua estrutura com Hegel, Marx e Engels, estabelecendo a desnecessidade da alma para a interpretação da vida e a compreensão do Universo; no momento em que Florens e Cuvier declaram nunca haver encontrado a alma nas centenas de cadáveres que dissecaram, no instante em que Broussais, Bouillaud, zombaram da alma imortal e Moleschot, Buchner e Karl Vogt afirmam que o espírito é uma exsudação cerebral, surge Allan Kardec com a força demolidora da lógica e da razão, apoiando-se na linguagem insuperável dos fatos, para firmar a Causalidade do
Universo, a preexistência da alma ao corpo e a sua sobrevivência ao túmulo, apresentando uma ciência ímpar, resultado de laborioso trabalho de investigação fundamentada na experiência e que resistirá ao pessimismo, à perseguição e ao descrédito.

Fazendo renascer uma filosofia comportamental superior, o Professor Rivail, agora sob o pseudônimo de Allan Kardec, propõe, em O Livro dos Espíritos, uma ética nobre e fornece as respostas para os graves problemas da Humanidade, que não foram equacionados por Edipo, concebido na tragédia de
Sófocles, interpretando a Esfinge... Propondo, para a Humanidade, uma segura diretriz filosófica, Kardec restaura o Evangelho de Jesus que permanecia encarcerado no dogmatismo e asfixiado nos tecidos sombrios da intolerância como da superstição.

A Doutrina Espírita chega para iluminar as consciências humanas e propor uma revolução de amor nos corações, estabelecendo comportamentos de felicidade, quando a esperança já havia abandonado as vidas. A morte bate, então, em retirada, cedendo lugar à Vida, que canta um hino de Imortalidade, adornando as experiências humanas, que se engrandecem e se eternizam em bênçãos de consolação e de paz.

Passados cento e oitenta e cinco anos do evento grandioso, que é a reencarnação de Allan Kardec, a Humanidade contempla, no Espiritismo, os ideais de um Mundo Novo, no qual o amor unirá todas as criaturas como verdadeiros irmãos conduzindo-os à plenitude. Os avanços da Ciência e da
Tecnologia contemporânea não conseguiram alterar a estrutura da Doutrina que os ilumina, remontando às causas, enquanto aquelas somente explicam os seus efeitos.

Vanguardeiro do progresso, Kardec é o pensador e o cientista que mais penetrou a sonda da indagação no organismo das Leis, e ofereceu as extraordinárias lições morais que se derivam da Lei Natural ou de Amor, que é Universal, porque promana de Deus, o Criador.

Hoje, quando o homem alunissa com facilidade e as suas bólides espaciais saem da Terra e do Sistema Solar para tentar compreender e interpretar as origens da Vida, a Codificação Espírita permanece inamovível, num todo granítico, iluminando o pensamento e explicando a causalidade da vida e a realidade do homem. Evocando o extraordinário Mensageiro dos Céus, no transcurso do seu
aniversário natalício, nós, os Espíritos-espíritas que militamos nas atividades do Consolador, unimos nossas vozes em um coro para dizermos com os companheiros encarnados que o amam:
— Glória a ti, Allan Kardec! Aqueles que te amamos, te homenageamos e saudamos, conforme faziam os cristãos primitivos antes do holocausto em homenagem a Jesus.
(Brasília, 30 de outubro de 1989— 1® Congresso Internacional de Espiritismo)

quinta-feira, 28 de julho de 2016

DOUTRINÁRIA DE HOJE (28/07 - QUINTA-FEIRA - 20:00): "A DISCIPLINA DO PENSAMENTO E A REFORMA DO CARÁTER" DO LIVRO O PROBLEMA DO SER, DO DESTINO E DA DOR DO SR. LÉON DENIS – PALESTRANTE: DILSON MOURA

O pensamento, dizíamos, é criador. Não atua somente em roda de nós, influenciando nossos semelhantes para o bem ou para o mal; atua principalmente em nós; gera nossas palavras, nossas ações e, com ele, construímos, dia a dia, o edifício grandioso ou miserável de nossa vida presente e futura. Modelamos nossa alma e seu invólucro com os nossos pensamentos; estes produzem formas, imagens que se imprimem na matéria sutil, de que o corpo fluídico é composto. Assim, pouco a pouco, nosso ser povoa-se de formas frívolas ou austeras, graciosas ou terríveis, grosseiras ou sublimes; a alma se enobrece, embeleza ou cria uma atmosfera de fealdade. Segundo ideal a que visa, a chama interior aviva-se ou obscurece-se. 
Não há assunto mais importante que o estudo do pensamento, seus poderes e ação. É a causa inicial de nossa elevação ou de nosso rebaixamento; prepara todas as descobertas da Ciência, todas as maravilhas da Arte, mas também todas as misérias e todas as vergonhas da Humanidade. Segundo o impulso dado, funda ou destrói as instituições como os impérios, os caracteres como as consciências. O homem só é grande, só tem valor pelo seu pensamento; por ele suas obras irradiam e se perpetuam através dos séculos. O Espiritualismo experimental, muito melhor que as doutrinas anteriores, permite-nos perceber, compreender toda a força de projeção do pensamento, que é o princípio da comunhão universal. Vemo-lo agir no fenômeno espírita, que facilita ou dificulta; seu papel nas sessões de experimentação é sempre considerável. A Telepatia demonstrou-nos que as almas podem impressionarse, influenciar-se a todas as distâncias; é o meio de que se servem as humanidades do Espaço para comunicarem entre si através das imensidades siderais. Em qualquer campo das atividades sociais, em todos os domínios do mundo visível ou invisível, a ação do pensamento é soberana; não é menor sua ação, repetimos, em nós mesmos, modificando constantemente nossa natureza íntima

quarta-feira, 27 de julho de 2016

DOUTRINÁRIA DE HOJE (27/07 - QUARTA-FEIRA - 16:00): "ALTAR ÍNTIMO" DO LIVRO FONTE VIVA PELO ESPÍRITO SR. EMMANUEL - PALESTRANTE: LUCAS BOCCANERA

"Temos um altar." - Paulo. (Hebreus, 13 :10).
Até agora, construímos altares em toda parte, reverenciando o Mestre e Senhor.

De ouro, de mármore, de madeira, de barro, recamados de perfumes, preciosidades e flores, erguemos santuários e convocamos o concurso da arte para os retoques de iluminação artificial e beleza exterior.

Materializado o monumento da fé, ajoelhamo-nos em atitude de prece e procuramos a inspiração divina.

Realmente, toda movimentação nesse sentido é respeitável, ainda mesmo quando cometemos o erro comum de esquecer os famintos da estrada, em favor das suntuosidades do culto, porque o amor e a gratidão ao Poder Celeste, mesmo quando mal conduzidos, merecem veneração.

Todavia, é imprescindível crescer para a vida maior.

O próprio Mestre nos advertiu, junto à Samaritana, que tempos viriam em que o Pai seria adorado em espírito e verdade.

E Paulo acrescenta que temos um altar.

A finalidade máxima dos templos de pedra é a de despertar-nos a consciência.

O cristão acordado, porém, caminha oficiando como sacerdote de si mesmo, glorificando o amor perante o ódio, a paz diante da discórdia, a serenidade à frente da perturbação, o bem à vista do mal.

Não olvidemos, pois, o altar íntimo que nos cabe consagrar ao Divino Poder e à Celeste Bondade.

Comparecer, ante os altares de pedra, de alma cerrada à luz e à inspiração do Mestre, é o mesmo que lançar um cofre impermeável de trevas à plena claridade solar. Se as ondas luminosas continuam sendo ondas luminosas, as sombras não se alteram igualmente.

Apresentemos, portanto, ao Senhor as nossas oferendas e sacrifícios em quotas abençoadas de amor ao próximo, adorando-o, através do altar do coração, e prossigamos no trabalho que nos cabe realizar.

Emmanuel
psicografia de Chico Xavier

domingo, 24 de julho de 2016

DOUTRINÁRIA DE HOJE (24/07 - DOMINGO - 16:00): "O PRECURSOR" DO LIVRO PRIMÍCIAS DO REINO PELO ESPÍRITO DA SRA. AMÉLIA RODRIGUES – PALESTRANTE: ALDECI ANDRADE

Ele foi anunciado por um mensageiro celeste, que se identificou como Gabriel, o que assiste diante de Deus.
Seu pai, Zacarias, vivia em Hebron, na Judeia, e era sacerdote. Em certa ocasião, encontrava-se a exercer as funções sacerdotais, no Templo de Jesuralém.

O povo orava no átrio. Zacarias adentrara o santuário para oferecer o incenso, conforme a ritualística. Ali, em oração, viu surgir, do lado direito do altar dos perfumes, o Espírito que lhe vem trazer a mensagem.

Ele se tornaria pai de um menino. Gabriel o cientifica ainda de que aquele filho lhe seria de grande alegria e que também outros se alegrariam com o seu nascimento.

A profecia se dilata, quando o mensageiro diz que o menino viria para converter muitos dos filhos de Israel ao seu Deus.

Virá no Espírito e na virtude de Elias, para preparar ao Senhor um povo perfeito.

As anotações do Evangelista  Lucas testificam , por esse anúncio, de forma clara, do retorno de um grande profeta da Antiguidade, Elias, que vivera séculos antes e cujas referências se encontram no Livro Terceiro (cap. XVII e ss.) e Quarto de Reis (cap. 1).

Segundo o Evangelista João, o filho de Zacarias veio para dar testemunho da luz, a fim de que todos cressem por meio dele. Ele não era a luz, mas era para dar testemunho da luz. (João, 1:8)

Quando o menino nasceu, seu pai assinalou seu júbilo com um Cântico em que glorifica a Deus pela dádiva daquele que seria chamado o profeta do Altíssimo;  porque irás adiante da face do Senhor a preparar os seus caminhos. (Lucas, 1:76)

Isso nos diz de quão consciente era Zacarias a respeito da identidade e da missão do filho.

Lucas assinala o ano em que João, o filho de Zacarias, inicia a sua tarefa como sendo o décimo quinto do Império de Tibério César, o que equivale a dizer o ano XXVIII, pois o governo de Tibério iniciou no ano XIII. Era procurador na Judeia, Pôncio Pilatos e Herodes, Tetrarca da Galileia.

João vestia seu corpo magro com pele de camelo, dos ombros até os joelhos e trazia um cinto de couro. A cabeleira era negra e os olhos profundos, de um fulgor misterioso. Apresentava-se como: A voz do que clama no deserto: preparai os caminhos do Senhor, fazei direitas as suas veredas.

A voz de João era forte, vibrante, dura mesmo; as suas palavras, breves e incisivas; os seus gestos, parcos e rápidos...2

Em sua pregação, a que acorria o povo, falava de que não bastava se acreditar filho de Deus, era preciso realizar o bem.

Por isso, aos publicanos aconselhava que não cobrassem mais do que o fixado pela lei; aos soldados, que não praticassem a violência, nem causassem dano a outrem, contentando-se com seu soldo.

Era o discurso que ainda serve nos dias atuais a todos os que nos encontramos no serviço público: a prática do dever, com ética e dignidade.

Suas pregações de tal modo impressionavam as pessoas, que muitos passaram a acreditar que ele era o esperado Messias. É então que João dá seu primeiro testemunho a respeito de Jesus: Eu não sou o Cristo. Depois de mim virá aquele que é mais poderoso do que eu e de cujos sapatos não sou digno de desatar as correias.

Ainda dará um segundo testemunho, em Betânia, além do Jordão, quando sacerdotes e levitas o foram questionar a respeito de sua identidade. Ele reafirmará que o que haveria de vir após ele, que existia antes dele, já se encontrava entre eles.

Em outra oportunidade, vendo que Jesus vinha em sua direção, ele O aponta e diz: Eis o cordeiro de Deus, eis o que tira os pecados do mundo. (João,1:29)

Prossegue, dizendo da visão mediúnica que lhe afirmava que Aquele era o Filho de Deus, o Messias, constituindo-se esse o terceiro testemunho a respeito do Cristo que ele viera anunciar.

E, estando perto do Jordão, com seus discípulos, vendo Jesus que passava, orienta a dois deles, André, irmão de Simão Pedro e João, filho de Zebedeu, a que O sigam, pois Ele é o Messias.

Tendo iniciado Jesus a Sua missão, vieram alguns discípulos de João, chamado o Batista, lhe informar que o povo agora acorria para o novo profeta. Nesse momento, a grandeza do servidor é demonstrada. Testifica João que eles mesmos são testemunhas de que sempre afirmara não ser o Cristo, mas sim o enviado dEle. Agora, chegava o momento de que Jesus crescesse e ele diminuísse.

Nesses dias, João é encarcerado. Não pelo que pregava, mas por ter ousado repreender o tetrarca da Galileia por viver com Herodíades, a esposa do próprio irmão, que ainda vivia.

O tempo haveria de transcorrer, meses sobre meses, dez ao todo. Fosse porque as dores do cárcere se lhe fizessem superlativas, fosse porque a solidão o envolvesse em brumas, de uma forma paradoxal, aquele mesmo que fora a mais ardente testemunha do messianato de Jesus, envia, da prisão, dois dos seus discípulos, a indagar se Ele era realmente o que haveria de vir, ou se dever-se-ia esperar outro.

Jesus, o Amigo Incondicional, o Pastor das almas, deve ter compreendido a especial situação de João e responde que as Suas obras atestam quem Ele é: os cegos veem, os coxos andam, os leprosos tornam-se limpos, os surdos ouvem, os mortos ressuscitam, e aos pobres é anunciada a boa nova.

E, tendo se afastado os enviados de João, Jesus se põe a falar a respeito dele, referindo-se aos seus trajes, à forma como ele falava, a fortaleza que ele era, um profeta. Uma lâmpada ardente e luminosa. (João, 5:35)

É nessa hora que o Mestre afirma ser ele o Elias que as Escrituras estabeleciam deveria vir antes do Cristo. Viera e não fora reconhecido, naturalmente por se encontrar em um corpo diferente, com aparência diferente e ter um discurso muito específico: o de aplainar as veredas, preparar os caminhos do Senhor.

Em eloquente elogio ao precursor, afirma Jesus que, dentre os filhos da Humanidade, naquele tempo, ele era o maior, embora o menor no reino dos céus fosse maior do que ele.

Afirmava-lhe, assim, a grandeza, do quanto ele já conquistara em louros de virtude e de saber, ao mesmo tempo dizendo que longo caminho deveria percorrer até alcançar a culminância da perfeição.

Mas, foi no seu aniversário que Herodes, fascinado pela beleza e graça da filha de Herodíades, lhe atenderá ao desejo, e mandará servir em uma bandeja de prata a cabeça decepada do Batista.

Com consentimento do próprio Herodes, os discípulos de João lhe resgataram o corpo e o sepultaram, indo comunicar o acontecimento a Jesus.

Cumpriam-se as Escrituras. Ele viera, realizara a sua missão e discretamente se retirara. A prisão lhe foi a oportunidade de mais dilatadas reflexões, ouvindo os relatos que lhe eram trazidos, vez que outra, dos ditos e feitos do Messias que ele próprio viera anunciar.

O silêncio que o Precursor fizera ensejava a audição do Messias por toda a Terra, numa nova Era.

quinta-feira, 21 de julho de 2016

DOUTRINÁRIA DE HOJE (21/07 - QUINTA-FEIRA - 20:00): "ESCÂNDALOS" DO LIVRO JESUS E O EVANGELHO À LUZ DA PSICOLOGIA PROFUNDA PELO ESPÍRITO DA SRA. JOANNA DE ÂNGELIS – PALESTRANTE: AMANDA BURGOS

Ev. Cap. VIII - Item 12 Ai do mundo por causa dos escândalos! Mateus, 18:7 
Tudo   aquilo   quanto   violente   o   equilíbrio,   o   estabelecido, constitui  um  escândalo,  uma  irreverência  atentatória  contra  a ordem.  Como  consequência,  os  efeitos  do  ato  danoso produzem ressonância,  desarmonizando  o  indivíduo  e,  com  ele,  o  grupo social no qual se encontra situado.

Por   constituir   um   desequilíbrio   daquele   que   o   pratica,   o escândalo,   sob   o   ponto   de   vista   da   Psicologia   Profunda,   é manifestação da sombra que permanece em vertiginosa expansão no  ser  humano,  gerando  vícios  e  hábitos  mórbidos  que  levam  a desaires  profundamente  perturbadores,  já  que  terminam  por afetar aqueles que lhe compartem a convivência, a afetividade. 

Invariavelmente,  nesse  caso,  é  de  natureza  íntima  e  ninguém toma conhecimento, porque permanece agindo no lado escuro da personalidade,       fomentando       distúrbios       emocionais       e comportamentais   de   variado   porte,   que   se   transformam   em conflitos de consciência quando defrontados com o ético, o social e o espiritual.

Quase sempre o indivíduo mergulhado na sombra, de que tem dificuldade  de  se  libertar,  disfarça  as  imperfeições  projetando  a imagem  irreal  de  um  comportamento  que  está  longe  de  possuir, mas  que  se  torna,  não  raro,  severo  para  com  os  demais  e  muito tolerante para com os próprios erros.

Estabelecida essa transferência psicológica de conduta, passa a viver em torvelinho de paixões e tormento de aflições que procura disfarçar com habilidade. 

quinta-feira, 14 de julho de 2016

DOUTRINÁRIA DE HOJE (14/07 - QUINTA-FEIRA - 20:00): "MANIFESTAÇÕES DEPOIS DA MORTE" DO LIVRO O PROBLEMA DO SER, DO DESTINO E DA DOR DO SR. LÉON DENIS – PALESTRANTE: EMILSON PIAU

"A Natureza não dá saltos" verifica-se mais uma vez. A morte não é um salto; é a separação e não a dissolução dos elementos que constituem o homem terrestre, é a passagem do mundo visível ao mundo invisível, cuja delimitação é puramente arbitrária e devida simplesmente à imperfeição dos nossos sentidos. A vida de cada um de nós no Além é o prolongamento natural e lógico da vida atual, o desenvolvimento da parte invisível do nosso ser. Há concatenação no domínio psíquico, como no domínio físico.


terça-feira, 12 de julho de 2016

DOUTRINÁRIA DE HOJE (12/07 - TERÇA-FEIRA - 20:00): "BOM COMBATE" DO LIVRO JUSTIÇA DIVINA PELO ESPÍRITO SR. EMMANUEL - PALESTRANTE: PAULO DE TARSO

Voltando à Pátria Espiritual, depois da morte, estamos freqüentemente na condição daquele filho pródigo da parábola, de retorno à casa paterna para a bênção do amor.
Emoção do reencontro.

Alegria redescoberta.

Entretanto, em plena festa de luz, quase sempre desempenhamos o papel do conviva do cérebro deslumbrado, trazendo espinhos no coração.

Por fora, é o carinho que nos reúne.

Por dentro, é o remorso que nos fustiga.

Vanguarda que fulgura.

Retaguarda que obscurece.

Êxtase e dor.

Esperança e arrependimento.

Reconhecidos às mãos luminosas que nos afagam, muitos de nós sentimos vergonha das mãos sombrias que oferecemos.

E porque a Lei nos infunde respeito à justiça, aspiramos a debitar a nós próprios o necessário burilamento e a suspirada felicidade.

Rogamos, dessa forma, a reencarnação, à guisa de recomeço, buscando a tarefa que interrompemos e a afeição que traímos, o dever esquecido e o compromisso menosprezado, famintos de reajuste.

Agradece, assim, o lugar de prova em que te sintas.

Corpo doente, companheiro difícil, parente complexo, chefe amargo e dificuldade constante são oportunidades que se renovam.

Todo título exterior é instrumentação de serviço.

A existência terrestre é o bom combate.

Defeito e imperfeição, débito e culpa são inimigos que nos defrontam.

Aperfeiçoamento individual é a única vitória que não se altera.

E, em toda parte, o verdadeiro campo de luta somos nós mesmos.

domingo, 10 de julho de 2016

DOUTRINÁRIA DE HOJE (10/07 - DOMINGO - 16:00): "O JUGO LEVE" DO LIVRO JESUS E O EVANGELHO À LUZ DA PSICOLOGIA PROFUNDA PELO ESPÍRITO DA SRA. JOANNA DE ÂNGELIS – PALESTRANTE: LEANDRO BRESSY


Jesus  humanizado  é  o  grande  médico  das  almas,  que  as conhecendo em profundidade,  apresenta  a  terapia recuperadora, ao    tempo    que    oferece    a    libertadora,    que    evita    novoscomprometimentos.

Conhecendo  a  causalidade  que  desencadearia  as  aflições,  que são consequências funestas das ações anteriores infelizes que as geraram,  propõe  como  recurso  melhor,  para  a  total  liberação  do seu   contingente   perturbador,   a   conquista   da   luz   interna, superando toda a sombra que campeia nas consciências.

Essa claridade incomparável capaz de anular todos os prejuízos e  evitar  novas  projeções  de  sofrimentos  é  o  cultivo  do  amor, 29 sustentado pela oração que se converte em canal de irrigação da energia que procede de Deus e vitaliza a criatura humana.

Com  esse  recurso  incomparável,  a  docilidade  no  trato  com  o semelhante permite que as Forças espirituais que promanam das imarcescíveis regiões da plenitude alcancem a intimidade daquele que  ora,  nele  produzindo  o  milagre  da  harmonia  e  da  claridade interior permanentes.

O  Homem-Jesus,  absolutamente  lúcido  e  conhecedor  do  Selfque  lhe  mantinha  a  organização  humana,  era  todo  luz,  não havendo qualquer espaço sombra, o lado escuro que devesse ser penetrado,  a  fim  de  erradicar  mazelas,  desde  que  o houvera superado  em  experiências  multifárias  nas  Esferas  Superiores  de onde provinha.

Encarnando-se   na   Terra,   não   fugiu   ao   confronto   com as imposições   dominantes   entre   os   Seus   coevos,   mantendo--se imperturbável,   mas   não   insensível   aos   seus   desmandos   e irreflexões,  loucuras  e  infantilidades  evolutivas, razão  por  que procurava  extirpar  do  cerne  das  vidas  que  O  buscavam  os agentes geradores das aflições que as esmagavam, e os levavam à hediondez,  ao  crime,  à  mentira,  ao  ódio,  novos  desencadeadores de futuras inquietações.

O  Seu  fardo  se  fazia  leve,  porque  estruturado  em  claridade diamantina,  sem qualquer  contingente de  tormento,  ensejando o alívio  imediato  ao  penetrar  na  projeção  do  Seu  pensamento irradiante que cindia toda treva.

quinta-feira, 7 de julho de 2016

DOUTRINÁRIA DE HOJE (07/07 - QUINTA-FEIRA - 20:00): "A DESGRAÇA REAL" DO LIVRO JESUS E O EVANGELHO À LUZ DA PSICOLOGIA PROFUNDA PELO ESPÍRITO DA SRA. JOANNA DE ÂNGELIS – PALESTRANTE: LUCIANO CRISPIM

Bem-aventurados os humildes, porque herdarão a terra. Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão fartos. Mateus 5:6
Desgraça é todo acontecimento funesto, desonroso, que aturde e desarticula os sentimentos, conduzindo a estados paroxísticos, desesperadores.

Não somente aqueles que se apresentam trágicos, mas também inúmeros outros que dilaceram o ser íntimo, conspirando contra as  aspirações  do  ideal  e  do  Bem,  da  fraternidade  e da  harmonia íntima.

Chegando   de   surpresa,   estiola   a   alegria,   conduzindo   ao corredor escuro da aflição.

Somente  pode  avaliar  o  peso  de  angústias  aquele  que  lhes experimenta o guante cruel.

Há, no entanto, desgraças e desgraças. As primeiras são as que irrompem    desarticulando    a    emoção    e    desestruturando a existência física e moral da criatura que, não raro, sucumbe ante a  sua  presença;  e  aqueloutras,  que  não  são  identificadas  por  se constituírem  consequências  de  atos  infelizes,  arquitetados  por quem  ora  lhes  padece  os  efeitos  danosos.  Essas,  sim,  são  as desgraças reais.

Há  ocorrências  que  são  enriquecedoras  por  um  momento, trazendo alegrias e benesses, para logo depois se converterem em tormentos e sombras, escassez e loucura. No entanto, quando se é  responsável pela  infelicidade  alheia,  ao  trair-se  a confiança,  ao caluniar-se,  ao  investir-se  contra  os  valores  éticos  do  próximo, semeando  desconforto  ou  sofrimento,  levando-o  ao  poste  do sacrifício,  ou  à  praça  do  ridículo,  a  isso  chamaremos  desgraça real,   porque   o   seu   autor   não   fugirá   da   própria   nem da Consciência Cósmica.

Assim  considerando,  muitos  infortúnios  de  hoje  são bênçãos, pelo   que   resultarão   mais   tarde,   favorecendo   com   paz   e recuperação  o  déspota  e  infrator  de  ontem,  em  processo  de reparação do mal praticado.

Sob  outro  aspecto,  o  prazer  gerado  na  insensatez,  os  ganhos desonestos, as posições de relevo que se fixam no padecimento de outras  vidas,  o  triunfo  que  resulta  de  circunstâncias  más  para outrem,  os  tesouros  acumulados  sobre  a  miséria  alheia,  os sorrisos  da  embriaguez  dos  sentidos,  o  desperdício e  abuso  ante tanta  miséria,  constituem  fatores  propiciadores  de dolorosos efeitos,   portanto,   são   desgraças   inimagináveis,   que   um   dia ressurgirão em copioso pranto, em angústias acerbas, em solidão e  deformidade  de  toda ordem, pela  necessidade  de expungir-se e reeducar-se  no  respeito  às  Leis  soberanas  da  Vida  e  aos  valores humanos desrespeitados.

O Homem-Jesus não poucas vezes chamou a atenção para essa desgraça,  não  considerada,  e  para  a  felicidade,  por  enquanto envolta em problemas, mas única possibilidade de ser fruída por definitivo.

Todos os que choram os famintos e os sequiosos de justiça, os padecentes    de    perseguições,    todos    momentaneamente    em angústia,  logo  mais  receberão  o  quinhão  do  pão,  da paz,  da vitória,   se   souberem   sofrer   com   resignação,   após   haverem resgatado   os   compromissos   infelizes   a   que   se   entregaram anteriormente, e geradores da situação atual aflitiva.

Aqueles,  porém,  que  sorriem  na  loucura  da  posse,  que  se locupletam  sobre  os  bens  da  infâmia  e  da  cobiça,  que  são aplaudidos  pelas  massas  e  anatematizados  pela  consciência, oportunamente  serão  tomados  pelas  lágrimas,  pela  falta,  pelo tormento...

São   inderrogáveis   as   Leis   da   Vida,   constituindo   ordem   e harmonia no Universo.

O  Homem-Jesus,  não  poucas  vezes,  diante  dos  falsamente venturosos,    dominadores    de    um    dia,    assim    como    dos amargurados  e  desditosos,  chorou  o  pranto  da  compaixão  e  da misericórdia,  por  conhecer  as  causas  desencadeadoras  de  uma como  de  outra  conduta,  no  futuro  chegando  ou  no  presente agindo, inexoravelmente.

No Horto das Oliveiras misturou Suas lágrimas com a sudorese sanguinolenta  pela  dor  experimentada  e  por  compaixão  pelos Seus algozes, que não sabiam o que estavam fazendo.


quarta-feira, 6 de julho de 2016

DOUTRINÁRIA DE HOJE (06/07 - QUARTA-FEIRA - 16:00): "PROBLEMAS DO AMOR" DO LIVRO FONTE VIVA PELO ESPÍRITO SR. EMMANUEL - PALESTRANTE: HUMBERTO VASCONCELOS

"...que vosso amor cresça cada vez mais no pleno conhecimento e em todo o discernimento." – Paulo (Filipenses 1:9).

O amor é a força divina do Universo.

É imprescindível, porém, muita vigilância para que não a desviemos na justa aplicação.

Quando um homem se devota, de maneira absoluta, aos seus cofres perecíveis, essa energia, no coração dele, denomina-se "avareza"; quando se atormenta, de modo exclusivo, pela defesa do que possui, julgando-se o centro da vida, no lugar em que se encontra, essa mesma força converte-se nele em "egoísmo"; quando só vê motivos para louvar o que representa, o que sente e o que faz, com manifesto desrespeito pelos valores alheios, o sentimento que predomina em sua órbita chama-se "inveja".

Paulo, escrevendo a amorosa comunidade filipense, formula indicação de elevado alcance. Assegura que "o amor deve crescer, cada vez mais, no conhecimento e no discernimento, a fim de que o aprendiz possa aprovar as coisas que são excelentes" Instruamo-nos, pois. para conhecer.

Eduquemo-nos para discernir.

Cultura intelectual e aprimoramento moral são imperativos da vida, possibilitando-nos a manifestação do amor, no império da sublimação que nos aproxima de Deus.

Atendamos ao conselho apostólico e cresçamos em valores espirituais para a eternidade, porque, muitas vezes, o nosso amor é simplesmente querer e tão-somente com o "querer" é possível desfigurar, impensadamente, os mais belos quadros da vida.


Emmanuel
psicografia de Chico Xavier

domingo, 3 de julho de 2016

DOUTRINÁRIA DE HOJE (03/07- DOMINGO - 16:00): "NA CRUZ" DO LIVRO FONTE VIVA PELO ESPÍRITO SR. EMMANUEL - PALESTRANTE: BALBINA ARRUDA

"Ele salvou a muitos e a si mesmo não pôde salvar-se." - (Mateus, 27:42).
Sim, ele redimira a muitos... Estendera o amor e a verdade, a paz e a luz, levantara enfermos e ressuscitara mortos.

Entretanto, para ele mesmo erguia-se a cruz entre ladrões.

Em verdade, para quem se exaltara tanto, para quem atingira o pináculo, sugerindo indiretamente a própria condição de Redentor e Rei, a queda era enorme...

Era o Príncipe da Paz e achava-se vencido pela guerra dos interesses inferiores.

Era o Salvador e não se salvava.

Era o Justo e padecia a suprema injustiça.

Jazia o Senhor flagelado e vencido.

Para o consenso humano era a extrema perda.

Caíra, todavia, na cruz.

Sangrando, mas de pé.

Supliciado, mas de braços abertos.

Relegado ao sofrimento, mas suspenso da Terra.

Rodeado de ódio e sarcasmo, mas de coração içado ao Amor.

Tombara, vilipendiado e esquecido, mas, no outro dia, transformava a própria dor em glória divina. Pendera-lhe a fronte, em pastada de sangue, no madeiro, e ressurgia, à luz do sol, ao hálito de um jardim.

Convertia-se a derrota escura em vitória resplandecente.

Cobria-se o lenho afrontoso de claridades celestiais para a Terra inteira.

Assim também ocorre no círculo de nossas vidas.

Não tropeces no fácil triunfo ou na auréola barata dos crucificadores.

Toda vez que as circunstâncias te compelirem a modificar o roteiro da própria vida, prefere o sacrifício de ti mesmo, transformando a tua dor em auxílio para muitos, porque todos aqueles que recebem a cruz, em favor dos semelhantes, descobrem o trilho da eterna ressurreição.

Emmanuel
psicografia de Chico Xavier