Terceira
Parte As Potências da Alma
XX A
vontade
O estudo do ser, a que
consagramos a primeira parte desta obra, deixou-nos entrever a poderosa rede de
forças, de energias ocultas em nós. Mostrou-nos que todo o nosso futuro, em seu
desenvolvimento ilimitado, lá está contido no gérmen. As causas da felicidade
não se acham em lugares determinados no espaço; estão em nós, nas profundezas
misteriosas da alma, o que é confirmado por todas as grandes doutrinas. “O
reino dos céus está dentro de vós”, disse o Cristo. O mesmo pensamento está por
outra forma expresso nos Vedas: “Tu trazes em ti um amigo sublime que não
conheces.” A sabedoria persa não é menos afirmativa: “Vós viveis no meio de
armazéns cheios de riquezas e morreis de fome à porta.” (Suffis Ferdousis).
Todos os grandes ensinamentos concordam neste ponto: É na vida íntima, no
desabrochar de nossas potências, de nossas faculdades, de nossas virtudes, que
está o manancial das felicidades futuras. Olhemos atentamente para o fundo de
nós mesmos, fechemos nosso entendimento às coisas externas e, depois de
havermos habituado nossos sentidos psíquicos à escuridade e ao silêncio,
veremos surgir luzes inesperadas, ouviremos vozes fortificantes e consoladoras.
Mas, há poucos homens que saibam ler em si, que saibam explorar as jazidas que
encerram tesouros inestimáveis. Gastamos a vida em coisas banais, improfícuas;
percorremos o caminho da existência sem nada saber de nós mesmos, das riquezas
psíquicas, cuja valorização nos proporcionaria gozos inumeráveis. Há em toda
alma humana dois centros ou, melhor, duas esferas de ação e expressão. Uma
delas, a exterior, manifesta a personalidade, o “eu”, com suas paixões, suas
fraquezas, sua mobilidade, sua insuficiência. Enquanto ela for a reguladora de
nosso proceder, teremos a vida inferior, semeada de provações e males. A outra,
interna, profunda, imutável, é, ao mesmo tempo, a sede da consciência, a fonte
da vida espiritual, o templo de Deus em nós. É somente quando esse centro de
ação domina o outro, quando suas impulsões nos dirigem, que se revelam nossas potências
ocultas e que o Espírito se afirma em seu brilho e beleza. É por ele que
estamos em comunhão com “o Pai que habita em nós”, segundo as palavras do
Cristo, com o Pai que é o foco de todo o amor, o princípio de todas as ações.
Por um desses centros perpetuamo-nos em mundos materiais, onde tudo é
inferioridade, incerteza e dor; pelo outro temos entrada nos mundos celestes,
onde tudo é paz, serenidade, grandeza. Somente pela manifestação crescente do
Espírito divino em nós chegaremos a vencer o “eu” egoísta, a associar-nos
plenamente à obra universal e eterna, a criar uma vida feliz e perfeita. Por
que meio poremos em movimento as potências internas e as orientaremos para um
ideal elevado? Pela vontade! Os usos persistentes, tenazes, dessa faculdade soberana permitir-nos-á
modificar a nossa natureza, vencer todos os obstáculos, dominar a matéria, a
doença e a morte. É pela vontade que dirigimos nossos pensamentos para um alvo
determinado. Na maior parte dos homens os pensamentos flutuam sem cessar. Sua
mobilidade constante e sua variedade infinita oferecem limitado acesso às
influências superiores. É preciso saber se concentrar, colocar o pensamento
acorde com o pensamento divino. Então, a alma humana é fecundada pelo Espírito
divino, que a envolve e penetra, tornando-a apta a realizar nobres tarefas,
preparando-a para a vida do espaço, cujos esplendores ela começa fracamente a
entrever desde este mundo. Os Espíritos elevados vêem e ouvem os pensamentos
uns dos outros, com os quais são harmonias penetrantes, ao passo que os nossos
são, as mais das vezes, somente discordâncias e confusão. Aprendamos, pois, a
servir-nos de nossa vontade e, por ela, a unir nossos pensamentos a tudo o que
é grande, à harmonia universal, cujas vibrações enchem o espaço e embalam os
mundos. * A vontade é a maior de todas as potências; é, em sua ação, comparável
ao ímã. A vontade de viver, de desenvolver em nós a vida, atrai-nos novos
recursos vitais; tal é o segredo da lei de evolução. A vontade pode atuar com
intensidade sobre o corpo fluídico, ativar-lhe as vibrações e, dessa forma,
apropriá-lo a um modo cada vez mais elevado de sensações, prepará-lo para mais
alto grau de existência. O princípio de evolução não está na matéria, está na
vontade, cuja ação tanto se estende à ordem invisível das coisas como à ordem
visível e material. Esta é simplesmente a conseqüência daquela. O princípio
superior, o motor da existência, é a vontade. A vontade divina é o supremo
motor da vida universal. O que importa, acima de tudo, é compreender que
podemos realizar tudo no domínio psíquico; nenhuma força permanece estéril
quando se exerce de maneira constante, visando alcançar um desígnio conforme ao
direito e à justiça. É o que se dá com a vontade; ela pode agir tanto no sono
como na vigília, porque a alma valorosa, que para si mesma estabeleceu um
objetivo, procura-o com tenacidade em ambas as fases de sua vida e determina
assim uma corrente poderosa, que mina devagar e silenciosamente todos os
obstáculos. Com a preservação dá-se o mesmo que com a ação. A vontade, a
confiança e o otimismo são outras tantas forças preservadoras, outros tantos
baluartes opostos em nós a toda causa de desassossego, de perturbação, interna
e externa. Bastam, às vezes, por si sós, para desviar o mal; ao passo que o
desânimo, o medo e o mau-humor nos desarmam e nos entregam a ele sem defesa. O
simples fato de olharmos de frente para o que chamamos o mal, o perigo, a dor,
a resolução de os afrontarmos, de os vencermos, diminuem-lhes a importância e o
efeito. Os americanos têm, com o nome de mind cure (cura mental) ou ciência
cristã, aplicado esse método à terapêutica e não se pode negar que os
resultados obtidos são consideráveis. Esse método resume-se na fórmula seguinte:
“O pessimismo enfraquece; o otimismo fortalece.” Consiste na eliminação gradual
do egoísmo, na união completa com a Vontade Suprema, causa das forças
infinitas. Os casos de cura são numerosos e apóiam-se em testemunhos
irrecusáveis. Na ordem física, por exemplo, não se destroem os infusórios,
os infinitamente pequenos, que vivem e se multiplicam em nós; mas se ganham
forças para melhor lhes resistir. Da De resto, foi esse – em todos os tempos e
com formas diversas – o princípio da saúde física e moral. mesma forma, nem
sempre é possível, na ordem moral, afastar as vicissitudes da sorte, mas se
pode adquirir força bastante para suportá-las com alegria, sobrepujá-las com
esforço mental, dominá-las por tal forma que percam todo o aspecto ameaçador,
para se transformarem em auxiliares de nosso progresso e de nosso bem. Em outra
parte demonstramos, apoiando-nos em fatos recentes, o poder da alma sobre o
corpo na sugestão e auto-sugestão.
Limitar-nos-emos a lembrar outros exemplos
ainda mais concludentes. Louise Lateau, a estigmatizada de Bois-d'Haine, cujo
caso foi estudado por uma comissão da Academia de Medicina da Bélgica, fazia,
meditando sobre a Paixão do Cristo, correr à vontade o sangue dos seus pés,
mãos e lado esquerdo. A hemorragia durava muitas horas. Pierre Janet
observou casos análogos na Salpêtrière, em Paris. Uma extática apresentava
estigmas nos pés quando lhos metiam num aparelho. Louis Vivé, em suas
crises, a si mesmo dava ordem de sangrar-se em horas determinadas e o fenômeno
produzia-se com exatidão. Encontra-se a mesma ordem de fatos em certos sonhos,
bem como nos fenômenos chamados “noevi” ou sinais de nascença.196 Em todos os
domínios da observação, achamos a prova de que a vontade impressiona a matéria
e pode submetê-la a seus desígnios. Essa lei manifestas-se com mais intensidade
ainda no campo da vida invisível. É em virtude das mesmas regras que os
Espíritos criam as formas e os atributos que nos permitem reconhecê- los nas
sessões de materialização. Pela vontade criadora dos grandes Espíritos e, acima
de tudo, do Espírito divino, uma vida repleta de maravilhas desenvolve-se e se
estende, de degrau em degrau, até ao infinito, nas profundezas do céu, vida
incomparavelmente superior a todas as maravilhas criadas pela arte humana e
tanto mais perfeita quanto mais se aproxima de Deus. Se o homem conhecesse a
extensão dos recursos que nele germinam, talvez ficasse deslumbrado e, em vez
de se julgar fraco e temer o futuro, compreenderia a sua força, sentiria que
ele próprio pode criar esse futuro. Cada alma é um foco de vibrações que a
vontade põe em movimento. Uma sociedade é um agrupamento de vontades que,
quando estão unidas, concentradas num mesmo fito, constituem centro de forças
irresistíveis. As humanidades são focos ainda mais poderosos, que vibram
através da imensidade. Pela educação e exercício da vontade, certos povos
chegam a resultados que parecem prodígios. A energia mental, o vigor de
espírito dos japoneses, seu desprezo pela dor, sua impassibilidade diante da
morte, causaram pasmo aos ocidentais e foram para eles uma espécie de
revelação. O japonês habitua-se desde a infância a dominar suas impressões, a
nada deixar trair dos desgostos, das decepções, dos sentimentos por que passa,
a ficar impenetrável, a não se queixar nunca, a nunca se encolerizar, a receber
sempre com boa cara os reveses. Tal educação retempera os ânimos e assegura a
vitória em todos os terrenos. Na grande tragédia da existência e da História, o
heroísmo representa o papel principal e é a vontade que faz os heróis. Esse
estado de espírito não é privilégio dos japoneses. Os hindus chegam também, com
o emprego do que eles chamam a hatha-yoga, ou exercício da vontade, a suprimir
em si o sentimento da dor física.
Numa conferência feita no Instituto
Psicológico de Paris e que Les Annales des Sciences Psychiques, de novembro de
1906, reproduziram, Annie Besant cita vários casos notáveis devidos a essas
práticas persistentes. Um hindu possuirá bastante poder de vontade para
conservar um braço erguido até se atrofiar. Outro deitar-se-á numa cama eriçada
de pontas de ferro sem sentir nenhuma dor. Encontra-se mesmo esse poder em
pessoas que não praticaram a hatha-yoga. A conferencista cita o caso de um de
seus amigos que, tendo ido à caça do tigre e tendo recebido, por causa da
imperícia de um caçador, uma bala na coxa, recusou submeter-se à ação do
clorofórmio para a extração do projétil, afirmando ao cirurgião que teria
suficiente domínio sobre si mesmo para ficar imóvel e impassível durante a
operação. Esta efetuou-se; o ferido tinha plena consciência de si mesmo e não
fez um só movimento. “O que para outro teria sido uma tortura atroz, nada era
para ele; havia fixado sua consciência na cabeça e nenhuma dor sentira. Sem ser
yogui, possuía o poder de concentrar a vontade, poder que, nas Índias, se
encontra freqüentemente.” Pelo que se acaba de ler, pode-se julgar quão
diferente dos nossos são a educação mental e o objetivo dos asiáticos. Tudo,
neles, tende a desenvolver o homem interior, sua vontade, sua consciência, à
vista dos vastos ciclos de evolução que se lhes abrem, enquanto o europeu
adota, de preferência, como objetivo, os bens imediatos, limitados pelo círculo
da vida presente. Os alvos em que se põe à mira nos dois casos são diferentes;
e essa divergência resulta da concepção essencialmente diferente do papel do
ser no universo. Os asiáticos consideraram por muito tempo, com um espanto
misturado de piedade, nossa agitação febril, nossa preocupação pelas coisas
contingentes e sem futuro, nossa ignorância das coisas estáveis, profundas,
indestrutíveis, que constituem a verdadeira força do homem. Daí o contraste
surpreendente que oferecem as civilizações do Oriente e do Ocidente. A
superioridade pertence evidentemente à que abarca mais vasto horizonte e se
inspira nas verdadeiras leis da alma e de seu futuro. Pode ter parecido
atrasada aos observadores superficiais, enquanto as duas civilizações fizeram
paralelamente sua evolução, sem que entre uma e outra houvesse choques
excessivos. Mas, desde que as necessidades da existência e a pressão crescente
dos povos do Ocidente forçaram os asiáticos a entrar na corrente dos progressos
modernos – tal é o caso dos japoneses –, pode-se ver que as qualidades
eminentes dessa raça, manifestando-se no domínio material, podiam assegurarlhes
igualmente a supremacia. Se esse estado de coisas se acentuar, como é de
recear, se o Japão conseguir arrastar consigo todo o Extremo Oriente, é
possível que mude o eixo da dominação do mundo e passe de uma raça para outra,
principalmente se a Europa persistir em não se interessar pelo que constitui o
mais alto objetivo da vida humana e em contentarse com um ideal inferior e
quase bárbaro. Mesmo restringindo o campo de nossas observações à raça branca,
aí vamos verificar também que as nações de vontade mais firme, mais tenaz, vão
pouco a pouco tomando predomínio sobre as outras. É o que se dá com os povos
anglo-saxônios e germânicos. Estamos vendo o que a Inglaterra tem podido
realizar, através dos tempos, para execução de seu plano de ação. A Alemanha,
com seu espírito de método e continuidade, soube criar e manter uma poderosa
coesão em detrimento de seus vizinhos, não menos bem dotados do que ela, mas
menos resolutos e perseverantes. A América do Norte prepara também para si um
grande lugar no concerto dos povos. A França é, pelo contrário, uma nação de
vontade fraca e volúvel. Os franceses passam de uma idéia a outra com extrema mobilidade
e a esse defeito não são estranhas as vicissitudes de sua História. Seus
primeiros impulsos são admiráveis, vibrantes de entusiasmo.
Mas, se com facilidade empreendem
uma obra, com a mesma facilidade a abandonam, quando o pensamento já a vai
edificando e os materiais se vão reunindo silenciosamente ao seu derredor. Por
isso o mundo apresenta, por toda parte, vestígios meio apagados de sua ação
passageira, de seus esforços depressa interrompidos. Além disso, o pessimismo e
o materialismo, que cada vez mais se alastram entre eles, tendem também a
amesquinhar as qualidades generosas de sua raça. O positivismo e o agnosticismo
trabalham sistematicamente para apagar o que restava de viril na alma francesa;
e os recursos profundos do espírito francês atrofiam-se por falta de uma
educação sólida e de um ideal elevado. Aprendamos, pois, a criar uma “vontade
de potência”, de natureza mais elevada do que a sonhada por Nietzsche.
Fortaleçamos em torno de nós os espíritos e os corações, se não quisermos ver
nossas sociedades votadas à decadência irremediável. * Querer é poder! O poder da
vontade é ilimitado. O homem, consciente de si mesmo, de seus recursos
latentes, sente crescerem suas forças na razão dos esforços. Sabe que tudo o
que de bem e bom desejar há de, mais cedo ou mais tarde, realizar-se
inevitavelmente, ou na atualidade ou na série das suas existências, quando seu
pensamento se puser de acordo com a Lei divina. E é nisso que se verifica a
palavra celeste: “A fé transporta montanhas.” Não é consolador e belo poder
dizer: “Sou uma inteligência e uma vontade livres; a mim mesmo me fiz,
inconscientemente, através das idades; edifiquei lentamente minha
individualidade e liberdade e agora conheço a grandeza e a força que há em mim.
Amparar-me-ei nelas; não deixarei que uma simples dúvida as empane por um
instante sequer e, fazendo uso delas com o auxílio de Deus e de meus irmãos do
espaço, elevar-me-ei acima de todas as dificuldades; vencerei o mal em mim;
desapegar-me-ei de tudo o que me acorrenta às coisas grosseiras para levantar o
vôo para os mundos felizes!” Vejo claramente o caminho que se desenrola e que
tenho de percorrer. Esse caminho atravessa a extensão ilimitada e não tem fim;
mas, para guiar-me na estrada infinita, tenho um guia seguro – a compreensão da
lei de vida, progresso e amor que rege todas as coisas; aprendi a conhecer-me,
a crer em mim e em Deus. Possuo, pois, a chave de toda elevação e, na vida
imensa que tenho diante de mim, conservar-me-ei firme, inabalável na vontade de
enobrecer-me e elevar-me, cada vez mais; atrairei, com o auxílio de minha
inteligência, que é filha de Deus, todas as riquezas morais e participarei de
todas as maravilhas do Cosmo. Minha vontade chama-me: “Para frente, sempre para
frente, cada vez mais conhecimento, mais vida, vida divina!” E com ela
conquistarei a plenitude da existência, construirei para mim uma personalidade
melhor, mais radiosa e amante. Saí para sempre do estado inferior do ser
ignorante, inconsciente de seu valor e poder; afirmo-me na independência e
dignidade de minha consciência e estendo a mão a todos os meus irmãos, dizendo-lhes:
Despertai de vosso pesado sono; rasgai o véu material que vos envolve, aprendei
a conhecer-vos, a conhecer as potências de vossa alma e a utilizá-las. Todas as
vozes da Natureza, todas as vozes do espaço vos bradam: “Levantai-vos e
marchai! Apressai-vos para a conquista de vossos destinos!” A todos vós que
vergais ao peso da vida, que, julgando-vos sós e fracos, vos entregais à
tristeza, ao desespero, ou que aspirais ao nada, venho dizer: “O nada não
existe; a morte é um novo nascimento, um encaminhar para novas tarefas, novos
trabalhos, novas colheitas; a vida é uma comunhão universal e eterna que liga
Deus a todos os seus filhos.”
A vós todos, que vos credes
gastos pelos sofrimentos e decepções, pobres seres aflitos, corações que o
vento áspero das provações secou; Espíritos esmagados, dilacerados pela roda de
ferro da adversidade, venho dizer-vos: “Não há alma que não possa renascer,
fazendo brotar novas florescências. Basta-vos querer para sentirdes o despertar
em vós de forças desconhecidas. Crede em vós, em vosso rejuvenescimento em
novas vidas; crede em vossos destinos imortais. Crede em Deus, Sol dos sóis,
foco imenso, do qual brilha em vós uma centelha, que se pode converter em chama
ardente e generosa! “Sabei que todo homem pode ser bom e feliz; para vir a
sê-lo basta que o queira com energia e constância. A concepção mental do ser,
elaborada na obscuridade das existências dolorosas, preparada pela vagarosa
evolução das idades, expandir-se-á à luz das vidas superiores e todos
conquistarão a magnífica individualidade que lhes está reservada. “Dirigi
incessantemente vosso pensamento para esta verdade: podeis vir a ser o que
quiserdes. E sabei querer ser cada vez maiores e melhores. Tal é a noção do
progresso eterno e o meio de realizá-lo; tal é o segredo da força mental, da
qual emanam todas as forças magnéticas e físicas. Quando tiverdes conquistado
esse domínio sobre vós mesmos, não mais tereis que temer os retardamentos nem
as quedas, nem as doenças, nem a morte; tereis feito de vosso “eu” inferior e
frágil uma alta e poderosa individualidade!”