SOBRE NÓS :

VISÃO: Ser uma Instituição voltada para a excelência nos estudos da Doutrina Espírita, visando com isso atender, de uma forma humanitária, a todos que necessitem.

MISSÃO: Exercer o que preconiza a Doutrina Espírita, visando auxiliar na mudança individual do ser, como também, do coletivo.

Redirecionamento

quinta-feira, 30 de junho de 2016

DOUTRINÁRIA DE HOJE (30/06- QUINTA-FEIRA - 20:00): "SEMENTEIRA E CONSTRUÇÃO" DO LIVRO FONTE VIVA PELO ESPÍRITO SR. EMMANUEL - PALESTRANTE: EMILSON PIAU

"Porque nós somos cooperadores de Deus; vós sois lavoura de Deus e edifício de Deus." - Paulo. (I Coríntios, 3: 9).
Asseverando Paulo a sua condição de cooperador de Deus e designando a lavoura e o edifício do Senhor nos seguidores e beneficiários do Evangelho que o cercavam, traçou o quadro espiritual que sempre existirá na Terra em aperfeiçoamento, entre os que conhecem e os que ignoram a verdade divina.

Se já recebemos da Boa Nova a lâmpada acesa para a nossa jornada, somos compulsoriamente considerados colaboradores do ministério de Jesus, competindo-nos a sementeira e a construção dele em todas as criaturas que nos partilham a estrada.

Conhecemos, pois, na essência, qual o serviço que a Revelação nos indica, logo nos aproximemos da luz cristã. 

Se já guardamos a bênção do Mestre, cabe-nos restaurar o equilíbrio das correntes da vida, onde permanecemos, ajudando aos que se desajudam, enxergando algo para os que jazem cegos e ouvindo alguma coisa em proveito dos que permanecem surdos, a fim de que a obra do Reino Divino cresça, progrida e santifique toda a Terra.

O serviço é de plantação e edificação, reclamando esforço pessoal e boa-vontade para com todos, porquanto, de conformidade com a própria simbologia do apóstolo, o vegetal pede tempo e carinho para desenvolver-se e a casa sólida não se ergue num dia.

Em toda parte, porém, vemos pedreiros que clamam contra o peso do tijolo e da areia e cultivadores que detestam as exigências de adubo e proteção à planta frágil.

O ensinamento do Evangelho, contudo, não deixa margem a qualquer dúvida. 

Se já conheces os benefícios de Jesus, és colaborador dele, na vinha do mundo e na edificação do espírito humano para a Eternidade.

Avança na tarefa que te foi confiada e não temas. Se a fé representa a nossa coroa de luz, o trabalho em favor de todos é a nossa bênção de cada dia.

Emmanuel
psicografia de Chico Xavier

quarta-feira, 29 de junho de 2016

DOUTRINÁRIA DE HOJE (29/06 - QUARTA FEIRA - 16:00): "A AFABILIDADE E A DOUÇURA" DO EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO - PALESTRANTE: APARECIDA MORATO

A benevolência para com os semelhantes, fruto do amor ao próximo, produz a afabilidade e a doçura, que são a sua manifestação. Entretanto, nem sempre se deve fiar nas aparências, pois a educação e o traquejo do mundo podem dar o verniz dessas qualidades. Quantos há, cuja fingida bonomia é apenas uma máscara para uso externo, uma roupagem cujo corte bem calculado disfarça as deformidades ocultas! O mundo está cheio de pessoas que trazem o sorriso nos lábios e o veneno no coração; que são doces, contanto que ninguém as moleste, mas que mordem à menor contrariedade; cuja língua, doirada quando falam face a face, se transforma em dardo venenoso, quando falam por trás.
A essa classe pertencem ainda esses homens que são benignos fora de casa, mas tiranos domésticos, que fazem a família e os subordinados suportarem o peso do seu orgulho e do seu despotismo, como para compensar o constrangimento a que se submetem lá fora. Não ousando impor sua autoridade aos estranhos, que os colocariam no seu lugar, querem pelo menos ser temidos pelos que não podem resistir-lhes. Sua vaidade se satisfaz com o poderem dizer: “Aqui eu mando e sou obedecido”, sem pensar que poderiam acrescentar, com mais razão: “E sou detestado”.

Não basta que os lábios destilem leite e mel, pois se o coração nada tem com isso, trata-se de hipocrisia. Aquele cuja afabilidade e doçura não são fingidas, jamais se desmente. É o mesmo para o mundo ou na intimidade, e sabe que se podem enganar os homens pelas aparências, não podem enganar a Deus.   

terça-feira, 28 de junho de 2016

DOUTRINÁRIA DE HOJE (28/06- TERÇA-FEIRA - 20:00): "CAIR E LEVANTAR" DO LIVRO MINUTOS COM CHICO XAVIER DE JOSÉ CARLOS DE LUCCA – PALESTRANTE: UZELI AMORIM

Talvez, ao se deparar com esta página, você esteja caído de alguma forma. Caído em um leito, vítima de enfermidade atroz. Caído no cárcere, condenado ao desespero. Caído em culpas, preso ao julgamento da própria consciência. Caído na solidão pelo abandono do ser amado. Caído na saudade pela partida de um ente amado. Caído no fracasso por uma oportunidade que se perdeu.


Seja qual for o motivo de nos encontrarmos caídos no chão da inércia ou do desespero, a lição que Chico Xavier nos oferece é a de nos levantarmos o mais depressa possível. Isso porque, se nós permanecermos caídos, nada faremos em prol de nós mesmos.

O momento da queda não simboliza o que somos, nem retrata o fim de nossa vida. É apenas uma fotografia que registra um determinado momento, mas que não define as próximas cenas que irão compor o filme de nossa existência.

Não deixemos que nossa vida pare naquela fotografia. Não fiquemos estacionados na mágoa, na culpa, na vergonha, no desespero e no medo de viver. Voltemos para a vida. Deixemos o filme rolar, partamos para outras fotografias, novas cenas, pois isso somente acontecerá se nos levantarmos com ânimo e fé.

Qualquer queda pode representar dor e vergonha para qualquer um de nós. No entanto, no estágio evolutivo em que nos encontramos no planeta, somente Jesus teve pernas, suficientemente, fortes para não cair moralmente. As nossas são pernas ainda fracas que as quedas visam fortalecer.

Jesus está com as mãos estendidas para nós, convidando-nos a levantar agora mesmo. Não esperemos pela vontade. Façamos o que precisa ser feito, que a vontade vem sempre depois.

quarta-feira, 22 de junho de 2016

DOUTRINÁRIA DE HOJE (22/06 - QUARTA-FEIRA - 16:00): "ESTÁS DOENTE?" DO LIVRO FONTE VIVA PELO ESPÍRITO SR. EMMANUEL - PALESTRANTE: ANTONIO CARLOS MELO

"E a oração da fé salvará o doente, e o Senhor o levantará," - Tiago, 5:15.
Todas as criaturas humanas adoecem, todavia, são raros aqueles que cogitam de cura real.

Se te encontras enfermo, não acredites que a ação medicamentosa, através da boca ou dos poros, te possa restaurar integralmente.

O comprimido ajuda, a injeção melhora, entretanto, nunca te esqueças de que os verdadeiros males procedem do coração.

A mente é fonte criadora.

A vida, pouco a pouco, plasma em torno de teus passos aquilo que desejas.

De que vale a medicação exterior, se prossegues triste, acabrunhado ou insubmisso?

De outras vezes, pedes o socorro de médicos humanos ou de benfeitores espirituais, mas, ao surgirem as primeiras melhoras, abandonas o remédio ou o conselho salutar e voltas aos mesmos abusos que te conduziram à enfermidade.

Como regenerar a saúde, se perdes longas horas na posição da cólera ou do desânimo? 

A indignação rara, quando justa e construtiva no interesse geral, é sempre um bem, quando sabemos orientá-la em serviços de elevação; contudo, a indignação diária, a propósito de tudo, de todos e de nós mesmos, é um hábito pernicioso, de consequências imprevisíveis.

O desalento, por sua vez, é clima anestesiante, que entorpece e destrói.

E que falar da maledicência ou da inutilidade, com as quais despendes tempo valioso e longo em conversação infrutífera, extinguindo as tuas forças?

Que gênio milagroso te doará o equilíbrio orgânico, se não sabes calar, nem desculpar, se não ajudas, nem compreendes, se não te humilhas para os desígnios superiores, nem procuras harmonia com os homens?

Por mais se apressem socorristas da Terra e do Plano Espiritual, em teu favor, devoras as próprias energias, vítima imprevidente do suicídio indireto.

Se estás doente, meu amigo... acima de qualquer medicação, aprende a orar e a entender, a auxiliar e a preparar o coração para Grande Mudança.

Desapega-te de bens transitórios que te foram emprestados pelo Poder Divino, de acordo com a Lei do Uso, e lembra-te de que serás, agora ou depois, reconduzido à Vida Maior, onde encontramos sempre a própria consciência.

Foge à brutalidade.

Enriquece os teus fatores de simpatia pessoal, pela prática do amor fraterno.

Busca a intimidade com a sabedoria, pelo estudo e pela meditação.

Não manches teu caminho.

Serve sempre.

Trabalha na extensão do bem.

Guarda lealdade ao ideal superior que te ilumina o coração e permanece convicto de que se cultivas a oração da fé viva, em todos os teus passos, aqui ou além, o Senhor te levantará.


Emmanuel
psicografia de Chico Xavier

terça-feira, 21 de junho de 2016

DOUTRINÁRIA DE HOJE (21/06- TERÇA-FEIRA - 20:00): "LAVRADORES" DO LIVRO FONTE VIVA PELO ESPÍRITO SR. EMMANUEL - PALESTRANTE: LUIS SÉRGIO

"O lavrador que trabalha deve ser o primeiro a gozar dos frutos." - Paulo. (II Timóteo, 2:6.)
Há lavradores de toda classe.

Existem aqueles que compram o campo e expiaram-no, através de rendeiros suarentos, sem nunca tocarem o solo com as próprias mãos.

Encontramos em muitos lugares os que relegam a enxada à ferrugem, cruzando os braços e imputando à chuva ou ao solo fracasso da sementeira que não vigiam.

Somos defrontados por muitos que fiscalizam a plantação dos vizinhos, sem qualquer atenção para com os trabalhos que lhes dizem respeito.

Temos diversos que falam despropositadamente com referência a inutilidades mil, enquanto vermes destruidores aniquilam as flores frágeis.

Vemos numerosos acusando a terra como incapaz de qualquer produção, mas negando à gleba que lhes foi confiada a bênção da gota d’água e o socorro do adubo.

Observamos muitos que se dizem possuídos pela dor de cabeça, pelo resfriado ou pela indisposição e perdem a sublime oportunidade de semear.

A Natureza, no entanto. retribui a todos eles com o desengano, a dificuldade, a negação e o desapontamento.

Mas o agricultor que realmente trabalha, cedo recolhe a graça do celeiro farto.

E assim ocorre na lavoura do espírito.

Ninguém logrará o resultado excelente, sem esforçar-se, conferindo à obra do bem o melhor de si mesmo.

Paulo de Tarso. escrevendo numa época de senhores e escravos, de superficialidade e favoritismo, não nos diz que o semeador distinguido por César ou mais endinheirado seria o legítimo detentor da colheita, mas asseverou, com indiscutível acerto, que o lavrador dedicado às próprias obrigações será o primeiro a beneficiar-se com as vantagens do fruto.

Emmanuel
psicografia de Chico Xavier

segunda-feira, 20 de junho de 2016

Obrigado!!!

Gostaríamos de agradecer imensamente a todos que contribuíram direta ou indiretamente na realização da nossa festa junina na última sexta-feira (17/06). Tenha sido a sua colaboração na organização do evento, na venda ou aquisição de convites ou simplesmente emanando bons pensamentos.

A união faz a força!

Abraços fraternos!

domingo, 19 de junho de 2016

DOUTRINÁRIA DE HOJE (19/06 - DOMINGO - 16:00): "OS BONS ESPÍRITAS" CAP XVII DO EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO - PALESTRANTE: SUZY MOREAU


Muitos, porém, dos que crêem na realidade das manifestações, não compreendem as suas conseqüências nem o seu alcance moral, ou, se os compreendem, não os aplicam a si mesmos. Por que acontece isso? Será por uma falta de precisão da doutrina? Não, porque ela não contém alegorias, nem figuras que possam dar lugar a falsas interpretações. A clareza é a sua própria essência, e é isso que lhe dá força, para que atinja, diretamente a inteligência. Nada tem de mistérios, e seus iniciados não possuem nenhum segredo que seja oculto ao povo.

Seria necessária, então, para compreendê-la, uma inteligência fora do comum? Não, pois vêem-se homens de notória capacidade, que não a compreendem, enquanto inteligências vulgares, até mesmo de jovens que mal saíram da adolescência, apreendem com admirável justeza as suas mais delicadas nuanças. Isso acontece porque a parte, de qualquer maneira, material da ciência, não requer mais do que os olhos para ser observada, enquanto a parte essencial exige um certo grau de sensibilidade, que podemos chamar de maturidade do senso moral, maturidade essa independente da idade e o grau de instrução, porque é inerente ao desenvolvimento, num sentido especial, do espírito encarnado.

Em algumas pessoas, os laços materiais são ainda muito fortes, para que o espírito se desprenda das coisas terrenas. O nevoeiro que as envolve impede-lhes a visão do infinito. Eis por que não conseguem romper facilmente com os seus gostos e os seus hábitos, não compreendendo que possa haver nada melhor do que aquilo que possuem. A crença nos Espíritos é para elas um simples fato, que não modifica pouco ou nada as suas tendências instintivas. Numa palavra, não vêem mais do que um raio de luz, insuficiente para orientá-las e dar-lhes uma aspiração profunda, capaz de modificar-lhes as tendências. Apegam-se mais aos fenômenos do que à moral, que lhes parece banal e monótona. Pedem aos Espíritos que incessantemente as iniciem em novos mistérios, sem indagarem se tornaram dignas de penetrar os segredos do Criador. São, afinal, os espíritas imperfeitos, alguns dos quais estacionam no caminho ou se distanciam dos seus irmãos de crença, porque recuam ante a obrigação de se reformarem, ou porque preferem a companhia dos que participam das suas fraquezas ou das suas prevenções. Não obstante, a simples aceitação da doutrina em princípio é um primeiro passo, que lhes facilitará o segundo, numa outra existência.

Aquele que podemos,com razão, qualificar de verdadeiro e sincero espírita, encontra-se num grau superior de adiantamento moral. O Espírito já domina mais completamente a matéria e lhe dá uma percepção mais clara do futuro; os princípios da doutrina fazem vibrar-lhe as fibras, que nos outros permanecem mudas; numa palavra: foi tocado no coração, e por isso a sua fé é inabalável. Um é como o músico que se comove com os acordes; o outro, apenas ouve os sons. Reconhece-se o verdadeiro espírita pela sua transformação moral e pelos esforços que faz para dominar suas más inclinações. Enquanto um se compraz no seu horizonte limitado, o outro, que compreende a existência de alguma coisa melhor, esforça-se para se libertar, e sempre o consegue, quando dispõe de uma vontade firme.

quinta-feira, 16 de junho de 2016

Vamos lá pessoal! Nosso arraiá será nesta sexta-feira (17/06) a partir das 18:00. Contamos com a presença de todos. Nossa escola precisa muito da sua colaboração, e nada melhor que colaborar se divertindo. Ainda temos convites!!


DOUTRINÁRIA DE HOJE (16/06 - QUINTA-FEIRA - 20:00): "DIVERSIDADE DE MORADAS" DO LIVRO JESUS E O EVANGELHO À LUZ DA PSICOLOGIA PROFUNDA PELO ESPÍRITO DA SRA. JOANNA DE ÂNGELIS – PALESTRANTE: MANOEL MESSIAS

"...Há muitas moradas na casa de meu Pai." - João, (cap. XIV, v. 2)
A ingenuidade medieval explicava que as estrelas fulgurantes no Infinito eram lâmpadas mágicas para iluminarem a noite por misericórdia de Deus. O conceito geocêntrico do Universo expressava o limite imposto pelo grau de desenvolvimento cultural e intelectual dos seres ainda presos aos interesses da sobrevivência em ambiente físico, social, político e religioso hostil e castrador das expressões de liberdade, de conhecimento e de felicidade que sempre se encontram ínsitos nos seres humanos.

Os dogmas perversos naquela cultura ainda primitiva, na qual predominava a força do poder temporal, mesclado com o religioso disfarçado nas sombras coletivas dos dominadores, impediam a compreensão do ensinamento de Jesus que procedia de outras Esferas, portanto, de uma feliz morada que a mente humana de então não dispunha de meios para entender. Vivendo níveis de consciência muito primitivos, em sono e com leves sonhos, não era possível alcançar outros degraus, em razão do conhecimento e do pensamento se deterem nos estágios primitivo e mitológico, que constituíram base para o estabelecimento de alguns princípios religiosos mais compatíveis com as necessidades existenciais relacionando-os interpretativamente com as propostas morais e espirituais neotestamentárias.

Sem recursos para libertara espírito que vivifica da letra que mata, os teólogos mantinham as mentes encarceradas na sujeição às palavras e aos decretos audaciosos de reis e papas dominadores, antes que aos nobres postulados libertadores da consciência livre de peias, conforme Jesus viera ensinar, estabelecendo o primado do Espírito como fundamental para o progresso da Humanidade. A Terra, então, considerada como centro do Universo, era o núcleo fundamental do pensamento cultural e religioso, estabelecendo que o reino dos Céus se desenhava em torno do globo como se fosse também um dos áulicos girando a sua volta, sempre acima, porque abaixo se encontrava o Inferno de punição eterna, compatível com a sombra coletiva encarregada de coibir o desenvolvimento e o comportamento da sociedade.

O homem, escravo de outros homens, mesmo que vivendo em liberdade, encontrava-se-lhes submetido e servil, sem o direito de alcançar a própria identidade confundida nos conflitos ancestrais que o inconsciente coletivo e individual liberava em contínua aflição. A Terra, segundo a mentalidade religiosa daqueles dias, era um vale de lágrimas, um lugar de desterro, naturalmente para alguns - aqueles que eram submetidos indefensos - enquanto aqueloutros que assim se expressavam locupletavam-se nos gozos ou deixavam-se arrebatar pelos conflitos masoquistas em que se consumiam, perdidos nos transtornos emocionais e sexuais que os perturbavam. 

Tornavam-se cruéis, em consequência, impondo castrações dolorosas que ainda remanescem através dos tempos em inúmeras condutas individuais e de diferentes grupos sócio-culturais. A cristologia em que se fundamentava a Igreja antiga e ainda permanece, apesar das atuais conquistas indiscutíveis da astrofísica, considerando Jesus-Deus - em total embriaguez conceptual que se opõe à realidade de Jesus-Homem, Filho e não Pai, não se diluindo no mistério da Santíssima Trindade, próprio ao pensamento mítico ancestral - considerava que essas moradas poderiam ser identificadas como o Paraíso, o Purgatório e o Inferno, para onde eram recambiadas as almas após a morte física de acordo com a sua fidelidade ou o não cumprimento dos postulados evangélicos.

A pobreza e aridez desse pensamento fanático olvidava ou condenava todos os povos nos quais as propostas de Jesus não haviam chegado e onde, por sua vez, predominavam os excelentes ensinos também libertadores de Krishna, Buda, Lao-Tsé, Confúcio, Hermes Trismegisto e muitos outros missionários do Bem e do Amor, cujas vidas expressavam a grandiosa anterioridade de sua procedência. Seus ministérios eram significativos e prenunciavam o momento de Jesus, que lentamente se inscreveria nos tempos afora ampliando aqueles ensinamentos que O precederam.

Na perspectiva da psicologia profunda, todos eles foram libertadores das sombras coletiva e individual, sulcando o solo do ego para deixar que desabrochasse o 'Self' e todas suas implicações na consciência geral. Psicoterapeutas especiais preconizavam o amor e a sabedoria como métodos essenciais para a plenitude, embora sob diferentes colocações que, sem dúvida, conduzem à mesma unidade do pensamento condutor da Divindade.

Intuídos pela percepção extra-sensorial e alcançando o estágio numinoso, contribuíram decisivamente para o adiantamento espiritual de milhões de vidas que se encontravam na ignorância da realidade e alteraram o comportamento geral, deixando marcas especiais de entendimento das Divinas Leis e da Regência do Cosmo.

Disciplinando a vontade mediante experiências psíquicas vivas e intercâmbio seguro com os Espíritos, alcançaram a Realidade e embriagaram-se de alegria no corpo, de que se utilizavam momentaneamente a fim de retornarem ao estado de plenitude definitiva que haviam antegozado.

Na meditação e na educação dos instintos conseguiram desprender-se parcialmente dos elos retentivos da matéria, mesmo enquanto a habitavam, trazendo das Esferas Vivas por onde transitavam as mais belas lições de harmonia e de felicidade, que constituíam motivo e atração para o retorno após a execução dos compromissos vivenciados no mundo.

Jesus o sabia, e denominou-os como ovelhas que não pertencem a este rebanho, referindo-se aos presunçosos contemporâneos que se atribuíam a paternidade divina com desdém pelos demais povos que, certamente teriam outra ascendência, o que constitui um absurdo, partindo-se do pressuposto que Deus é Pai e Criador de tudo e de todos.

A existência terrena deve ser vivenciada com prazer e emoção, face à riqueza de experiências que oferece, auxiliando o Espírito a desenovelar-se das faixas inferiores das paixões. Não se trata do prazer que se afigura como vício, crime ou hediondez, mas da conduta daquele que o frui, não se deixando devorar pelo hedonismo imediatista, mas experienciando o júbilo dos gozos que estimulam ao avanço e compensam os cansaços e desaires dos empreendimentos humanos.

Jesus-Homem não apresentou métodos, técnicas, condutas especiais para conseguir-se o reino. Ele é tudo isso, viveu todas essas expressões, apontando as muitas moradas que existem na Casa do Pai. Referiu-se, indubitavelmente, aos mundos habitados que povoam o Universo, graças aos milhões de galáxias que surgem umas e se consomem outras absorvidas pelos buracos negros, exaltando a incomparável e insuperável glória da Criação.

Quanto mais primitivo o princípio espiritual, mais grosseiro é o mundo em que deve habitar, a fim de experimentar o desabrochar dos conteúdos psíquicos nele jacentes, que se vão desenvolvendo conforme os fatores mesológicos e circunstanciais, guiado pelo fatalismo da evolução que nele existe, ascendendo na escala da evolução e transferindo-se de um para outro conforme a necessidade do seu progresso que jamais se encontra estanque.

Mundos, sim, existem que podem ser considerados infernais, tendo-se em vista as condições de habitabilidade, para onde são recambiados os Espíritos calcetas e renitentes que sintonizam com o seu psiquismo, ali depurando-se dos instintos mais asselvajados, porém, ascendendo depois a outras estâncias purgatoriais, menos severas e mais compatíveis com o programa de desenvolvimento espiritual até alcançar aqueles que são felizes onde não mais existem dores nem vazios existenciais, infortúnios ou ambições inúteis.

O bem e o mal - essa dualidade luz a sombra - em que se debate o Espírito humano, representam o futuro e o passado de cada ser humano no trânsito evolutivo. O primeiro, à luz da psicologia profunda, é o auto-encontro, a liberação do lado escuro plenificado pelo conhecimento da verdade, enquanto o outro são as fixações do trânsito pelos instintos primários, que ainda vicejam nos sentimentos e na conduta, aguardando superação.

Examinando-se o planeta terrestre onde se debatem as forças do bem e do mal, constatamos ser ele uma escola de provas e de depurações cujas lições de aprimoramento ocorrem mediante o império do sofrimento, mas que podem converter-se ao impositivo do amor em conquistas permanentes, felicitadoras.

Na razão direta em que o 'SELF' predomina sobre o ego, e as lições de Jesus são essenciais a essa mudança, a essa superação de paixões, menos materializado se torna o Espírito, que aprende a aspirar mais altas especulações e conquistas ambicionando o infinito. Procedente de outra morada ditosa e superior à terrestre, denominada como reino dos céus, Jesus-Homem, exemplo de amor e de abnegação, sem subterfúgios e com decisão veio convidar as Suas criaturas a seguí-Lo, pois que, somente assim alcançariam Deus pelo conhecimento e pelo sentimento, integrando-se no psiquismo superior que d'Ele dirmana.

Com toda justeza, portanto, considerando a ignorância humana, e elucidando quanto à necessidade da plenitude, explicitou que há muitas moradas na casa de meu Pai, em convite subliminar, ao mesmo tempo direto, para que todos se empenhassem por alcançá-las.

Joanna de Ângelis

quarta-feira, 15 de junho de 2016

DOUTRINÁRIA DE HOJE (15/06 - QUARTA FEIRA - 16:00): "UMA REALEZA TERRESTRE" DO EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO - PALESTRANTE: PIEDADE BRASIL

Quem poderia, melhor do que eu, compreender a verdade destas palavras de Nosso Senhor: Meu reino não é deste mundo? O orgulho me perdeu sobre a Terra. Quem, pois, compreenderia o nada dos reinos do mundo, se eu não o compreendesse? O que foi que eu levei comigo, da minha realeza terrena? Nada, absolutamente nada. E como para tornar a lição mais terrível, ela não me acompanhou sequer até o túmulo! Rainha eu fui entre os homens, e rainha pensei chegar no Reino dos Céus. Mas que desilusão! E que humilhação, quando, em vez de ser ali recebida como soberana, tive de ver acima de mim, mas muito acima, homens que eu considerava pequeninos e os desprezava, por não terem nas veias um sangue nobre! Oh, só então compreendi a fatuidade dos homens e das grandezas que tão avidamente buscamos sobre a Terra!
Para preparar um lugar nesse reino são necessárias à abnegação, a humildade, a caridade, a benevolência para com todos. Não se pergunta o que fostes, que posição ocupastes, mas o bem que fizestes, as lágrimas que enxugastes.

Oh, Jesus! Disseste que teu reino não era deste mundo, porque é necessário sofrer para chegar ao Céu, e os degraus do trono não levam até lá. São os caminhos mais penosos da vida os que conduzem a ele. Procurai, pois o caminho através de espinhos e abrolhos e não por entre as flores!

Os homens correm atrás dos bens terrenos, como se os pudessem guardar para sempre. Mas aqui não há ilusões, e logo eles se apercebem de que conquistaram apenas sombras, desprezando os únicos bens sólidos e duráveis , os únicos que lhes podem abrir as portas dessa morada.

Tende piedade dos que não ganharam o Reino dos Céus. Ajudai-os com as vossas preces, porque a prece aproxima o homem do Altíssimo, é o traço de união entre o Céu e a Terra. Não o esqueçais!

Uma Rainha de França. (Havre, 1863.)

quinta-feira, 9 de junho de 2016

terça-feira, 7 de junho de 2016

DOUTRINÁRIA DE HOJE (07/06- TERÇA-FEIRA - 20:00): "ACORDA E AJUDA" DO LIVRO FONTE VIVA PELO ESPÍRITO SR. EMMANUEL - PALESTRANTE: JERÔNIMO SILVA

"Segue-me e deixa aos mortos o cuidado de enterrar os seus mortos." - Jesus. (Mateus, 8:22).
Jesus não recomendou ao aprendiz deixasse “aos cadáveres o cuidado de enterrar os cadáveres” e sim conferisse "aos mortos ocuidado de enterrar os seus mortos."

Há, em verdade, grande diferença.

O cadáver é carne sem vida, enquanto que um morto é alguém que se ausenta da vida.

Há muita gente que perambula nas sombras da morte sem morrer.

Trânsfugas da evolução, cerram-se entre as paredes da própria mente, cristalizados no egoísmo ou na vaidade, negando-se apartilhar a experiência comum.

Mergulham-se em sepulcros de ouro, de vício, de amargura e ilusão.

Se vitimados pela tentação da riqueza, moram em túmulos de cifrões; se derrotados pelos hábitos perniciosos, encarceram-se em grades de sombra; se prostrados pelo desalento, dormem no pranto da bancarrota moral, e, se atormentados pelas mentiras com queenvolvem a si mesmos, residem sob as lápides, dificilmente permeáveis, dos enganos fatais.

Aprende a participar da luta coletiva.

Sai, cada dia, de ti mesmo, e busca sentir a dor do vizinho, a necessidade do próximo, as angústias de teu Irmão e ajuda quanto possas.

Não te galvanizes na esfera do próprio "eu".

Desperta e vive com todos, por todos e para todos, porque ninguém respira tão-somente para si.

Em qualquer parte do Universo, somos usufrutuários do esforço e do sacrifício de milhões de existências.

Cedamos algo de nós mesmos, em favor dos outros, pelo muito que os outros fazem por nós.

Recordemos, desse modo, o ensinamento do Cristo.

Se encontrares algum cadáver, dá-lhe a bênção da sepultura, na relação das tuas obras de caridade mas, em se tratando da jornada espiritual, deixa sempre "aos mortos o cuidado de enterrar os seus mortos."

Emmanuel
psicografia de Chico Xavier

domingo, 5 de junho de 2016

DOUTRINÁRIA DE HOJE (05/06 - DOMINGO - 16:00): "CARACTERES DA PERFEIÇÃO" CAP XVII DO EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO - PALESTRANTE: NILSOM ALMEIDA

Mas eu vos digo: Amai os vossos inimigos, fazei bem ao que vos tem ódio, e orai pelos que vos perseguem e caluniam. Para serdes filhos de vosso Pai que está nos Céus; o qual faz nascer o seu sol sobre bons e maus, e vir chuva sobre justos e injustos. Porque se vós não amais senão os que vos amam, que recompensas haveis de ter? Não faz os publicanos também o mesmo? E se vós saudardes somente os vossos irmãos, que fazeis nisso de especial? Não fazem também assim os gentios? Sede vós logo perfeitos, como também vosso Pai celestial é perfeito. (Mateus, V: 44 e 46-48).

Desde que Deus possui a perfeição infinita em todas as coisas, esta máxima: “Sede perfeitos, como vosso Pai celestial é perfeito”, tomada ao pé da letra, faria supor a possibilidade de atingirmos a perfeição absoluta. Se fosse dado à criatura ser tão perfeita quanto o seu próprio Criador, ela o igualaria, o que é inadmissível. Mas os homens aos quais Jesus se dirigia não teriam compreendido essa questão. Ele se limitou, portanto, a lhes apresentar um modelo e dizer que se esforçassem para atingi-lo.

Devemos, pois, entender, por essas palavras, a perfeição relativa de que a humanidade é suscetível, e que mais pode aproximá-la da Divindade. Mas em que consiste essa perfeição? Jesus mesmo o disse: “Amai os vossos inimigos, fazei bem aos que vos têm ódio, e orai pelos que vos perseguem e caluniam”. Com isso, mostra que a essência da perfeição é a caridade, na sua mais ampla acepção, porque ela implica a prática de todas as outras virtudes.

Com efeito, se observarmos o resultado de todos os vícios, e mesmo dos simples defeitos, reconheceremos que não há nenhum que não altere mais ou menos o sentimento de caridade, porque todos nascem do egoísmo e do orgulho, que são a sua negação. Porque tudo o que excita exageradamente o sentimento da personalidade destrói ou, quando nada, enfraquece os princípios da verdadeira caridade, que são: a benevolência, a indulgência, o sacrifício e o devotamento. O amor do próximo, estendido até o amor dos inimigos, não podendo aliar-se com nenhum defeito contrário à caridade, é sempre, por isso mesmo, o indício de uma superioridade moral maior ou menor. Do que resulta que o grau de perfeição está na razão direta da extensão do amor ao próximo. Eis por que Jesus, depois de haver dado a seus discípulos as regras da caridade, no que ela tem de mais sublime, lhes disse: “Sede logo perfeitos, como também vosso Pai celestial é perfeito

quarta-feira, 1 de junho de 2016

NÂO PERCAM! EM COMEMORAÇÃO A SEMANA MUNDIAL DO MEIO AMBIENTE TEREMOS UMA PALESTRA ESPECIAL NO DIA 02/06 COM A NOSSA COLABORADORA SRA.CARLA VISI


DOUTRINÁRIA DE HOJE (01/06 - QUARTA-FEIRA - 16:00): "A ORAÇÃO DO JUSTO" DO LIVRO FONTE VIVA PELO ESPÍRITO SR. EMMANUEL - PALESTRANTE: OSVALNICE REGINA


Considerando as ondas do desejo, em sua força vital, todo impulso e todo anseio constituem também orações que partem da Natureza.

O verme que se arrasta com dificuldade, no fundo está rogando recursos de locomoção mais fácil.

A loba, cariciando o filhote, no imo do ser permanece implorando lições de amor que lhe modifiquem a expressão selvagem.

O homem primitivo, adorando o trovão, nos recessos da alma pede explicações da Divindade, de maneira a educar os impulsos de fé.

Todas as necessidades do mundo, traduzidas no esforço dos sere viventes, valem por súplicas das criaturas ao Criador e Pai.

Por isso mesmo, se o desejo do homem bom é uma prece, o propósito do homem mau ou desequilibrado é também uma rogativa.

Ainda aqui, porém, temos a lei da densidade específica.

Atira uma pedra ao vizinho e o projétil será imediatamente atraído para baixo.

Deixa cair algumas gotas de perfume sobre a fronte de teu irmão e o aroma se espalhará na atmosfera.

Liberta uma serpente e ela procurará uma toca.

Solta uma andorinha e ela buscará a altura.

Minerais, vegetais, animais e almas humanas estão pedindo habitualmente, e a Providência Divina, através da Natureza, vive sempre respondendo.

Há processos de solução demorada e respostas que levam séculos para descerem dos Céus à Terra.

Mas de todas as orações que se elevam para o Alto, o apóstolo destaca a do homem justo como sendo revestida de intenso poder.

É que a consciência reta, no ajustamento à Lei, já conquistou amizades e intercessões numerosas.

Quem ajunta amigos, amontoa amor. Quem amontoa amor, acumula poder.

Aprende, assim, a agir com justiça e bondade e teus rogos subirão sem entraves, amparados pelos veículos da simpatia e da gratidão, porque o justo, em verdade, onde estiver, é sempre um cooperador de Deus.

Emmanuel
psicografia de Chico Xavier