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Redirecionamento

quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

DOUTRINÁRIA DE HOJE (21/01 - QUINTA-FEIRA - 20:00): "O CÉREBRO PERISPIRITUAL - CAP. 26" DO LIVRO O PERISPÍRITO E SUAS MODELAÇÕES – SR. LUIZ GONZAGA PINHEIRO - PALESTRANTE: VERA MONTANO

O cérebro humano é um produto da evolução das espécies. Elaborado desdemilhões de anos, vem aperfeiçoando-se conforme as necessidades do Espírito, noque tange a buscar alimentos, selecionar, sentir, procriar, memorizar e desenvolver a inteligência.



Saiu do simples impulso instintivo para a irritabilidade, passou pela sensação,adentrou-se no instinto e atingiu a razão. Nessa sua peregrinação evolutiva, o princípio inteligente vem armazenando informações, de maneira que, ao atingir afase humana, seu cérebro perispirítico já continha vasto registro de impressões esensações relativas à luta pela vida e pela sobrevivência, que poderiam ser racionalizadas e ordenadas formando lições.

Com o homem nasceu a ciência e com o seu pensar surgiu a filosoíia. Aevolução cerebral se fez basicamente do interior para o exterior, de vez que o seunúcleo central, mais conhecido como tronco cerebral é que conduz as funções básicas da vida, desde os batimentos cardíacos até a harmonia respiratória. 

Nesse estágio, o que era mais importante e necessário para o princípiointeligente, era manter a vida frente as hostilidades do meio, adaptando-a eaperfeiçoando uma máquina material que lhe possibilitasse manifestação cada vezmais intensa no cenário terrestre.

Esse setor cerebral desenvolveu-se basicamente até a era dos répteis, hácentenas de milhões de anos, quando esses animais dominavam o globo. Segundoalguns autores, é pela cobertura do tronco cerebral que se exteriorizam a agressãoe a defesa, os rituais, o princípio da territorialidade e da hierarquia social, noções básicas dirigidas pelos impulsos instintivos e adaptativos das espécies inferiores.Circulando o tronco cerebral, está o sistema límbico do cérebro dos mamíferos,desenvolvido há dezenas de milhões de anos, nos mamíferos primitivos anterioresaos primatas. Esse setor cerebral é que responde pelos nossos humores e emoções, bem como nossos interesses.

Continuava o princípio inteligente em suas repetições, enfrentando os fatoresambientais, ora terrestres, moldando órgãos materiais para utilizá-los na aprendizagem, ora despindo-se deles e atuando em plano sutil, para regressar aocenário anterior, incorporando lições de sobrevivência. 

Envolvendo essas duas partes do cérebro encontra-se o córtex cerebral, quevem se desenvolvendo há milhões de anos, desde os primatas, ancestrais dostrogloditas. O hemisfério direito do córtex responde pelo reconhecimento dos padrões, intuição, sensibilidade e poder analítico. O esquerdo dirige o pensamentoracional, analítico e crítico. Ambos os hemisférios se comunicam por feixes deneurônios em troca informativa, de onde resulta a harmonia do binômio criatividade-análise, gerando atitudes responsáveis e lógicas.

A grande maioria dos conhecimentos do Espírito é trabalhada através do córtex. No tronco cerebral e no seu envoltório manifestam-se as funções mais utilizadas pelos ancestrais, como: agressão, medo, sexo, defesa, proteção à prole, obediênciaao líder.... Pelo córtex o Espírito exterioriza as conquistas superiores tais como alinguagem, a leitura, a abstração, a estética e a inteligência. Como todo oconhecimento é de origem espiritual, o Espírito vai deixando para a retaguarda osensinamentos superados e sem muita significação para o estágio que já atingiu.

Do histórico de lutas e conquistas anteriores, muita coisa se perde na noitedos tempos, restando para o futuro toda a memória biológica, algumas impressõese instintos, que demasiadamente exercitados, gravaram-se fortemente na intimidade perispiritual. Em resumo, consideramos o cérebro como um bloco único, emboraque para efeito didático possamos dividi-lo em três compartimentos. O troncocerebral, utilizado como cérebro primitivo e hoje funcionando como tradutor doarquivo das lições adquiridas na conquista dos impulsos instintivos; o sistemalímbico do cérebro dos mamíferos, elaborado enquanto as sensações e o instinto^se aperfeiçoavam; e o córtex cerebral, onde a razão veio a selar pelo pensamento,a soberania hominal, como ápice do reino dos viventes, desde que alguns animais possuem sentimentos, mas o homem possui o pensamento. 

Nos dias atuais o cérebro é visto e analisado em tríplice aspecto. Subconsciente,consciente c superconsciente. No subconsciente está o arquivo dos trabalhosrealizados, onde o hábito, forçando uma rotina milenária, forjou o automatismo. No consciente encontra-se a sede das atuais conquistas, simbolizando o nossoesforço e perseverança nos labores regenerativos. No superconsciente estão asaspirações superiores, os ideais santificantes, que atingidos, mais aperfeiçoarão o sistema cerebral, de vez que a sua potência é proporcional ao progresso efetuadono sentido dos anseios angélicos.

Como na análise anterior, as partes ou sedes sofrem interferências ouintercâmbio entre elas, trazendo o homem em si, o passado, o presente e o futuro.Depende de sua ação abreviar o futuro ou retardar o passado pela ação do presente.

Herdamos assim através da evolução cerebral, toda uma série decondicionamentos, bem como o instinto, que segue ao lado do intelecto agindo demaneira independente, como função marcante, sentinela avançada na conservaçãoda vida.

Lembramos que toda essa evolução cerebral, realizou-se na área perispiritual,refletindo-se nas espécies materializadas, em cópias equivalentes e grosseiras, quedeveriam ajustar-se às ordens e necessidades do Espírito reencarnante.

Por sua vez o cérebro físico segue os passos evolutivos do cérebro perispiritual,traduzindo imperfeitamente as conquistas deste.

Pouco conhecido, de potencial acanhadamente utilizado, o cérebro,instrumento maior a permitir a manifestação do Espírito no universo, continuarádesafiando o homem comum por muitos séculos, mostrando-se pouco a pouco, àmedida que o intelecto e a moral amadureçam. 

E quando isso acontecer, talvez a melhor definição para ele seja luz.

Fonte: Pinheiro, Luiz Gonzaga - Perispírito e Suas Modelações - Cap. 26

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