Problemas sexuais
Herança animal predominante em a natureza humana, o instinto de reprodução da espécie exerce um papel de fundamental importância no comportamento dos seres. Funcionando por impulsos orgânicos nos irracionais, expressase como manifestação propiciatória à fecundação nos ciclos orgânicos, periódicos, em ritmos equilibrados de vida.
No homem, face ao uso, que nem sempre obedece à finalidade precípua da perpetuação das formas, experimenta agressões e desvios que o desnaturam, tornandose, o sexo, fator de desditas e problemas da mais variada expressão.
Face à sensação de prazer que lhe é inata, a fim de atrair os parceiros para a comunhão reprodutora, tornase fonte de tormentos que delineiam o futuro da criatura.
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Ninguém se sente pleno, no mundo, acreditandose haver logrado tudo quanto desejava.
A aspiração natural e calma para atingir um próximo patamar, fazse estímulo para o progresso do indivíduo e da sociedade.
Os problemas sexuais, por isto mesmo, devem ser enfrentados sem hipocrisia, nem cinismo, fora de padrões estereotipados por falsa moralidade, tampouco levados à conta de pequeno significado. São dificuldades e, como tais, merecem consideração, tempo e ação especializada.
Relacionamentos perturbadores
Os indivíduos de temperamento neurótico, tornamse incapazes de manter um relacionamento estável. Pela própria constituição psicológica, são perturbadores de afetividade obsessiva e, porque inseguros, são desconfiados, ciumentos, por conseqüência depressivos ou capazes de inesperadas irrupções de agressividade.
Os conflitos de que são portadores os levam a uma atitude isolacionista, resultado da insatisfação e constante irritabilidade contra tudo e todos. Crêem não merecer o amor de outrem e, se tal acontece, assumem o estranho comportamento de acreditar que os outros não lhes merecem a afeição, podendo traílos ou abandonálos na primeira oportunidade. Quando se vinculam, fazemse absorventes, castradores, exigindo que os seus afetos vivam em caráter de exclusividade para eles. São, desse modo, relacionamentos perturbadores, egocêntricos.
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O amor, porém, entre duas ou mais pessoas somente será pleno, se elas estiverem no mesmo nível.
A solução, para os relacionamentos perturbadores, não é a separação, como supõem muitos.
Rompendose com alguém, não pode o indivíduo crerse livre para um outro tentame, que lhe resultaria feliz, porquanto o problema não é a da relação em si, mas do seu estado íntimo, psicológico. Para tanto, como forma de equacionamento, só a adoção do amor com toda a sua estrutura renovadora, saudável, de plenificação, consegue o êxito almejado, porquanto, para onde ou para quem o indivíduo se transfira, conduzirá toda a sua memória social, o seu comportamento e o que é. Desse modo, transferirse não resolve problemas. Antes, deve solucionarse para trasladarse, se for o caso, depois.
Manutenção de propósitos
O homem é um ser muito complexo. Somatório das suas experiências passadas tem, no inconsciente, um completo arquivo da raça, da cultura, das tradições que lhe influem no comportamento.
Por outro lado, a educação, os hábitos, os fenômenos psicológicos e fisiológicos estão a alterálo a cada momento.
Do acúmulo destes valores resultamlhe as aspirações, as tendências e anseios, seus conflitos, ansiedades e realizações.
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O homem se queixa que o autoconhecimento exige despesa de energia face ao desgaste que o esforço provoca. Talvez não seja necessária uma luta como a que se trava em outras atividades. A manutenção dos conflitos produz muito mais consumpção de forças. Basta uma atitude de desvalorização dos problemas, como quem deixa cair um fardo simplesmente, ao invés de empenharse por atirálo fora.
A manutenção dos propósitos de renovação e de autoaprimoramento é resultado de uma aceitação normal e de todo momento, da necessidade de autodescobrirse, morrendo para as constrições e ansiedades, os medos e rotinas do cotidiano. Desta ação consciente, de que se impregna, o homem se plenifica interiormente, sem neurose ou outros quaisquer fenômenos psicóticos, perturbadores da personalidade e da vida.
Leis cármicas e felicidade
Nas experiências psicológicas de amadurecimento da personalidade, na busca da plenitude, a incerteza é indispensável, pois que ela fomenta o crescimento, o progresso, significando insatisfação pelo já conseguido.
A certeza significaria, neste sentido, a cessação de motivos e experiências, que são sempre renovadores, facultando a ampliação dos horizontes do ser e da vida.
Graças à incerteza, que não representa falta de fé, os erros são mais facilmente reparáveis e os êxitos mais significativos. Ela ajuda na libertação, pois que a presença do apego, no sentimento, gera a dor, a angústia. Este último, que funciona como posse algumas vezes, como sensação de segurança e proteção noutras ocasiões, desperta o medo da perda, da solidão, do abandono.
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As leis cármicas são a resposta para que alguns indivíduos fruam hoje o que a outros falta, ao mesmo tempo são a esperança para aqueles que lutam e anelam, acenandolhes a Possibilidade próxima de aquisição dos elementos que felicitam.
Idear a felicidade sem apego e insistir para conseguila; trabalhar as aspirações íntimas, harmonizandoas com os limites do equilíbrio; digerir as ocorrências desagradáveis como parte do processo; manterse vigilante, sem tensões nem receios e se dará o amadurecimento psicológico, liberativo dos carmas de insucesso, abrindo espaço para o autoencontro, a paz plenificadora.
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