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Redirecionamento

domingo, 31 de julho de 2016

DOUTRINÁRIA DE HOJE (31/07 - DOMINGO - 16:00): "HOMENAGEM A ALLAN KARDEC" DO LIVRO REFLEXÕES ESPÍRITAS PELO ESPÍRITO DO SR. VIANNA DE CARVALHO – PALESTRANTE: WAGNER SANTANA

A Europa ainda se encontrava nos estertores da destruição da ignorância lograda pela Enciclopédia e pelas propostas extraordinárias dos precursores da Revolução Francesa, que estrugiria no dia 14 de julho de 1789. Podiam-se ouvir as vozes nobres de Voltaire, de Jean-Jacques Rousseau e as lições de sabedoria a verte- ram das obras dos eminentes pensadores que estabeleciam as bases da Era Nova, quando as ambições humanas propuseram a necessidade da modificação das estruturas políticas que predominaram em França, derrubando a Casa dos Bourbons, que cedeu lugar à Frateminade, à Liberdade e à Igualdade, inscrevendo no mare magnum das paixões os direitos humanos que ainda permanecem desrespeitados...
Escutava-se a palavra libertadora da Razão e inebriavam-se os corações ante as circunstâncias novas, que pareciam destruir os teimosos bastiões do dogmatismo, degenerando em intolerâncias mais terríveis do que aquelas que se pretendiam combate Ensombrada, a França parecia sentir raiar um novo dia, quando as tubas guerreiras de Napoleão Bonaparte assentaram os seus arraiais em Paris,
preparando-o para reunir as forças destroçadas e, sob o seu comando conduzir o País ao grandioso fanal. Inspirado pelos ideais de Mirabeau, de Danton, ele restaura os elevados anseios da Igualdade, sem conseguir fugir às injunções de seu destino histórico...

Nesse terrível momento, quando o insigne Corso se prepara para ser coroado Imperador dos franceses, no dia 2 de dezembro de 1804, na Catedral Gótica de Notre- Dame, a Divina Providência faz que mergulhe nas sombras da Terra o eminente Espírito de Jan Huss, que se dera em sacrifício, no século XV, em favor da libertação do Evangelho de Jesus. Reencarnando-se, em Lyon, a 3 de outubro desse ano de 1804, recebeu o nome de Hippolyte Léon Denizard Rivail, que trouxe a indeclinável tarefa de modificar as estruturas do conhecimento e abrir espaços para a restauração do pensamento do Cristo, conforme Ele e os Seus Discípulos o haviam vivido, dezenove séculos antes, na Palestina.

Quando a filosofia altera sua estrutura com Hegel, Marx e Engels, estabelecendo a desnecessidade da alma para a interpretação da vida e a compreensão do Universo; no momento em que Florens e Cuvier declaram nunca haver encontrado a alma nas centenas de cadáveres que dissecaram, no instante em que Broussais, Bouillaud, zombaram da alma imortal e Moleschot, Buchner e Karl Vogt afirmam que o espírito é uma exsudação cerebral, surge Allan Kardec com a força demolidora da lógica e da razão, apoiando-se na linguagem insuperável dos fatos, para firmar a Causalidade do
Universo, a preexistência da alma ao corpo e a sua sobrevivência ao túmulo, apresentando uma ciência ímpar, resultado de laborioso trabalho de investigação fundamentada na experiência e que resistirá ao pessimismo, à perseguição e ao descrédito.

Fazendo renascer uma filosofia comportamental superior, o Professor Rivail, agora sob o pseudônimo de Allan Kardec, propõe, em O Livro dos Espíritos, uma ética nobre e fornece as respostas para os graves problemas da Humanidade, que não foram equacionados por Edipo, concebido na tragédia de
Sófocles, interpretando a Esfinge... Propondo, para a Humanidade, uma segura diretriz filosófica, Kardec restaura o Evangelho de Jesus que permanecia encarcerado no dogmatismo e asfixiado nos tecidos sombrios da intolerância como da superstição.

A Doutrina Espírita chega para iluminar as consciências humanas e propor uma revolução de amor nos corações, estabelecendo comportamentos de felicidade, quando a esperança já havia abandonado as vidas. A morte bate, então, em retirada, cedendo lugar à Vida, que canta um hino de Imortalidade, adornando as experiências humanas, que se engrandecem e se eternizam em bênçãos de consolação e de paz.

Passados cento e oitenta e cinco anos do evento grandioso, que é a reencarnação de Allan Kardec, a Humanidade contempla, no Espiritismo, os ideais de um Mundo Novo, no qual o amor unirá todas as criaturas como verdadeiros irmãos conduzindo-os à plenitude. Os avanços da Ciência e da
Tecnologia contemporânea não conseguiram alterar a estrutura da Doutrina que os ilumina, remontando às causas, enquanto aquelas somente explicam os seus efeitos.

Vanguardeiro do progresso, Kardec é o pensador e o cientista que mais penetrou a sonda da indagação no organismo das Leis, e ofereceu as extraordinárias lições morais que se derivam da Lei Natural ou de Amor, que é Universal, porque promana de Deus, o Criador.

Hoje, quando o homem alunissa com facilidade e as suas bólides espaciais saem da Terra e do Sistema Solar para tentar compreender e interpretar as origens da Vida, a Codificação Espírita permanece inamovível, num todo granítico, iluminando o pensamento e explicando a causalidade da vida e a realidade do homem. Evocando o extraordinário Mensageiro dos Céus, no transcurso do seu
aniversário natalício, nós, os Espíritos-espíritas que militamos nas atividades do Consolador, unimos nossas vozes em um coro para dizermos com os companheiros encarnados que o amam:
— Glória a ti, Allan Kardec! Aqueles que te amamos, te homenageamos e saudamos, conforme faziam os cristãos primitivos antes do holocausto em homenagem a Jesus.
(Brasília, 30 de outubro de 1989— 1® Congresso Internacional de Espiritismo)

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