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Redirecionamento

quinta-feira, 7 de julho de 2016

DOUTRINÁRIA DE HOJE (07/07 - QUINTA-FEIRA - 20:00): "A DESGRAÇA REAL" DO LIVRO JESUS E O EVANGELHO À LUZ DA PSICOLOGIA PROFUNDA PELO ESPÍRITO DA SRA. JOANNA DE ÂNGELIS – PALESTRANTE: LUCIANO CRISPIM

Bem-aventurados os humildes, porque herdarão a terra. Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão fartos. Mateus 5:6
Desgraça é todo acontecimento funesto, desonroso, que aturde e desarticula os sentimentos, conduzindo a estados paroxísticos, desesperadores.

Não somente aqueles que se apresentam trágicos, mas também inúmeros outros que dilaceram o ser íntimo, conspirando contra as  aspirações  do  ideal  e  do  Bem,  da  fraternidade  e da  harmonia íntima.

Chegando   de   surpresa,   estiola   a   alegria,   conduzindo   ao corredor escuro da aflição.

Somente  pode  avaliar  o  peso  de  angústias  aquele  que  lhes experimenta o guante cruel.

Há, no entanto, desgraças e desgraças. As primeiras são as que irrompem    desarticulando    a    emoção    e    desestruturando a existência física e moral da criatura que, não raro, sucumbe ante a  sua  presença;  e  aqueloutras,  que  não  são  identificadas  por  se constituírem  consequências  de  atos  infelizes,  arquitetados  por quem  ora  lhes  padece  os  efeitos  danosos.  Essas,  sim,  são  as desgraças reais.

Há  ocorrências  que  são  enriquecedoras  por  um  momento, trazendo alegrias e benesses, para logo depois se converterem em tormentos e sombras, escassez e loucura. No entanto, quando se é  responsável pela  infelicidade  alheia,  ao  trair-se  a confiança,  ao caluniar-se,  ao  investir-se  contra  os  valores  éticos  do  próximo, semeando  desconforto  ou  sofrimento,  levando-o  ao  poste  do sacrifício,  ou  à  praça  do  ridículo,  a  isso  chamaremos  desgraça real,   porque   o   seu   autor   não   fugirá   da   própria   nem da Consciência Cósmica.

Assim  considerando,  muitos  infortúnios  de  hoje  são bênçãos, pelo   que   resultarão   mais   tarde,   favorecendo   com   paz   e recuperação  o  déspota  e  infrator  de  ontem,  em  processo  de reparação do mal praticado.

Sob  outro  aspecto,  o  prazer  gerado  na  insensatez,  os  ganhos desonestos, as posições de relevo que se fixam no padecimento de outras  vidas,  o  triunfo  que  resulta  de  circunstâncias  más  para outrem,  os  tesouros  acumulados  sobre  a  miséria  alheia,  os sorrisos  da  embriaguez  dos  sentidos,  o  desperdício e  abuso  ante tanta  miséria,  constituem  fatores  propiciadores  de dolorosos efeitos,   portanto,   são   desgraças   inimagináveis,   que   um   dia ressurgirão em copioso pranto, em angústias acerbas, em solidão e  deformidade  de  toda ordem, pela  necessidade  de expungir-se e reeducar-se  no  respeito  às  Leis  soberanas  da  Vida  e  aos  valores humanos desrespeitados.

O Homem-Jesus não poucas vezes chamou a atenção para essa desgraça,  não  considerada,  e  para  a  felicidade,  por  enquanto envolta em problemas, mas única possibilidade de ser fruída por definitivo.

Todos os que choram os famintos e os sequiosos de justiça, os padecentes    de    perseguições,    todos    momentaneamente    em angústia,  logo  mais  receberão  o  quinhão  do  pão,  da paz,  da vitória,   se   souberem   sofrer   com   resignação,   após   haverem resgatado   os   compromissos   infelizes   a   que   se   entregaram anteriormente, e geradores da situação atual aflitiva.

Aqueles,  porém,  que  sorriem  na  loucura  da  posse,  que  se locupletam  sobre  os  bens  da  infâmia  e  da  cobiça,  que  são aplaudidos  pelas  massas  e  anatematizados  pela  consciência, oportunamente  serão  tomados  pelas  lágrimas,  pela  falta,  pelo tormento...

São   inderrogáveis   as   Leis   da   Vida,   constituindo   ordem   e harmonia no Universo.

O  Homem-Jesus,  não  poucas  vezes,  diante  dos  falsamente venturosos,    dominadores    de    um    dia,    assim    como    dos amargurados  e  desditosos,  chorou  o  pranto  da  compaixão  e  da misericórdia,  por  conhecer  as  causas  desencadeadoras  de  uma como  de  outra  conduta,  no  futuro  chegando  ou  no  presente agindo, inexoravelmente.

No Horto das Oliveiras misturou Suas lágrimas com a sudorese sanguinolenta  pela  dor  experimentada  e  por  compaixão  pelos Seus algozes, que não sabiam o que estavam fazendo.


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