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Redirecionamento

terça-feira, 4 de abril de 2017

DOUTRINÁRIA DE HOJE (04/04 - TERÇA-FEIRA - 20:00): "O FATO E A ÉTICA" DO LIVRO REFLEXÕES ESPÍRITAS PELO ESPÍRITO DO SR. VIANNA DE CARVALHO – PALESTRANTE: ULISSES BEZERRA

Nas acirradas discussões sobre a problemática da Ciência em relação à Religião, sempre se ressalta a excelência da primeira, em detrimento da outra.
E verdade que as descobertas científicas ampliaram os horizontes do Universo, ensejando a compreensão das Leis do Macrocosmo, tanto quanto da vida infinitésimal...

Da mesma forma, são debitados, às diversas correntes religiosas, inumeráveis horrores, guerras de extermínio que se celebrizaram pela impiedade, assinaladas pelo fanatismo ilógico, que responde por genocídios e aberrações que repugnam a razão e a consciência.

Todavia, convenhamos, o assunto exige mais cuidadosa análise, a fim de que se possa entender o drama que deflui de ambas.

De certa forma, a evolução do conhecimento científico pode ser denominada como a história dos seus equívocos. De experiência em experiência, de hipótese em hipótese, como resultado das interpretações erradas dos fatos, a última palavra da pesquisa, normalmente, é-lhe a penúltima informação, salvo valiosas exceções que, aliás, confirmam a regra geral.

O que, em um período, constitui fato comprovado em laboratório, logo depois pode ser demonstrado de forma não conclusiva ou de significação diferente — quando não se torna a confirmação de uma experiência empírica, aplicada por inúmeras gerações — que passou a merecer análise e recebeu formulação apropriada pela técnica.

De passo em passo, nem sempre firme, têm sido assentadas as bases do conhecimento, ora confirmando informações pretéritas, noutras vezes negando-as.

Igualmente, apoiadas no amor, as Religiões se ensoberbecem e passam de perseguidas a perseguidoras, pregando o “ reino dos Céus”, com os pés muito bem plantados nos inexpressivos tesouros e vanglorias terrenas.

A medida que adquirem estabilidade nos corações, alargam os seus anseios pela política mundana e passam a comandar destinos, quando a sua finalidade é iluminar consciências e consolar sentimentos.

Reagindo às arbitrariedades de que foi no passado, vítima das Religiões, a Ciência emergiu dos porões, apoiou-se na lógica e no fato, tombando, porém, no mesmo equívoco da Fé, por adotar a ditadura da Razão, e, embriagando-se de orgulho, passou a opinar com expressões definitivas nas áreas que não pesquisou, especialmente nas do Espírito, em reação preconceituosa, infantil, cometendo erros semelhantes àqueles aos quais se opunha...

Ademais, convém ressaltar que a Ciência é neutra em si mesma, aberta a novas informações e enfoques, sendo, as opiniões, dos cientistas e não dela.

A Religião, de modo idêntico, propugna pelo homem livre, feliz, amoroso, enquanto os religiosos encarceram, constrangem, infelicitam e matam quantos se lhes opõem, desde que as circunstâncias assim o permitam. 

Desta forma, não há como negar: há cientistas e há Ciência, que diferem, assim como religiosos e Religião, que se encontram distantes, pelos postulados que esta preconiza e pela vivência a que aqueles se entregam.

Naturalmente, vão -se diluindo as barreiras separatistas, à medida que o cientista adquire uma ética-moral de comportamento e o religioso se impregna de fraternidade, identificando a fragilidade, bem como a ignorância em outras áreas, fora da sua convivência doutrinária.

A Religião, todavia, impõe, com o seu conhecimento, a reforma moral do homem, que a deve alterar para melhor, enquanto à Ciência não é fundamental a vivência elevada, no que diz respeito à conduta do seu pesquisador. 

O físico penetra na partícula, compreende-lhe a constituição e, não obstante, pode prosseguir mau cidadão, agressivo ou venal. 

O religioso, que se deixa penetrar pela fé, de imediato vê-se levado à alteração de procedimento, mesmo que sinal exterior algum se apresente, chamando à atenção.

Imaginando-se um círculo, o conhecimento da Ciência parte da periferia para o centro, enquanto a visão cósmica da fé, abrangente, origina-se no centro e se aproxima da periferia, na qual está a radical transformação moral do homem.

Com o Espiritismo, o litígio entre as duas Doutrinas desaparece, em razão da contribuição que o fato concede à fé, irrigando-a de força e coragem para os desafios e as vicissitudes, enquanto o calor da confiança religiosa favorece, à pesquisa, a paz e o alento para o prosseguimento incessante na busca de novas fontes de informação e luz.

A Religião ooncederá à Ciência, através dos postulados espíritas, um saudável código de ética, para que se faça o que seja moral com fundamento na realidade do Espírito e não o que seja válido, embora em detrimento da Vida.

Crimes hediondos, ora perpetrados, como o aborto, a eutanásia, a pressa pela morte do paciente para a retirada de órgãos para transplantes, as experiências de guerras químicas e biológicas, o infanticídio para o aproveitamento de elementos úteis para outras vidas — tudo a soldo de altos estipêndios financeiros — serão, mais tarde, parte da história que a cultura irá superar.

As experiências genéticas aberrantes, a poluição do planeta, o armamento sofisticado, também serão eticamente controlados, porque o homem terá que ser poupado e, com ele, a Natureza e tudo quanto nela vive.A Ciência, iluminada pela Religião Espírita, comandará o cérebro, e esta, sob as luzes dos fatos, guiará o amor com segurança, trabalhando juntas pela felicidade das criaturas, que não tardará, porquanto, chega, já, o momento da renovação da terra que a ambas cumpre realizar.

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